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Enriquecimento ambiental e alimentar

Com o calor intenso, chimpanzé Bob e urso-de-óculos Thorin se refrescam com sorvetes de frutas

Zoológico introduz enriquecimento alimentar aos animais. Curitiba, 21/02/2025. FOTO: Isabella Mayer/SECOM

O calor de 28ºC da manhã desta sexta-feira (21/2) foi acompanhado de uma quebra de rotina para os animais do Zoológico de Curitiba. Para diminuir as altas temperaturas e promover um “refresco térmico”, a equipe do Zoo preparou um enriquecimento alimentar e sensorial para os primatas e o urso-de-óculos, o Thorin. 

O picolé de suco de melancia fez sucesso com o chimpanzé Bob, que se deliciou dentro do recinto ao se refrescar com a surpresa. Segundo o zootecnista Carlos Grubhofer, chefe de Nutrição do Zoológico, esse trabalho de enriquecimento é feito para estimular os animais e os tirar da rotina.

Agora no verão, com as temperaturas chegando perto dos 30ºC todos os dias, esse tipo de enriquecimento alimentar é feito até três vezes por semana. “É uma prática que os ajuda a diminuir um pouco a temperatura corporal e que muda a rotina dos animais. Eles adoram, são apaixonados por isso, pegam um sorvete com muita vontade”, explicou Grubhofer.

As atividades ocorrem em horários diferentes. Às vezes, os sorvetes são escondidos dentro do recinto do animal para que ele, pelo olfato, procure e se movimente até encontrar o “prêmio refrescante”.

O urso-de-óculos Thorin, de aproximadamente 150 quilos, teve que se esforçar e subir as escadas no ponto mais alto do mirante para se lambuzar com o sorvete de frutas preparado especialmente para ele. A espécie urso-de-óculos é da América Latina e é bem comum na região da Colômbia.

“Para cada animal fazemos práticas diferentes. Isso muda o dia deles e também traz um conforto térmico. Para os animais predadores, a gente simula situações em que eles têm que caçar, para manter esse comportamento vivo”, completou Grubhofer.


Unidade de conservação

O Zoo de Curitiba é responsável pelo cuidado de mais de 1,8 mil animais, que ficam na área de visitação. São cerca de 589 mil metros quadrados, com aproximadamente 165 recintos. Entre os animais, estão alguns de espécies nativas ameaçadas, inseridos em programas nacionais de conservação.

Mais de 70% dos animais vieram de situações de intervenção humana que impossibilitaram sua soltura na natureza (apreensões, tráfico, circos e maus-tratos). Hoje, alguns animais recebidos pelo Centro de Apoio à Fauna Silvestre (Cafs) também encontram abrigo e cuidado na unidade de conservação do Alto Boqueirão.