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Curitiba e Teresina têm a maior cobertura vacinal para crianças de 2 anos

Curitiba, ao lado de Teresina, é a capital brasileira que apresenta os melhores indicadores de cobertura para o esquema completo de vacinação de crianças com dois anos de idade. Foto: Levy Ferreira/SMCS

Curitiba, ao lado de Teresina (PI), é a capital brasileira com maior cobertura de vacinação (esquema completo) de crianças com 2 anos de idade. Os dois municípios aparecem na liderança do Inquérito Cobertura Vacinal, uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

No levantamento, Curitiba e Teresina estão empatadas com índice de 74%, e à frente de Brasília, que tem 73%.

O inquérito foi feito a partir amostragem de mais de 31 mil entrevistas realizadas com a população nas capitais. Foram analisadas as carteiras de vacinação de papel das crianças de 2 anos de idade, nascidas em 2017 e 2018, para verificar quantas estavam com o esquema de vacinação de rotina completo. Essa é a idade em que já se completou boa parte das vacinas da infância.

Facilidade para se vacinar

O Inquérito Cobertura Vacinal revelou também que Curitiba é a capital do país em que os entrevistados relataram menor dificuldade para acesso às unidades de saúde. Apenas 1% relatou alguma dificuldade para se vacinar, contra 7% na média nacional das demais capitais. Na outra ponta deste ranking está Porto Velho, em que 24% dos entrevistados relataram dificuldade de acesso.

“Acessibilidade é um fator importante para alavancar as coberturas vacinais. Esse resultado mostra que estamos no caminho certo, ao ampliar ao máximo as formas, horários e dias de acolhida da população que tem interesse em se vacinar”, afirma afirma a secretária municipal da saúde, Beatriz Battistella.

Dados internos

Além dos resultados do Inquérito Cobertura Vacinal para crianças de 2 anos, dados da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba também revelam alta na cobertura das vacinas previstas para crianças de até 1 ano de idade.

Curitiba fechou dezembro de 2022 com uma média de 91,6% de cobertura de vacinação dos imunizantes previstos para crianças até 1 ano de idade. Essa cobertura vacinal da capital paranaense é bastante superior à média nacional, que registrava 70,2% em dezembro de 2022.

De acordo com a coordenadora da pesquisa no Paraná, a professora do departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Karin Luhm, o SUS Curitibano tem “prontuário eletrônico e um sistema de monitoramento dos faltosos, que vai atrás das crianças que não se vacinam. Isso ajuda muito”, avalia Karin.  

“Estamos muito felizes com esses resultados, porque demonstram que as ações que fazemos ao longo dos anos para alavancar a vacinação em Curitiba surtem efeito”, afirma a secretária Beatriz Battistella. “As equipes têm feito um trabalho obstinado para atualizar os esquemas vacinais”, completa.

Segundo a secretária, ainda assim, é preciso a adesão da população para melhorar ainda mais as coberturas.

Busca ativa

De acordo com a secretária, faz parte da rotina das unidades de saúde de Curitiba a busca ativa por crianças faltosas na vacina. Também são feitos os chamados Dias D de vacinação, aos sábados, e semanas com horário estendido em unidades para ampliar o acesso da população aos imunizantes.

Em 2022, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) realizou três edições de semanas com horário estendido de vacinação e quatro Dias D.

Nestas ações de 2022, as equipes da secretaria aplicaram 68,3 mil doses de imunizantes, o que impactou diretamente no aumento da cobertura vacinal de todos os imunizantes. No primeiro Dia D de 2023, realizado em 15 de abril, foram aplicadas mais de 13 mil vacinas. Outras 2,1 mil unidades foram aplicadas entre as 19h e 20h, de 10 a 14 de abril, na primeira semana do ano de horário estendido para vacinação.


 

O que é a vacinação de rotina?

De acordo com o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, a vacinação de rotina está estabelecida pelo Calendário Nacional de Vacinação, que está previsto dentro do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde.

“Esse calendário deve ser aplicado a cada indivíduo a partir de seu nascimento, visando garantir, no âmbito individual, a prevenção específica das doenças imunopreveníveis e, no âmbito coletivo, a indução da imunidade de massa, responsável pela interrupção da transmissão das doenças transmissíveis”, explica o especialista. As doenças imunopreveníveis são aquelas que podem ser prevenidas por meio de vacinas.

Segundo Oliveira, quanto mais pessoas receberem determinada vacina, maior será a cobertura vacinal. “A eliminação ou controle de qualquer doença imunoprevenível depende da obtenção desse índice de sucesso”, explica.