Os dez administradores regionais da Prefeitura de Curitiba participaram de uma reunião de trabalho no auditório da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), nesta quinta-feira (10/4), a convite do presidente André Baú. O tema principal do encontro foi a busca de áreas livres para a construção de novas moradias populares. A abertura da reunião foi feita pelo vice-prefeito e secretário municipal do Desenvolvimento Econômico e Inovação, Paulo Martins.
“Iniciativa excelente do presidente da Cohab de Curitiba em reunir os administradores regionais para, em conjunto, atuarem a fim de vencer amarras que muitas vezes existem no poder público. Isso fortalece a integração entre as equipes da Prefeitura para a busca de soluções que atendam a população”, disse Paulo Martins.
André Baú explicou aos regionais a importância de uma ação integrada para buscar áreas públicas que estejam desocupadas e muitas vezes sem utilização. E destacou que não precisam ser necessariamente áreas extensas, mostrando exemplos de tipologias habitacionais que podem ser construídas em terrenos menores.
“Vocês conhecem a região em que atuam melhor do que ninguém. Por isso, peço que nos indiquem terrenos para construção de moradias. Se couberem quatro casas térreas ou um bloco de 16 apartamentos já é válido, pois atenderá pessoas que precisam e não deixa o local sem uso. Não queremos desperdiçar nenhuma área”, enfatizou André Baú.
Plano Diretor
A coordenadora das regionais na Secretaria do Governo Municipal (SGM), Maria Izabel de Paula, a Mabel, afirmou que nas regiões periféricas de Curitiba a Prefeitura consegue oferecer bons serviços de saúde, de educação, Armazéns da Família, transporte público de qualidade e que o momento agora é de centrar esforços nas questões habitacionais.
“Áreas que não têm destinação podem acabar sendo ocupadas irregularmente de maneira precária ou servindo para descarte irregular de resíduos. Por isso, é muito pertinente o pedido do presidente André Baú para quem está na ponta do atendimento monitorar e indicar as áreas livres”, disse Mabel.
Os administradores do Tatuquara, Marcelo Ferraz, e de Santa Felicidade, Dirceu de Mattos, destacaram que a política habitacional está com muita ênfase nas discussões que vão se iniciar para atualização do plano diretor da cidade.
“Vamos debater avanços para Curitiba dos próximos 10, 15 anos, pensando em áreas para moradia, sempre respeitando o sentimento de pertencimento que as populações têm com suas regiões”, disse Ferraz, enquanto Matos destacou a necessidade de verticalização em áreas onde atualmente não são permitidas construções com grande número de pavimentos.
A administradora regional do Bairro Novo, Veridiana Maranho, falou sobre o poder público encontrar maneiras de dar uma destinação para áreas particulares que estão sem uso e que há enorme dificuldade em localizar os proprietários. Já o administrador Regional Boa Vista, Reinaldo Boaron, considerou que pode ser bastante produtiva a estratégia de utilizar pequenos terrenos públicos para construir habitações.
Também participaram os administradores regionais do Cajuru, Agostinho Creplive Filho; do Boqueirão, José Antônio de Melo Filho; do Fazendinha/Portão, Rodrigo Reis; da CIC, Rudimar Fedrigo; da Matriz, Ariane Assis; e do Pinheirinho, Janaina Lopes Gehr .
Articulação
Além da sugestão de áreas livres, André Baú pediu aos administradores regionais indicações de construtoras das regiões em que atuam, para estabelecer parcerias visando a execução de projetos habitacionais para atendimento aos dois públicos da Cohab - inscritos na fila da casa própria e moradores vulneráveis de locais de risco.
Cada uma das dez administrações regionais de Curitiba conta com um profissional da Cohab denominado articulador, que atua de forma estratégica como a ponte entre o órgão responsável pela política habitacional e as regionais. Eles formam o Núcleo de Articulação Comunitária (NAC) e desempenham atividades junto às comunidades e áreas da Cohab, como jurídico, arquitetura e serviço social. Ao final da reunião, todos eles se apresentaram para estreitar os laços com os administradores regionais.