A Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e a Prefeitura de Curitiba trabalham juntas em estudos de viabilidade para a implantação de um hipervisor urbano na cidade, uma ferramenta de gestão e integração de informações e gerenciamento de serviços públicos.
Nesta quarta-feira (5/2), técnicos da AFD visitaram o Centro de Controle Operacional (CCO) de Curitiba para conhecer os sistemas existentes. Até sexta-feira (7/2), os especialistas franceses participam, com técnicos da Prefeitura, de um seminário que tem como foco os Hipervisores Urbanos nas cidades inteligentes. O evento acontece no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).
“Curitiba se mostra na liderança da gestão pública. A cidade inteligente é aquela integrada aos processos de transformação digital e tecnológica e os aplica para o gerenciamento e a melhoria dos serviços urbanos”, disse o diretor de Projetos da AFD, Rogério Barbosa.
Com Ettiene Pichot Damon e Gillaume Morin, Barbosa integra a missão francesa que veio à cidade. O trabalho faz parte de uma cooperação técnica da Agência Francesa e do município de Curitiba dentro do contexto das smart cities. No ano passado, a convite da agência, técnicos do Ippuc conheceram os sistemas de hipervisores urbanos em funcionamento nas cidades francesas de Paris, Dijon e Lyon.
“A AFD é importante parceira de Curitiba. Esta cooperação visa a dar suporte à cidade com o uso da tecnologia para aproximar ainda mais os serviços dos habitantes”, observou o presidente do Ippuc, Luiz Fernando Jamur.
Convergência de dados
Segundo Barbosa, o seminário em Curitiba segue o conceito da organização de informações de diferentes fontes orientadas para a gestão pública. Trata-se de uma plataforma de convergência e compartilhamento de dados públicos e privados.
“Se, por exemplo, a Defesa Civil é acionada por um alagamento em determinada região essa informação é integrada ao sistema de gerenciamento de trânsito e transporte permitindo orientar os deslocamentos no local.”
De acordo com Barbosa, o objetivo da AFD ao apoiar essa cooperação técnica é permitir que o município explore melhor a capacidade de integrar dados. “A Agência Francesa contribui com a troca de experiências e o estímulo para soluções que se apliquem a Curitiba”, disse.
O próximo passo da cooperação estará na consolidação dos dados pelos peritos da AFD e a apresentação de uma proposta de sistema que poderá ser financiado com recursos da agência, caso haja interesse do município.