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Mobilidade urbana

Comitiva que prepara nova concessão elogia estrutura do transporte de Curitiba

A comitiva que visita Curitiba, participou de um workshop no Salão de Atos do Parque Barigui. Curitiba, 11/04/2024. Foto: Hully Paiva/SMCS

A estrutura e o histórico de planejamento da mobilidade urbana da capital foram apontados como pontos positivos por técnicos do BNDES e do consórcio Oficina-Gpo-Rhein-Addax que estão estruturando o novo modelo de concessão do transporte coletivo da cidade.

A comitiva passou dois dias (10 e 11/4) em Curitiba em visita que envolveu a realização de workshop no Salão de Atos do Parque Barigui com técnicos da Urbanização de Curitiba (Urbs), do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), da Procuradoria-Geral do Município (PGM) e da Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Orçamento. Além disso, a comitiva foi à campo para conhecer a estrutura e gestão do transporte coletivo, como os terminais de ônibus, canaletas do BRT e o Centro de Controle de Operações (CCO), da Urbs. 

Os encontros marcaram o início da estruturação e modelagem da nova concessão ou Parceria Público-Privada (PPP) do transporte coletivo de Curitiba, que prevê a modernização do sistema, a reestruturação dos serviços de mobilidade da Rede Integrada de Transporte (RIT) e a descarbonização gradual da frota, com forte aposta em ônibus elétricos.

Estrutura elogiada

O chefe do departamento de Estruturação de Projetos de Mobilidade Urbana do BNDES, Arian Bechara, disse que ficou bem impressionado com o que o encontrou em Curitiba.

“Curitiba já é um município que tem uma estrutura de mobilidade urbana bastante evoluída e os consultores estão conhecendo esta realidade para começar os projetos que vão nortear o novo modelo de concessão”, disse Bechara.

Para Arlindo Fernandes, gerente do consórcio Oficina-Gpo-Rhein-Addax, os dois dias de encontro foram muito proveitosos para conhecer todos os técnicos diretamente envolvidos e os desafios para formatar o novo modelo de concessão. 

“As expectativas são muito boas para a cidade, tanto na concessão da Rede Integrada de Transporte quanto à eletromobilidade. As metas são usadas em termos de busca de uma qualificação do transporte e vamos trabalhar com bastante empenho em cumprir nossos produtos, nossas entregas e também construir esse modelo com Curitiba”, disse o gerente. 

Ligeirão Norte-Sul

Os técnicos do Ippuc apresentaram o planejamento urbano da cidade e detalhes sobre o recém implantando Ligeirão Norte/Sul, a linha 250 do transporte de Curitiba que passou a ligar o Santa Cândida ao Pinheirinho, com trajeto de 38 km (ida e volta) e redução de tempo de deslocamento de 15 minutos para os passageiros que fazem o trajeto.

“Nós temos muito conhecimento acumulado para fazer esta nova concessão porque os estudos começaram a ser feitos há décadas. É uma bagagem que vai nos dar um bom apoio neste processo”, disse a assessora de Investimentos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Ana Jayme.

Novos projetos e eletromobilidade

Os técnicos do BNDES e do consórcio também conheceram o projeto, atualmente em execução, do Programa de Aumento da Capacidade e Velocidade Novo Inter 2, que será a plataforma de entrada dos ônibus elétricos na Rede Integrada de Transporte (RIT). O projeto prevê melhorias nos 38 km do itinerário de duas das linhas mais carregadas da cidade, o Inter 2 e o Interbairros II.

Outro destaque foi o Programa de Aumento da Capacidade e Velocidade do BRT Leste-Oeste, que prevê a readequação de 22,5 km de canaletas exclusivas para o transporte coletivo, entre Pinhais e o CIC Norte, em Curitiba. As intervenções incluem ainda cinco terminais, incluindo o novo equipamento do Capão da Imbuia, e a revitalização de 34 estações-tubo.

Próximas etapas

A primeira etapa dos estudos prevê um relatório de diagnóstico e reestruturação da RIT e estudo de demanda, que deve ser concluído no terceiro trimestre de 2024.

A segunda etapa, prevista para o primeiro trimestre de 2025, contempla relatórios de avaliação ambiental e jurídico, estudo de engenharia e técnico-operacional, avaliação econômico-financeira e proposição de modelo de concessão.

Para o segundo trimestre de 2025 estão previstas as realizações de consulta e audiência pública e a publicação do edital e, no terceiro trimestre, o leilão.

Modelo de negócio

No edital será definido o novo modelo de negócio do sistema, com regras de atuação, integração, investimentos, remuneração, garantias e prazo da concessão do transporte coletivo.