A Prefeitura de Curitiba está lançando uma consulta pública para ouvir os moradores da cidade sobre os temas essenciais para ampliar a inclusão do segmento LGBTI+ nas ações de governo. As propostas mais votadas farão parte do Plano Municipal de Políticas da Diversidade Sexual – um conjunto de prioridades para aumentar a visibilidade do segmento nas políticas públicas para a cidade, promover o debate sobre a garantia de direitos e cidadania e combater o preconceito e a discriminação, além de promover a superação das vulnerabilidades.
A escuta da comunidade é exclusivamente digital. Para participar, o público deve acessar o site da consulta pública. Depois de escolher a Regional da cidade onde mora e se apresentar (como pessoa LGBTI+, familiar, trabalhador ou aliado), e só votar. É aliado quem apoia as pautas do segmento. O processo de votação vai até o dia 28/6 – Dia Internacional do Orgulho LGBTI+.
Plano em construção
É possível escolher três sugestões para cada uma das 17 políticas públicas apresentadas – como Saúde, Educação, Direitos Humanos e Meio Ambiente. Além de assinalar as alternativas, caso os participantes não se sintam contemplados, também podem discorrer sobre uma proposta diferente e que não apareça entre elas. Isso significa que cada pessoa tem a possibilidade de assinalar até 51 sugestões para subsidiar a construção do plano, incluindo as sugestões próprias – as que os participantes que não se sentirem contemplados têm a possibilidade de fazer por meio de anotação, no fim do campo reservado para cada política pública.
Para o assessor de Políticas da Diversidade Sexual, Fernando Ruthes, a consulta é importante porque as intervenções decorrentes dela garantirão equidade e justiça social para lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, intersexo e demais identidades de gênero e orientações sexuais. “É necessário considerar que a identidade de gênero e a orientação sexual são fatores que vulnerabilizam as pessoas e, portanto, faz-se necessária a garantia de ações continuadas, por meio de um plano de políticas municipais”, disse.
O futuro plano, que deverá ser apresentado até dezembro, terá validade por quatro anos.