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Estruturas históricas

Cosedi intensifica vistorias em unidades de interesse de preservação

Equipes técnicas da Cosedi, vistoriaram unidades de interesse de preservação na cidade. Curitiba, 19/11/2021. Foto: Ricardo Marajó / SMCS

 

Nos últimos quatro meses, as equipes técnicas da Coordenadoria de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi) vistoriaram 239 unidades de interesse de preservação na cidade. A média de 55 vistorias mensais inclui bens e entornos de bens tombados e é um esforço concentrado que reflete a preocupação da administração municipal com a estrutura desses locais históricos.

“Preservar edificações que contam a história da cidade é deixar sempre viva a raiz curitibana, nossas origens. Assim, as gerações futuras manterão o respeito e o orgulho que sentimos de Curitiba”, afirma o prefeito Rafael Greca.

Esse trabalho foi intensificado por orientação do prefeito, contribuindo para a preservação física dessa parte da história local e, por consequência, como estímulo ao turismo e à retomada econômica.

As Unidades de Interesse de Preservação (UIPs) são imóveis, particulares ou públicos, que o município tem interesse em preservar e conservar por seu significativo valor histórico, arqueológico, artístico, arquitetônico, etnográfico, natural, paisagístico ou ambiental.

Os técnicos da Cosedi concluíram nas vistorias que a grande maioria dos locais não apresenta gravidade na estrutura. É o caso de 224 locais vistoriados. Outros apresentaram alguns problemas que merecem atenção, mas apenas dois foram enquadrados em situação extremamente grave. 

O coordenador da Cosedi, Marcelo Solera, explica que, em caso de constatação de risco estrutural iminente, o proprietário do imóvel é notificado para executar as medidas cabíveis. “As medidas variam dependendo da situação, podendo ser interdição, apresentação de laudo técnico e implementação de medidas para garantir a estabilidade estrutural do imóvel”.

Maior produtividade

O aumento na produtividade da Cosedi, tanto em UIPs quanto nas solicitações de maneira geral, foi perceptível nos últimos meses e possível pela aderência ao Sistema Eletrônico de Notificações e Autuações. “Conseguimos implementar mais agilidade e eficiência ao trabalho e o número de vistorias em edificações com indícios de riscos estruturais chegou a dobrar”, informa o coordenador do órgão.

De oito a dez vistorias diárias feitas em 2020, o número passou para cerca de 15 neste ano. De janeiro a outubro, o total de vistorias chegou a 1.543, com prioridade para a fiscalização preventiva em habitações coletivas.

“Temos maior precisão na elaboração dos relatórios de vistoria, que passaram a ter estrutura padronizada e possibilidade de visualização espacial com mapeamento de resultados”, acrescenta o coordenador da Cosedi.

Com melhora na capacidade de avaliação e gestão dos serviços relacionados, o resultado foi possível com a redução de tempo para preenchimento do relatório pós-vistoria no sistema eletrônico, e não mais no papel. Há mais economia e menos impactos ao meio ambiente. “Agora, esse tempo de preenchimento do relatório é de menos de dois minutos, com a impressão. Reduziu-se não o tempo da vistoria, mas sim o de burocracia para a confecção das notificações e autos de infração”, explica Solera.

O sistema Vicon – Vigilância e Controle, uma iniciativa 100% nacional e livre de custos (código-fonte livre), foi adaptado às necessidades da atividade da Cosedi e integrado ao domínio curitiba.pr.gov.br, permitindo o georreferenciamento ilustrado dos registros cadastrados, que são visualizados em tempo real.

Ocorrências

Entre as situações emergenciais vistoriadas pela Cosedi ao longo do ano estiveram um deslizamento de terra em uma empresa de embalagens no bairro Vista Alegre, no início de março, além de vistorias antes e depois de um incêndio em um imóvel abandonado no bairro São Francisco, em setembro.

Os técnicos da Cosedi também verificaram uma residência que sofreu com abalos após um ônibus colidir com a estrutura, em maio; um apartamento incendiado no Bigorrilho, em agosto; um edifício que pegou fogo no Água Verde, em abril; e um imóvel no bairro Vista Alegre onde houve registro de risco de desabamento ou desmoronamento em agosto, após uma chuva com granizo que atingiu a capital.

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