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Meio Ambiente

Combate à erva-de-passarinho aumentará no inverno

Orquídeas Bromélias e Samambaias, espécies não parasitas, no Museu Botãnico. Curitiba, 07/05/2009 Foto: Ricardo Almeida/SMCS

A Prefeitura de Curitiba vai aproveitar a chegada do inverno, no mês que vem, para intensificar o controle da erva-de-passarinho em árvores das ruas da cidade. Na época mais fria do ano, a erva-de-passarinho, espécie de parasita vegetal que pode prejudicar as árvores, fica mais evidente e facilita a manutenção. O controle é feito com a poda das árvores. Na arborização existem também liquens, musgos e até orquídeas, bromélias e samambaias que muitas vezes são confundidos com parasitas.

"É importante que a população não confunda parasitas com epífitas. A primeira prejudica as plantas porque sugam a seiva, e precisam ser removidas. Já as epífitas, que apenas usam a árvore como suporte, são benéficas e até indicam a qualidade do ambiente", diz o diretor do Departamento de Produção Vegetal da Secretaria do Meio Ambiente, Edélcio Marques dos Reis.

Como exemplos de epífitas, existem nas árvores algumas espécies de orquídeas, bromélias, samambaias, assim como musgos e líquens, que muitas vezes chegam a revestir todo o tronco. Além de beleza e diversidade, essas plantas também protegem a casca da árvore e contribuiem para a retenção de umidade.

A erva-de-passarinho, que tem esse nome porque os pássaros se alimentam dos seus frutos e dispersam as sementes nas árvores, é o mais comum dos parasitas vegetais presentes na arborização das cidades brasileiras. Quando se instala na árvore, a erva-de-passarinho retira a seiva bruta e prejudica a planta.

Em Curitiba, a Prefeitura combate o parasita com podas de manutenção, a única forma de controle atualmente conhecida. Na próxima semana, funcionários da Secretaria Municipal do Meio Ambiente vão trabalhar nas podas de árvores em ruas dos bairros Boa Vista, Juvevê, Bigorrilho, Guaíra, Tarumã e Jardim Social.

"É um trabalho de manutenção importante para manter as boas condições das árvores", diz Reis. No inverno, a maioria das árvores perde folhas, deixando mais visível a erva-de-passarinho. Segundo o diretor, o combate à erva-de-passarinho é feito o ano todo, especialmente nessa época, quando o resultado é melhor. É um trabalho que não erradica, mas controla a contaminação", diz Reis.

Um diagnóstico feito pela Prefeitura de Curitiba, que avaliou cada uma das 98.625 árvores de 23 bairros da cidade, mostrou que 7,57% delas estavam com erva-de-passarinho. Mais da metade das árvores infestadas nos bairros avaliados passou por poda de remoção.

O diagnóstico é parte do novo Plano Diretor de Arborização Pública de Curitiba, que está sendo implantado gradativamente. O plano vem sendo aplicado desde 2007, com plantio de novas árvores, valorizando as espécies nativas, remoção de plantas com risco de queda, destoca e podas de manutenção e de combate à erva-de-passarinho.

As ações do Plano de Arborização já passaram pelos bairros Sítio Cercado e Alto Boqueirão, onde foram plantadas 800 novas árvores; Centro, Vila Izabel, Água Verde e Bacaheri, que juntos ganharam mais de 9 mil árvores. Em maio, será a vez dos bairros Juvevê, Boa Vista, Bigorrilho e Guaíra.

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