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Natureza Urbana

Com a C40, Curitiba dá mais um passo para conter crise climática

Curitiba assume mais um compromisso com a Rede C40. Foto: Lucilia Guimarães/SMCS

 

Curitiba é uma das 31 cidades do mundo a dar novo passo para garantir um futuro mais verde. O prefeito Rafael Greca é um dos signatários da Declaração da Natureza Urbana, da Rede de Cidades C40, um documento que estabelece diretrizes para conter a crise climática. Na prática, a capital paranaense segue com a sua política ambiental de ampliar a arborização e as áreas verdes da cidade, mas com metas mais ousadas.

Greca lembrou que Curitiba, como parte da rede C40 já há bastante tempo, está em busca da neutralidade em carbono até 2050, conforme estabelece o Acordo de Paris.

“Para isso, além das nossas ações de incentivo e adoção de energia limpa, já plantamos 200 mil árvores em quatro anos e, nesta gestão, queremos plantar ainda mais”, disse Greca, lembrando de programas como o Curitiba Mais Energia e o Desafio 100 Mil Árvores.

Todas as ações fazem parte do Plano de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas da cidade, o PlanClima, publicado em dezembro de 2020, também em conjunto com a C40. A primeira medida priorizada do plano é implementar ações de recuperação, manutenção, conservação, preservação e ampliação das áreas verdes da cidade, visando o aumento do estoque de carbono e a adaptação baseada em ecossistemas. 

Energia limpa

O incentivo vem desde 2019, quando houve a instalação dos painéis solares no telhado do Palácio 29 de Março - por meio de Chamada Pública da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).  Mais recentemente, na Galeria das Quatro Estações do Jardim Botânico de Curitiba e na CGH Nicolau Kluppel do Parque Barigui, aberta com doação da Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas (Abrapch).

A cidade trabalha ainda – com apoio e recursos de US$ 1 milhão da C40 - na implantação de usinas fotovoltaicas no bairro Caximba - a pirâmide solar no aterro sanitário desativado -, na Rodoviária e nos Terminais Pinheirinho, Santa Cândida e Boqueirão.

Para a secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Oliveira Dias, um dos objetivos é incentivar a população a adotar essas modalidades de geração de energia limpa, em especial a solar - o que pode trazer não apenas economia, mas também redução de emissões de gases do efeito estufa.

“Vemos essa tendência entre os curitibanos”, afirma. “Também entre outros órgãos da administração municipal, como é o caso do Imap, que instalou painéis em seu complexo localizado no Parque Barigui”, completa.

Fazem parte deste esforço, ainda, as habitações populares do Cohab Solar, que garantem economia de 80% para os beneficiários.

Mais água

O enfrentamento da crise hídrica a curto e a longo prazo já é realidade na cidade. No final de 2020, o municipio começou a perfuração de poços artesianos para atender a própria demanda, de comunidades sem acesso à rede de água, ainda, para desafogar a rede de abastecimento para a população.

A longo prazo, o abastecimento de água da cidade pode contar com a Reserva Hídrica do Futuro, idealizada pelo prefeito Rafael Greca, em estudos junto à Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). A ideia é promover a interligação das cavas do Rio Iguaçu, o que pode garantir capacidade de reserva de 42 bilhões de litros d’água.

Mais verde

Desde 2019, Curitiba assume o compromisso de realizar o plantio de 100 mil árvores anualmente. Plantios comunitários, de alunos de escolas municipais e particulares da cidade, mutirões de empresas e do exército foram os grandes responsáveis pelas mais de 100 mil novas árvores nativas em Curitiba, de setembro de 2019 a setembro de 2020.

São mais de 40 parques e bosques, além de reservas particulares preservadas na cidade, o que garante cerca de 60 metros quadrados de área verde por habitante.

Acesso à natureza

De acordo com a Rede C40, estudos comprovam que o acesso igualitário à natureza urbana é benéfico para o meio ambiente e para a população, além de ajudar na mitigação dos impactos das mudanças climáticas, como as chuvas mais frequentes. 

As cidades que assinam a declaração estão abordando os riscos relacionados ao calor e à água, garantindo que, até 2030, de 30 a 40% da área total construída da cidade consistirá em espaços verdes, como árvores nas ruas, florestas urbanas e parques; ou espaços permeáveis, como sistemas sustentáveis de drenagem urbana e pavimentos projetados para absorver água e prevenir inundações. 

As cidades também se concentrarão na promoção da acessibilidade e conectividade para comunidades vulneráveis, garantindo que a população tenha acesso a espaços públicos em uma caminhada curta ou em um passeio de bicicleta. 

“Apoiar e proteger os ecossistemas naturais das cidades é uma das nossas ferramentas mais importantes para construir resiliência contra a crise climática e criar as comunidades urbanas saudáveis e inclusivas que merecemos”, afirma Mark Watts, diretor executivo da C40 Cities. 

Na Declaração da Natureza Urbana, Curitiba se une a cidades como Atenas (Grécia), Austin (Estados Unidos), Barcelona (Espanha), Berlim (Alemanha), Bogotá (Colômbia), Buenos Aires (Argentina), Copenhague (Dinamarca), Durban (África do Sul), Freetown (Serra Leoa), Guadalajara (México), Haifa (Israel), Lima (Peru), Londres (Reino Unido), Los Angeles (Estados Unidos), Medelín (Colômbia), Milão (Itália), Mumbai (Índia), Nova Orleans (Estados Unidos), Paris (França), Cidade Quezon (Filipinas), Rio de Janeiro (Brasil), Roma (Itália), Rotterdam (Holanda), Salvador (Brasil), Seattle (Estados Unidos), Estocolmo (Suécia), Sydney (Austrália), Tel Aviv (Israel), Tóquio (Japão) e Toronto (Canadá).