O fundo do mar serviu de inspiração para um grupo de crianças de 4 e 5 anos atendidas no Centro Municipal de Educação Infantil Parigot de Souza, no Sítio Cercado. Espécies marinhas e seu habitat foram o ponto de partida para ensinar aos pequenos conceitos e atitudes capazes de provocar transformações ambientais e sociais.
O projeto “Um mar que se recicla” foi desenvolvido pelas professoras de educação infantil Cláudia Heloisa Perondi e Rosana Tonegawa e aplicado na turma pré-escolar. A dupla usou dinâmicas diversas para formar e sensibilizar as crianças sobre a diversidade dos ambientes e estabelecer relações entre o meio e as diferentes formas de vida.
O projeto é uma forma lúdica de envolver as crianças em atividades que promovam a busca de valores. “São também atividades que conduzem a uma convivência harmoniosa com o ambiente e as espécies que habitam o ecossistema. Outro objetivo é auxiliar os pequenos a pensarem sobre as ações do homem com o meio e suas consequências”, disse a professora.
Os recursos naturais são finitos, destaca Cláudia, que considera fundamental orientar as crianças desde cedo a evitar o desperdício. “Devemos orientá-las à reciclagem e ao combate do desperdício. Devemos pensar na natureza como uma grande corrente na qual cada espécie é um elo”.
As atividades iniciaram com uma roda de conversa sobre o tema. Logo após, as crianças participaram de sessões dos filmes “Procurando Nemo”, “Espanta Tubarões” e “A pequena sereia”, todos voltados à vida nos oceanos. Os filmes serviram para que as crianças observassem os diversos seres vivos e pudessem nomeá-los.
Bernardo Lima, de 5 anos, disse que o filme o ensinou como preservar as espécies. “Aprendi que o mar deve ficar limpinho e devemos cuidar dos peixes”, disse Bernardo.
Encantados com as histórias dos seres que vivem no fundo do mar as crianças escolheram seus personagens preferidos para ilustrar. Foram criadas imagens de tartarugas, polvos, águas vivas, golfinhos, peixe espinhos. Os tubarões e lulas também fizeram a alegria dos pequenos que aprenderam sobre cada um.
Uma atividade de pescaria e a confecção de aquários, um para cada criança, serviram para explicar a extinção das espécies. O aproveitamento de resíduos é trabalhado pelas professoras com uma oficina para confecção de brinquedos usando garrafas pet pequena, rolinho do papel higiênico, tampas de diversos tamanhos, pedaços de papel de seda e bandejas de isopor.
Para Rhuan Guilherme, de 5 anos, a experiência foi divertida e interessante. “Nós fizemos o aquário e criamos nosso mascote. Fizemos isso usando materiais que as pessoas não sabem que podem ser aproveitados”, disse Rhuan.
A expectativa das professoras com o projeto é expandir à comunidade e fazer as famílias participarem de ações importantes sobre relações naturais e educação ambiental. O objetivo é orientar sobre assuntos como a importância dos rios e mares, a despoluição e preservação. Outros temas a serem abordados são a coleta seletiva de lixo, problemas da pesca e da caça predatória, desperdício da água e da luz elétrica.