O prefeito Eduardo Pimentel vistoriou, nesta terça-feira (28/1), a obra de macrodrenagem em andamento nas Mercês. A Prefeitura está implantando uma grande bacia de detenção no Rio Pilarzinho, na Rua Raquel Prado, no trecho entre Mamoré e Solimões. A intervenção integra as estratégias do município para prevenir e mitigar os impactos das fortes chuvas causadas pelas condições climáticas adversas.
“Essa é mais uma grande obra para a contenção de cheias e para evitar possíveis alagamentos nos bairros. É dessa forma, e com um conjunto de ações e serviços, que Curitiba continua se preparando para as grandes chuvas e mudanças climáticas”, disse Eduardo ao verificar o andamento dos trabalhos.
A estrutura, que chama a atenção pela grande dimensão, está com os primeiros 60 metros executados. Está sendo implantada para armazenar temporariamente o excesso de água durante períodos de fortes chuvas, liberando-a aos poucos no sistema de drenagem da cidade.
Quando concluída, a bacia funcionará como um reservatório subterrâneo com capacidade de armazenamento de 2.443 metros cúbicos, o equivalente a 2.443 caixas d’água de mil litros.
Coordenada pelo Departamento de Pontes e Drenagem da Smop, a obra é financiada pelo Ministério das Cidades, com um investimento de R$ 3,6 milhões.
A estrutura conta com aproximadamente 258 metros de tubulação de PVC estruturado, com cada tubo medindo 3 metros de diâmetro, e, para serem instalados, exigem uma escavação que varia de 4 a 7 metros de profundidade.
“Tudo isso para deter grandes volumes de água da chuva de forma temporária, reduzindo a pressão sobre o sistema de drenagem e prevenindo alagamentos em ruas e casas, não somente do bairro Mercês, mas também no Bom Retiro”, explica Luiz Fernando Jamur, secretário municipal de Obras Públicas.
Prevenção de alagamentos
A retenção temporária do excesso de água terá reflexos positivos em ruas localizadas em uma região mais baixa do rio (jusante). Vai contribuir para prevenir alagamentos em áreas onde o problema é recorrente, como no cruzamento das ruas Paulo Graeser Sobrinho e João Guilherme Guimarães. Também vai reduzir as condições de alagamentos na Rua Emílio de Menezes, no Mercês, e no quadrante formado pelas ruas Henrique Itiberê da Cunha, Ângelo Zeni, Tapajós e Albino Silva, no Bom Retiro.
Segundo Paulo Lucca, diretor do Departamento de Pontes e Drenagem da Smop, esta é a primeira vez que o município utiliza tubulação de PVC estruturado na construção de uma bacia de detenção. “Essa tecnologia permite uma obra mais ágil e econômica, graças às características desse sistema de macrodrenagem, projetado para uma área de lazer, onde há menor pressão no solo”, explicou Lucca.
A execução dos serviços acontece em uma área de lazer e, por isso, não compromete o trânsito. Após a conclusão do sistema de drenagem, será feita a requalificação do pavimento e a revitalização da área de lazer, devolvendo aos moradores uma área completamente requalificada.
Obra para o futuro
Quando percebeu a presença do prefeito, o aposentado Belarmino Concatto, que mora há 30 anos perto do local onde a obra acontece, foi até ele conversar sobre a obra e os cuidados que tem percebido na cidade.
“Essa é uma obra para o futuro. Da sacada, eu vejo as máquinas, os homens trabalhando, é uma tecnologia e uma força de trabalho impressionante”, contou Concatto.
Coordenada pelo Departamento de Pontes e Drenagem da Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop), a obra teve início em agosto do ano passado. A previsão de entrega dos trabalhos é para maio.
De acordo com o secretário Luiz Fernando Jamur, a nova bacia complementa outras obras de macrodrenagem já executadas pelo município na região. A primeira obra de macrodrenagem, a implantação de uma galeria celular na Rua Henrique Itiberê da Cunha, foi concluída pela Prefeitura em 2021.
Além disso, a capital é referência em sustentabilidade, com ações focadas na recuperação urbana, redução de emissões e enfrentamento das mudanças climáticas, todas alinhadas ao PlanClima. Destacam-se obras de macrodrenagem, parques, a Pirâmide Solar, o Bairro Novo da Caximba, o programa Amigo dos Rios, o plantio de árvores, a Reserva Hídrica do Futuro e o Novo Inter 2 com ônibus elétricos.