As atividades de educação ambiental de 2025 na Casa de Acantonamento do Zoológico de Curitiba retornaram neste sábado (22/2) e domingo (23/2) e as crianças do CEI Professor José Cavallin, da Regional Bairro Novo, participaram de uma grande novidade no local. O Zoo comprou um biodigestor que transforma resíduos orgânicos, como cascas de frutas e verduras, em biogás e biofertilizante.
O Zoológico de Curitiba é o primeiro do país a usar essa tecnologia para a gestão de resíduos.
Os estudantes viram na prática todo o ciclo de transformação de resíduos em energia renovável, em uma aula de sustentabilidade ao ar livre. O biogás produzido é utilizado na cozinha da Casa do Acantonamento para fazer café, esquentar água e cozinhar alimentos que são consumidos no local. O biofertilizante será usado na horta e em plantas do local.
A coordenadora de Educação Ambiental do Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna do Zoológico de Curitiba, Cláudia Bosa, explicou que essa iniciativa é mais um exemplo da busca constante de Curitiba em ser cada vez mais sustentável.
“Aqui as crianças aprendem como os resíduos podem ser aproveitados para virar energia renovável e não ir para um aterro sanitário. A Casa de Acantonamento é o local ideal para o início desse projeto, pois é onde as crianças têm aulas sobre educação ambiental. Com isso também conseguimos melhorar a gestão dos resíduos orgânicos do Zoo”, disse Cláudia.
Aula prática
Davi, de 9 anos, gostou bastante de ter conhecido o biodigestor. “Achei muito legal porque o gás sai do biodigestor com o que a gente joga no lixo para reutilizar. Gostei bastante”, disse Davi.
Sofia Rodriguez Carvalho de Souza também aprendeu que reciclar e reaproveitar é muito importante para o futuro do planeta.
“Eu aprendi que tudo que a gente vai jogar fora pode ser reaproveitado e virar gás. Pode reaproveitar os alimentos, os restos que sobram em casa. Tem que separar lixo para preservar a natureza”, disse Sofia.
Para a professora de Práticas e Educação Ambiental do CEI Professor José Cavallin, Jaqueline Henschel, essa foi uma ótima oportunidade para as crianças aprenderem como é importante preservar a natureza.
“Eles estão a cada dia aprimorando conhecimentos e daqui eles vão levar o que aprenderam para o Cavallin, na horta escolar, e vão compartilhar os ensinamentos com os familiares e isso vai ser muito positivo”, disse a professora.
História
A Casa de Acantonamento recebe crianças de escolas públicas, uma vez por mês, aos fins de semana, para dois dias repletos de atividades educativas e de preservação animal. Desde a inauguração do espaço, em 9 de novembro de 1991 até dezembro de 2024, foram feitos 851 acantonamentos, com 34.960 alunos atendidos e 5.244 professores participantes.