Nesta terça-feira (15/6), a Casa da Mulher Brasileira (CMB) completa cinco anos de ampla atuação no enfrentamento a todas as formas de violência contra as mulheres.
Os direitos das mulheres ganham reforço com a aplicação da lei Maria da Penha e a Casa da Mulher Brasileira oferece atendimento humanizado, com integração dos serviços de uma grande rede de suporte e garantia de acesso, a todas as mulheres, a alojamento de passagem e acolhimento emergencial por até 48 horas.
Desde 2016 foram realizados 64.120 atendimentos, 3.057 deles para mulheres provenientes da Região Metropolitana de Curitiba.
Sandra Praddo é quem coordena a Casa desde a sua implantação. Ela destaca o atendimento humanizado oferecido no local e a melhoria, a cada ano, dos serviços ofertados às mulheres em situação de violência.
“Para mim é um orgulho coordenar uma das sete sedes brasileiras deste espaço que acolhe as mulheres quando elas mais necessitam da nossa atenção”, diz Sandra.
Além de Curitiba, a CMB está em outras seis cidades: Campo Grande (MS), São Luiz (MA), Fortaleza (CE), Boa Vista (RO), São Paulo (SP) e em Ceilândia (DF).
Para a assessora de Direitos Humanos – Política para as Mulheres, Elenice Malzoni, a grande proposta que representa a Casa da Mulher Brasileira é um orgulho para Curitiba e imprime respeito e inovação no atendimento destas mulheres em situação de violência.
“Parabenizamos, nestes cinco anos de funcionamento, todos os serviços especializados da Casa da Mulher Brasileira, que atendem os mais diversos tipos de violência doméstica e familiar contra as mulheres”, conclui Elenice.
Números e ações
De 15 de junho de 2016 a maio de 2021 foram realizados 64.120 atendimentos - 3.057 para mulheres provenientes da Região Metropolitana de Curitiba - e 561 alojamentos.
No primeiro ano de funcionamento da Casa, de junho a dezembro de 2016, foram realizados 3.805 atendimentos e 50 alojamentos; em 2017, 11.490 atendimentos e 108 alojamentos; em 2018, 11.476 atendimentos e 140 alojamentos; e em 2019, 21.190 atendimentos e 172 alojamentos.
Em 2020, com a pandemia, percebeu-se uma diminuição nos atendimentos, parte devido a alguns serviços terem migrado para o formato on-line. Discute-se também uma possível subnotificação nas denúncias. Foram realizados 12.123 atendimentos e 71 alojamentos.
De janeiro a maio de 2021 foram realizados 4.036 atendimentos e 20 alojamentos.
Além dos atendimentos, a Casa da Mulher Brasileira desenvolveu várias ações no enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres, com palestras, campanhas de divulgação dos canais de denúncia e trocas constantes com a sociedade, promovendo a conscientização da população.
O atendimento da Casa durante a pandemia
Desde março de 2020, devido a pandemia, os órgãos que integram a CMB, como Juizado de Violência Doméstica, Defensoria Pública e Ministério Público, passaram a atender em home office.
Os serviços prestados pela Prefeitura de Curitiba, como alojamento, recepção, triagem, psicossocial, administração e coordenação, Patrulha Maria da Penha e Guarda Municipal continuaram com o atendimento presencial, assim como a equipe da Polícia Militar e Delegacia da Mulher.
O atendimento presencial segue todas as medidas sanitárias recomendados pela Organização Mundial da Saúde e as diretrizes da Secretaria Municipal da Saúde, com o uso dos EPIs (Equipamento de Proteção Individual).
Neste período, a Casa foi sanitizada três vezes e todos os servidores em atividade passaram por testes para detecção do novo coronavírus. Foram mantidos os atendimentos durante 24 horas, todos os dias, inclusive em feriados e fins de semana.
Avanços da Gestão
A coordenadora da Casa da Mulher Brasileira, Sandra Prado, destaca os avanços dos serviços prestados pela Casa nos últimos anos.
“Desde o início da gestão Rafael Greca, foram muitos desafios enfrentados e muitas estratégias de enfrentamento a violência foram adotadas, com Integração dos serviços dentro da Casa da Mulher Brasileira. A implantação da Delegacia da Mulher, cumprindo 100% das Diretrizes Nacionais da CMB, e muitas outras”, salienta Sandra.
Entre as ações, ela também cita a inclusão do Núcleo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nas dependências da Casa da Mulher Brasileira; a implantação e custeio do Dispositivo de Segurança Preventiva - Botão do Pânico; a criação do espaço para pets das mulheres atendidas e alojadas; a promoção da autonomia econômica das mulheres atendidas na CMB através de encaminhamento para o Sistema Nacional de Emprego; e o aumento de viaturas para a Guarda Municipal que atendem na Casa.
A CMB também ganhou uma pracinha com a Árvore da Vida no estacionamento, a revitalização do jardim pelo Grupo Mulheres do Brasil e um painel cerâmico da artista plástica Marta Berger.
LEIA MAIS