<P align=left>O câmpus 3 da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que era dividido pela antiga BR 116, será integrado pela Linha Verde, a avenida que a Prefeitura está construindo no trecho urbano da antiga rodovia. Localizado em uma área de 1,1 milhão de metros quadrados, praticamente metade de cada lado da rodovia, o câmpus terá suas duas pontas - as unidades Jardim Botânico e Centro Politécnico - unidas por uma rótula e acesso pela nova avenida. "O que era fundos vai virar frente", diz o prefeito da Cidade Universitária, professor e engenheiro civil Ernesto Sperandio Neto, explicando que, em função da obra, serão abertos portões de acesso pela Linha Verde. A Estação UFPR da Linha Verde, que ficará em frente aos novos portões de acesso, será um dos pontos de travessia segura da nova avenida.</P> <P align=left>Atualmente, o acesso principal ao câmpus Jardim Botânico, localizado de um lado da BR 116, é feito pela rua Professor Lothário Meissner. Um pouco mais à frente, esta rua se funde à BR 277 onde fica o acesso principal do Centro Politécnico, do outro lado da 116. Por ali circulam, diariamente, 20 mil alunos, professores e funcionários. São 53 edifícios somando 150 mil metros quadrados de área construída. Como os acessos são pela BR 277 e, no caso do Politécnico também pela Avenida das Torres, a área dos fundos sempre foi a do lado da BR 116.</P> <P align=left>Os novos portões ficarão próximos à Estação de Ônibus UFPR, uma das oito previstas no projeto da Linha Verde. O câmpus ficará mais próximo da comunidade. "O Jardim Botânico e o Centro Politécnico ficarão mais visíveis, mais próximos. Há um bosque de preservação permanente que hoje quem passa na BR nem percebe e que ficará à vista", diz Sperandio Neto.</P> <P align=left>O início das obras da Linha Verde levou a Prefeitura da Cidade Universitária a mudar inclusive o projeto de um dos prédios em construção no Centro Politécnico, o laboratório de engenharia química. A frente do prédio estava voltada para o câmpus e os fundos para a antiga BR 116. "Mudamos o projeto. Se vamos ter acesso por aqui, então a fachada do prédio estará voltada para este lado", diz <FONT face="Times New Roman">Sperandio Neto</FONT>. "Hoje temos uma BR passando pelo meio do câmpus. Depois teremos uma avenida com fluxo urbano, com um potencial de desenvolvimento local muito grande e isto é importante para a Universidade", afirma.</P><B> <P align=left>Ônibus e Integração - </B>Coordenadora de Planejamento Institucional da Cidade Universitária, a arquiteta e professora Maria Luiza Marques Dias também considera a integração, tanto do câmpus quanto dos bairros da cidade, como o ponto forte da Linha Verde. Hoje, os alunos que precisam se deslocar entre os câmpus têm dificuldade de locomoção. "O aluno dá voltas e voltas, anda quilômetros e nós estamos buscando formas de melhorar isso", diz. "Sem dúvida, ações neste sentido têm que levar em conta a mudança do perfil da antiga BR".</P> <P align=left>Maria Luiza afirma que, com os novos acessos e com a transformação da BR em via urbana, a situação vai mudar muito. "Você pode pensar, por exemplo, em um sistema integrado, de carros e ônibus", diz. Uma das possibilidades, ainda em estudo, é de implantação de um sistema de transporte próprio da Universidade, o ônibus inter-câmpus. </P> <P align=left>As novas linhas de ônibus que serão implantadas pela Prefeitura de Curitiba, a Estação UFPR da Linha Verde, que ficará em frente aos novos portões, e o transporte interno dos câmpus poderão funcionar como incentivo para que alunos e professores deixem o carro em casa. "O aluno poderá chegar de ônibus até o portão da universidade e terá como se locomover aqui dentro."</P> <P align=left>Outra possibilidade, em fase de avaliação de diferentes modelos adotados no mundo, é de implantação de um sistema interno de ciclovia. Uma das idéias em estudo é o modelo da Universidade Nacional da Colômbia, em Bogotá, que prevê a oferta de bicicletas em todo o câmpus. Adquiridas pela universidade, as bicicletas podem ser deixadas em qualquer ponto do câmpus. </P> <P align=left>"O aluno encontra uma bicicleta, usa, pára onde precisa parar e deixa por lá mesmo, que outro aluno vai encontrar", explica Maria Luiza. A única restrição é que as bicicletas não sejam tiradas do perímetro do câmpus que, para isso, precisa estar todo cercado.</P> <P align=left>O modelo francês - em que as bicicletas são apanhadas e devolvidas em pontos pré-definidos e mediante o uso de um cartão de controle - também está sendo estudado. "Por enquanto estamos avaliando várias idéias. A intenção é atualizar sempre o plano diretor", explica.</P> <P align=left>A Linha Verde está sendo construída pela Prefeitura de Curitiba no trecho urbano da antiga BR 116, numa primeira etapa entre os bairros Pinheirinho e Jardim Botânico. A obra transformará a antiga BR em avenida urbana, com canaletas do ônibus, vias de acesso aos bairros e comércio local, estações de transporte, ciclovia, parque, Horto-Parque, calçadas e novos sistemas de semáforos e iluminação. </P><B> <P align=left><FONT color=#006600>A Linha Verde na Universidade Federal do Paraná</FONT></P></B> <UL> <LI> <DIV align=left>Integração do câmpus separado pela antiga BR 116</DIV></LI> <LI> <DIV align=left>Acesso ao Centro Politécnico e câmpus Jardim Botânico pela Linha Verde</DIV></LI> <LI> <DIV align=left>Mudança no projeto deixa novo prédio com a fachada voltada para a Linha Verde</DIV></LI> <LI> <DIV align=left>Com o fim da rodovia, UFPR estuda implantar ciclovia e transporte nos câmpus</DIV></LI> <LI> <DIV align=left>Por dia, 20 mil alunos, professores e funcionários circulam no Centro Politécnico</DIV></LI></UL> <P align=left> <HR> </P>