A partir deste sábado (1º/7), o Museu de História Natural Capão da Imbuia será um endereço de descobertas. O local, administrado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, vai receber a exposição Espeleo Experiência a Vida Nas Cavernas. A entrada é gratuita e a visitação começa às 11h.
Na mostra artístico-cultural que vai até dezembro, os visitantes vão receber capacetes e lanternas para entrar no universo subterrâneo das cavernas. Será possível descobrir, em uma caverna cenográfica montada em uma das salas, as principais espécies de animais que vivem nesses ambientes, observar as diferentes nuances de luz, umidade e fontes de alimento dos animais.
A caverna cenográfica do Museu de História Natural Capão da Imbuia foi elaborada com papel e mostra as principais formações e ambientes existentes no interior de uma dessas formações. A montagem foi coordenada pela artista dinamarquesa Birgitte Tummler.
“Nossa ideia é despertar a curiosidade e o interesse das pessoas no universo subterrâneo das cavernas. Mostrar que é um ecossistema muito importante a ser preservado”, explicou Birgitte, que é a coordenadora e cenógrafa da EspeleoArte, que tem exposições também na Casa Gomm, no Museu Alfredo Andersen, Solar do Barão, Jardim Botânico e Cine Passeio. Veja aqui a programação completa.
Segundo o diretor de Pesquisa e Conservação da Fauna, Edson Ferraz Evaristo de Paula, a exposição no Museu de História Natural Capão da Imbuia faz parte da pré-programação do 37º Congresso Brasileiro de Espeleologia, que será feito em Curitiba nos dias 26 a 29 de julho.
O 37º CBE para a Região Sul será na FAE Business School, na Avenida Visconde de Guarapuava, 3.263, Centro.
Escavação espeleológica
Entre as atrações que os visitantes vão encontrar estão desde corujas e maritacas, que vivem nos paredões junto às entradas das cavernas, até animais associados ao rio e lagos, como lontras, cuícas, peixes e crustáceos.
Também será possível conhecer o Proteus, salamandra albina que vive nas profundezas das cavernas da Eslovênia. Este animal pode viver por mais de uma centena de anos, totalmente adaptado ao ambiente sem luz, por isso é cego e despigmentado.
Ao final da visita, as crianças terão a oportunidade de executar uma escavação espeleológica, procurando ossos, que se encontram no fundo da Gruta da Lagoa Azul, e os identificarem, como faz um paleontólogo.
Preguiças gigantes e outros animais também serão encontrados na caverna em imagens gravadas em vídeo.
A bióloga Gisele Sessegolo, da equipe de organização da EspeleoArte, explicou que no Brasil existem 23 mil cavernas cadastradas e registradas pela União. Mas estima-se que sejam mais de 100 mil cavernas no Brasil.
“A sociedade desconhece a importância das cavernas. Biologicamente, é um habitat único. As cavernas registram a passagem do tempo e as mudanças climáticas que aconteceram no mundo. Elas abrigam espécies de animais que só vivem lá, que levaram anos se adaptando ao ambiente”, explicou Gisele.
A exposição é realizada pela Sociedade Brasileira de Espeleologia e Cecav, organizada pelo Grupo Universitário de Pesquisas Espeleológicas de Ponta Grossa (GEEP-Açungui e GUPE), e apoiada pelo eCaves, Acampar e pela Prefeitura de Curitiba.
Serviço: Museu de História Natural Capão da Imbuia
Endereço: Rua Prof. Benedito Conceição, 407, Capão da Imbuia
Funcionamento: terça a domingo, das 9h às 16h45. A exposição permanece até dezembro de 2023
Entrada gratuita