Separar lata, papel, vidro e plástico tem trilha sonora em Curitiba, pelo menos na memória de quem já era mais crescido no início dos anos 1990.
A música “Lixo Que Não É Lixo/Não Vai pro Lixo/SE-PA-RE” embalava os quatro personagens que fizeram história no imaginário curitibano e ajudaram a transformar a cidade em Capital Ecológica: a Família Folha, pioneira no Brasil a ensinar a importância de destinar corretamente os resíduos domésticos.
A Família e a música estão de volta – recicladas, renovadas e a serviço dos desafios do século 21.
Em um momento em que a responsabilidade de todos com a sustentabilidade ganha cada vez mais importância em todo o mundo, a Prefeitura de Curitiba procura engajar a população não só na ampliação da coleta de lixo reciclável como também nos programas que fazem da capital um exemplo no enfrentamento dos danos causados pelas mudanças climáticas.
A Família Folhas cresceu e vai incentivar e ensinar novamente todo mundo a separar direito o lixo, além de tomar outras atitudes em prol da sustentabilidade.
“Resgatamos o histórico de Curitiba, trazendo de volta o pioneirismo e os resultados que nos transformaram aos olhos do mundo na Capital Ecológica”, diz o prefeito Rafael Greca.
“Hoje os desafios conhecidos e documentados por instituições internacionais são muito maiores daqueles que se apresentavam nos anos 1990. Curitiba está fazendo e fará cada vez mais sua parte, em benefício da cidade e do planeta.”
Por que melhorar a separação?
A campanha que embala os programas de sustentabilidade tem a missão de recuperar o orgulho e ampliar a participação dos curitibanos e curitibanas em relação ao tema, incentivando a separar mais e melhor o que for efetivamente reciclável.
Curitiba sempre foi considerada uma cidade de vanguarda na área do Meio Ambiente e desenvolve uma série de ações e programas de grande impacto – como é o caso da Pirâmide (usina) Solar do Caximba e da ampliação da instalação de painéis fotovoltaicos pelo município, do desafio de plantio de árvores, da nova diretriz para ônibus elétricos no transporte coletivo, entre outras ações.
A reciclagem faz parte desse conjunto importante de medidas, tendo impacto significativo na redução de resíduos encaminhados aos aterros sanitários.
Hoje, Curitiba encaminha 52 mil toneladas por mês de resíduos domiciliares e da limpeza urbana para o aterro sanitário de Fazenda Rio Grande, que recebe os resíduos também dos outros 23 municípios que fazem parte do Consórcio Intermunicipal para Gestão de Resíduos Sólidos (Conresol).
“Com a reciclagem, deixamos de encaminhar alguns materiais para os aterros, aumentando a sua vida útil. Ao voltar para a cadeia produtiva, os recicláveis também ajudam a economizar recursos naturais, além de água e energia que seriam usados na produção”, diz a secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza do Carmo Oliveira Dias.
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