Cidade mais sustentável da América Latina, mais conectada e inteligente do Brasil, Curitiba tem o ambiente ideal para o desenvolvimento de negócios que criam soluções para a preservação do meio ambiente.
Com o Vale do Pinhão , o ecossistema que apoia e incentiva a inovação com DNA curitibano, a capital paranaense tem alavancado iniciativas como a startup Composta+, que criou um serviço de assinatura para coleta lixo orgânico de casas e empresas de Curitiba e Região Metropolitana. O material recolhido é transformado em adubo por meio da compostagem.
Este ano, a startup atraiu investidores que aportaram R$ 2,5 milhões para expansão do negócio. O investimento vai possibilitar que a startup construa seu primeiro ecoparque.
“Fazer parte do Vale do Pinhão fez a diferença, principalmente nos nossos primeiros passos. Logo no início da empresa, o Vale nos convidou para fazer uma palestra sobre nossa proposta. Lá, nosso networking se desenvolveu. Fazer parte desse ecossistema de inovação foi como um selo de reconhecimento que ajudou muito em visibilidade”, diz o fundador e CEO da startup, Théo Branco.
Além disso, a Composta+ foi uma das 266 residentes do Worktiba, primeiro coworking público do Brasil, criado pela Prefeitura de Curitiba e pelo Vale do Pinhão. Gerenciado pela Agência Curitiba de Inovação e Desenvolvimento, o Worktiba é voltado para empreendedores de startups, projetos de economia colaborativa e de impacto social em estágio inicial de desenvolvimento.
Terreno fértil
A startup, criada em 2018, atualmente destina à compostagem 12 toneladas de resíduos sólidos por dia. Com o ecoparque, terá mais espaço para ampliar a oferta do serviço.
O local terá um pátio de compostagem, para transformação dos resíduos em adubo orgânico e biofertilizante, e, futuramente, uma planta de biogás, responsável pela produção de gás natural renovável.
A empresa conta com 40 funcionários e tem em sua base de assinantes 1 mil domicílios e 400 empresas. Além de terem os resíduos orgânicos coletados em seu endereço, os clientes recebem capacitações para melhorar a separação dos resíduos, além de mudas de hortaliças e adubo, mensalmente.
Branco conta que a capital paranaense se mostrou um terreno fértil para os primeiros passos da startup também pelo perfil dos curitibanos, que já tem a consciência ambiental internalizada. “Em Curitiba as pessoas têm uma certa educação ambiental e o público aderiu bem à nossa ideia. Temos clientes que contam que aprenderam sobre resíduos urbanos e compostagem com a Família Folhas.”
A Prefeitura de Curitiba oferta vários serviços para a destinação correta dos resíduos orgânicos, como os cursos de compostagem da Fazenda Urbana e o Compostroca, além da coleta desses resíduos nos Ecopontos.
Futuro promissor
Para o próximo ano, a Composta+ tem metas traçadas: alcançar 30 toneladas por dia de resíduos orgânicos recolhidos dos clientes e dobrar a base de clientes empresariais, que hoje conta com vários segmentos – restaurantes, bares, escolas, hotéis, hospitais, mercados.
Também pretende vender o adubo gerado a produtores agrícolas da região, contribuindo para a redução do uso de fertilizantes químicos. Com a planta de biogás pronta, pretendem usar os resíduos para a geração do gás natural, que também poderá ser comercializado.