A Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) concluiu na segunda quinzena de abril mais uma obra de recuperação ambiental em área de regularização fundiária. A Vila Beira-rio, no Tatuquara, foi beneficiada com a implantação de equipamentos esportivos e de lazer, além do plantio de grama e árvores em local de onde foram transferidas famílias que viviam em moradias irregulares.
Desde 2017, ações como esta já recuperaram mais de 62 mil metros quadrados de áreas de preservação ambiental que haviam sido ocupadas irregularmente. Neste período, o reassentamento de 610 famílias para novas moradias permitiu o plantio de 34 mil metros quadrados de grama e quase 8 mil mudas de árvores.
A área recuperada equivale a uma rua com extensão de 9 km – a distância do Centro da cidade até o bairro Boqueirão, na região sul ou até o Bairro Alto, na região norte.
“O trabalho da Cohab possibilitou a recuperação de córregos, rios e fundos de vale nas bacias hidrográficas dos rios Atuba, Barigui e Belém. Como diz o prefeito Rafael Greca, beira de rio não é lugar para morar. Agimos com respeito às pessoas e ao meio ambiente”, destaca o presidente da Cohab, José Lupion Neto.
Além da Vila Beira-rio, os reassentamentos promoveram a liberação de áreas de preservação ambiental nos seguintes locais que estavam degradados: Acrópole e Autódromo, ambas no Cajuru; Bela Vista da Ordem, no Tatuquara; Flávia Borlet, no Boqueirão; Vila Nina, no Fazendinha; Vila Nori, no Pilarzinho; Vila Prado, no Prado Velho; e Vila Verde, na CIC.
Beira-rio
A Vila Beira-rio é uma das áreas de regularização fundiária com atuação da Cohab. De lá foram transferidas 60 famílias que viviam em condição precária nas margens do Arroio da Ordem, enquanto outras 57 permaneceram nos locais sem restrições habitacionais e passíveis de regularização.
Na área recuperada foram plantados 1,6 mil metros quadrados de grama e 322 mudas de árvores, além da implantação de uma pista de caminhada, cancha de mini-futebol e área de convivência com bancos. A obra teve objetivo de recuperar a vegetação nativa que havia sido degradada e proporcionar espaços de convivência para a população da região.
Com a finalização da obra na Vila Beira-rio, os moradores da região já estão desfrutando do novo espaço, que além de trazer mais qualidade de vida, também ajuda na preservação ambiental da cidade.
A aposentada Genoveva Markesvis, de 81 anos, mora há 22 na Vila Beira-rio. Em 2020 ela foi transferida da margem do arroio para uma casa da Cohab na própria vila, onde vive com mais segurança. Ela comentou sobre a recuperação ambiental da área desocupada.
“Ficou uma benção, com bastante árvore, bem como a comunidade queria. Era um local que não tinha nenhum uso, ficou ótimo para encontrar os vizinhos e conversar, para a criançada brincar. Podem ter certeza que vamos cuidar muito bem”, afirma Genoveva.
Moradias
As 610 famílias que foram reassentadas para liberar áreas de preservação receberam unidades habitacionais no Moradias Alamanda e Acrópole, no Cajuru; Moradias Arapoti e Moradias Arroio, na CIC; Moradias Bela Vista da Ordem e Moradias Creta, no Tatuquara; Moradias Faxinal, no Santa Cândida; Moradias Maringá, no Cachoeira; Moradias Prado, no Prado Velho; Moradias Vila Nina, no Fazendinha; e Moradias Parolin, no Parolin.
O total de moradias entregues desde 2017 chega a 2.170 imóveis, ao considerarmos as famílias reassentadas e mais os inscritos na fila da Cohab que receberam as chaves de apartamentos em diferentes condomínios espalhados pela cidade.