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Smart City Expo

Curitiba se prepara para ser uma cidade mais sustentável e resiliente

Smart City Expo 2019, plenária Planejamento de cidades sustentáveis e resilientes. Na imagem, Ana Cristina Jayme, assessora de capacitação de recursos e gestão do investimento da secretaria Municipal de planejamento finanças e orçamento. Curitiba, 21/03/2019. Foto: Levy Ferreira/SMCS

As cidades precisam se preparar para desafios que vão impactar o modo de viver da população no futuro, como as mudanças climáticas, as transformações na área de mobilidade, acessibilidade e inclusão. “As cidades têm que desenvolver projetos que as tornem mais sustentáveis e resilientes no futuro”, disse Ana Cristina Jayme, assessora de captação de recursos e gestão de investimentos da Secretaria de Finanças, que participou, na tarde desta quinta-feira (21/3), de um dos principais painéis de discussão do primeiro dia do Smart City Expo, que vai até sexta-feira (22/3) no Expo Barigui.

Com o tema Planejamento de Cidades Sustentáveis e Resilientes, o painel contou com a apresentação de três cases de cidades que vêm desenvolvendo projetos nessa linha: Curitiba e Foz do Iguaçu, no Paraná, e Teresina (Piauí). O debate contou com a presença do prefeito de Teresina, Firmino Soares Filho; de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro; e Regina Cohen, coordenadora da Comissão Acessibilidade da Gaates Brazil Representative Program.  

A mediação ficou a cargo de Jamile Sabatini, da Brazilian Software Association.

De acordo com Ana Jayme, Curitiba vem discutindo, nos últimos anos, projetos que possam reduzir o impacto de mudanças climáticas e do crescimento da emissão de poluentes. “Já estamos vivendo um cenário de chuvas mais pesadas e intensas em um curto espaço de tempo. Outro desafio está no crescimento do volume de emissões. Estima-se que 70% dessas emissões sejam causadas pelo transporte, principalmente o individual”, destacou.

A estratégia da Prefeitura de Curitiba se ampara em cinco pilares: atualização e integração dos planos diretores e setoriais, como de acessibilidade, gestão de riscos e ação climática; desenvolvimento de projetos de mobilidade urbana (como eletromobilidade, multimodalidade e compartilhamento); desenvolvimento ambiental; cooperação técnica e governança.

“Precisamos dar um salto qualitativo nessas questões porque sabemos da importância da melhoria da qualidade de vida das pessoas”, disse. “Isso se dá por meio de parcerias, projetos integrados e uso de tecnologia”, acrescentou.

Novos desafios

Se o desafio das cidades no século XX era construir para abrigar a população, no século XXI, ele diz respeito às questões de sustentabilidade, segurança pública e mobilidade urbana, de acordo com o prefeito de Teresina, Firmino da Silveira Soares Filho. 

“Na nossa cidade, dois dos principais problemas são a urbanização acelerada e vulnerabilidade ao clima. Teresina, no semiárido, está se tornando cada dia mais quente. A temperatura média cresceu duas vezes mais do que média do hemisfério sul nos últimos anos”, afirmou.

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Para o prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, as cidades terão que repensar seu planejamento observando principalmente os efeitos climáticos. “Em 2017, Foz do Iguaçu teve 30 eventos de alagamentos”, exemplificou. Foz vem desenvolvendo um projeto piloto para integrar a infraestrutura urbana de esgoto, energia, telecomunicações e mobilidade em parceria com o Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e a startup ligada à tecnologia Infravias.

Regina Cohen, especialista em acessibilidade, ressaltou que as cidades precisam ser acessíveis a todos, independentemente das condições, habilidades ou dificuldades de cada habitante. “Cidades inteligentes são aquelas que empoderam a população. São as que usam a tecnologia da informação e comunicação para tornar seus espaços mais inclusivos”, finalizou.