Na manhã desta sexta-feira (22), Dia do Músico, a Camerata Antiqua de Curitiba foi homenageada em uma cerimônia que celebrou seus 50 anos de trajetória. Realizado no Salão Brasil, da Prefeitura de Curitiba, o evento reuniu autoridades, músicos, produtores e personalidades que marcaram a história do grupo, para prestigiar a entrega de medalhas comemorativas aos integrantes da Camerata.
As insígnias foram entregues pelas mãos do prefeito Rafael Greca, pela presidente da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), Ana Cristina de Castro, e pelo diretor executivo do Instituto Curitiba de Arte e Cultura (ICAC), Marino Galvão Jr.
“A música é a eternidade da cidade, a revogação dos aborrecimentos da vida e um legado para as futuras gerações. Ao celebrar o jubileu de ouro da Camerata, queremos reafirmar nossa confiança de que, em seu centenário, o grupo continuará a perpetuar esse patrimônio cultural”, afirmou o prefeito Rafael Greca.
Durante a cerimônia, Greca também destacou projetos futuros para a Camerata, como uma turnê internacional que incluirá apresentações no Vaticano, em Roma, representando as relações entre Brasil e Santa Sé. O prefeito anunciou ainda a doação de um piano Essenfelder, pertencente à mãe da falecida primeira-dama Margarita Sansone, para a Capela Santa Maria, sede do grupo.
O envolvimento de Margarita Sansone com a Camerata também foi lembrado pela presidente da FCC, que destacou seu entusiasmo em projetar o grupo no cenário internacional. As comemorações do jubileu de ouro do grupo nesta temporada 2024 foi marcado por uma turnê pelo Mercosul, com apresentações no Paraguai, Uruguai e na Argentina, no respeitável Teatro Colón, mais importante palco de música erudita da América Latina.
“Foi graças à dedicação de D. Margarita que a Camerata ultrapassou fronteiras. Ela acreditava na excelência musical do grupo e trabalhou incansavelmente para que ele representasse o país em grandes palcos, como Roma, Veneza e Washington, além das recentes apresentações no Mercosul”, disse.
A celebração também reconheceu a longa parceria da Camerata com a Volvo e a Panificadora Família Farinha, apoiadores do grupo desde 2008. “É um orgulho imenso contribuir para o trabalho da Camerata. Sentimos que plantamos uma sementinha nesse projeto tão especial,” comentou Alexandre Parker, diretor institucional da Volvo. Pedro Farinha, da Família Farinha, complementou: “A ideia sempre foi retribuir a Curitiba todo o reconhecimento que a cidade nos dá. Sentimos que fazemos parte desse legado.”
Além da retomada internacional, durante os últimos 8 anos a Camerata Antiqua de Curitiba alcançou números muito significativos. Foram concertos na Capela Santa Maria, em asilos, hospitais, concertos especiais, didáticos e em tournê. "Entre 2017 e 2024, o grupo realizou mais de 400 apresentações e atingiu 130 mil pessoas em todos os seus programas e projetos. Mesmo durante a pandemia o grupo manteve a produção musical, com outros 73 programas on-line que atingiram 185 mil pessoas. São números que demonstram efetividade do projeto e a reponsabilidade na execução das atividades da Camerata Antiqua de Curitiba", afirma Marino Galvão Jr., diretor executivo do Instituto Curitiba de Arte e Cultura.
Apresentações
Após a performance da soprano Ornella de Lucca e da pianista Priscilla Malanski, que interpretaram o Hino Nacional e a Marcha para Curitiba, Ingrid Müller Seraphim, idealizadora e uma das fundadoras do grupo, aos 93 anos, emocionou o público ao tocar a Valsa de Esquina, de Francisco Mignone.
Na sequência, os integrantes da Camerata foram homenageados com medalhas comemorativas, como reconhecimento por décadas de dedicação à música e pela contribuição à promoção da cultura curitibana no Brasil e no exterior.
“Esse momento chancela a qualidade e a distinção de um grupo que faz história. A Camerata marca sua singularidade ao oferecer música de excelência, proporcionando ao cidadão não só o prazer estético, mas também a oportunidade de vivenciar a subjetividade e a saúde emocional. A trajetória da Camerata se insere na história do Brasil e do mundo,” destacou Maico Sant’Anna, integrante do Coro da Camerata.
“Além de honrar o passado, essa celebração nos faz olhar para o futuro com esperança,” destacou Francisco Freitas, violinista da Camerata Antiqua de Curitiba. “Em tempos em que a cultura nem sempre recebe a devida atenção dos governos, é inspirador saber que Curitiba sempre preservou esse patrimônio”, finaliza.
Para ouvir a Camerata
A Camerata Antiqua de Curitiba tem mais três concertos até o fim da temporada. Próxima semana, o Coro com regência de Marília Vargas apresenta obras de compositores como Monteverdi, Morten Lauridsen, Ernani Aguiar e Caroline Shaw.
Em seguida, nos dias 14 e 15 de dezembro, será apresentado o Oratório de Natal de Johann Sebastian Bach, sob a regência do belga Bart Naessens.
O grande destaque da programação acontece no dia 19 de dezembro, no Teatro Guaíra. O concerto de Natal contará com a participação da solista da Johann Strauss Orchestra, Carmen Monarcha, e do tenor Max Petronio. Sob a batuta do maestro Luís Gustavo Petri, a Camerata será acompanhada pelos coros dos projetos MusicaR e Nosso Canto, apresentando clássicos natalinos como Oh Holy Night, Noite Feliz e All I Want for Christmas Is You.
Serviço
Coro da Camerata Antiqua de Curitiba – De ontem, de hoje
29 de novembro, 20h e 30 de novembro, 18h30
Capela Santa Maria (Rua Conselheiro Laurindo, 273)
Oratório de Natal de Bach
14 de dezembro, 20h, e 15 de dezembro, 18h30
Capela Santa Maria (Rua Conselheiro Laurindo, 273)
Grande Concerto de Natal
19 de dezembro, 20h
Teatro Guaíra (R. XV de Novembro, 971 – Centro)