A Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) finalizou nesta terça-feira (27/4) a atualização do mapeamento da Vila Divino, no bairro Atuba. Os dados atualizados das 105 famílias serão utilizados para compor o projeto final de intervenção na área. A construção das novas casas será licitada nas próximas semanas
Manter o cadastro atualizado é uma exigência da Caixa Econômica Federal, agente financiador do projeto. A intervenção coordenada pela Cohab foi o primeiro projeto selecionado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) para receber recursos do programa Pró-Moradia. Serão investidos R$ 22,7 milhões no empreendimento – dos quais R$ 9,5 milhões serão financiados pelo programa Pró-Moradia, do governo federal enquanto R$ 13,2 milhões configuram a contrapartida municipal.
A obra contempla a construção de três condomínios residenciais de casas sobrepostas, que abrigarão 105 famílias, com infraestrutura interna completa de ruas pavimentadas e redes de água, esgoto e energia elétrica.
“Logo que tomamos posse, em 2017, firmei um compromisso com a população desta área e começamos a formular um projeto de intervenção. É com muita alegria que estamos vendo o projeto se tornar realidade”, destaca o prefeito Rafael Greca.
Ocupada há cerca de 14 anos, a Vila Divino está localizada sob torre de alta-tensão, nas margens do Rio Atuba. Em situação insalubre, os moradores não possuem infraestrutura de saneamento básico, drenagem de águas pluviais, energia elétrica e pavimentação de ruas.
Expectativa
A dona de casa Lucimar Teixeira dos Santos, 40 anos, estava entre os primeiros moradores que ocuparam a Vila Divino. No local, ela e o marido viram os dois filhos crescerem.
“Há 14 anos, quando chegamos, quase não tinha ninguém no local. Meu filho mais velho, que tinha 3 aninhos, já vai fazer 17. Fico feliz de ver que nosso sonho de ter uma boa casa vai se tornar realidade. Principalmente pelas questões de falta de rede de esgoto e enchentes, vai ser um alívio não conviver mais com estes problemas”, afirma Lucimar.
A moradora Célia Mendes da Cruz, 43 anos, mostrou-se contente com o projeto.
“Antes de vir para cá, sempre moramos de aluguel e nunca tivemos nosso cantinho, ultimamente nem o aluguel conseguíamos pagar, por isso tivemos que vir morar aqui. Mas agora, com uma casa nossa, vai ser ótimo, vai ser como o nome da vila, divino”, ressalta Célia.