A startup curitibana FullDNA, que desenvolve teste para identificar a vulnerabilidade de pessoas a doenças através da análise genética, foi a vencedora do 1º Pitch Live, inédita competição on-line de produtos e serviços inovadores promovida pelo Vale do Pinhão. Oito empresas da capital participaram da final na quarta-feira (1/7), uma versão on-line e especial do "Business Round", rodada de negócios mensal (o evento está suspenso com a pandemia).
O CEO da FullDNA, Roberto Grobman, comemorou a vitória na competição que teve 70 startups inscritas. “Foi uma grande oportunidade de apresentar nossa empresa para potenciais investidores em uma competição bastante disputada e com fortes concorrentes”, justificou. Segundo ele, a empresa está em busca de novos recursos para expandir sua atuação internacional. Hoje, a healthtech curitibana está no Brasil, Israel e Portugal.
Acelerada pelo Sistema Fiep, a Full DNA desenvolveu um método capaz de identificar o índice de suscetibilidade genética de cada pessoa para cerca de 1.500 doenças. “Desenvolvemos um algoritmo para analisar o risco de contaminação de alguns tipos de vírus. Síndrome respiratória aguda grave, gripe e até covid-19 podem ser analisadas com uma simples coleta de saliva”, detalhou Grobman.
Competição
Além da campeã FullDNA, também participaram da final do Pitch Live as startups NEX Energy, FireFly, Rangri, Broder, Superintel, Eyevision e Isket. As oito empresas se apresentaram em pitchs para 21 jurados, representantes de fundos de investimento, universidades e entidades do Vale do Pinhão.
A banca era formada por representantes do Anjos do Brasil, Curitiba Angels, Redpoint Eventures, Bzplan, HAG Ventures, GoVentures, BumpLab Startup, Platta Investimentos, JUPTER, Founder Institute Brazil, Honey Island Capital, VMF Participações, 2be Solutions, Excelência Participações, Caravela Capital, Assespro-PR, Sebrae-PR, UFPR, UTFPR, Distrito Spark CWB e Hotmilk PUCPR.
As finalistas tinham se classificado em duas eliminatórias que ocorrem nos dias 19 e 26 de junho, quando também participaram de pitchs.
“As startups participantes mostraram a qualidade das soluções, a diversidade de segmentos de atuação e também a escalabilidade dos projetos”, avaliou Cris Alessi, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação. O órgão ligado à Prefeitura da capital foi responsável pela organização da competição.
O segundo lugar na competição foi conquistado pela Nex Energy, que gerencia o aluguel de usinas renováveis para pequenas e médias empresas conseguirem economizar na conta de luz; e o terceiro lugar ficou com a Rangri, startup de impacto social que oferece uma plataforma de intermediação de pedidos de comida com parte do valor pago pelo usuário destinada para entidades de assistência social.
Marcia Beatriz Cavalcante, presidente da Curitiba Angels e jurada da final, observa que o formato da competição do Vale do Pinhão contribuiu com o crescimento dos participantes, já que todos saíram ganhando com a experiência e o aprendizado proporcionado. “O Pitch Live proporcionou mais visibilidade às startups e deve contribuir para gerar mais negócios para nossa empresa”, acredita Juliano Lenzi, sócio-fundador da Next Energy.
Na final, o público também votou e as três empresas mais bem avaliadas receberam pontos extras em relação à votação do júri. A mais votada foi a Rangri. “Acredito que recebemos o maior apoio do público pois muitas pessoas se identificam com a nossa causa, que é reduzir a fome no mundo“, disse o fundador e CEO da startup de impacto social, Flavio Masson.
Premiação
Como premiação do Pitch Live, as startups receberam certificados como "Empresa Promissora" (2º e 3º lugares) e "Empresa Destaque” (1º lugar), oferecidos pela Agência Curitiba. Além disso, os fundos de investimento parceiros ofereceram mentorias e a possiblidade de as empresas mais bem colocadas participarem de programas de aceleração e até de rodadas de investimento.