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Mobilidade

Câmara Técnica do Concitiba debate acessibilidade e ciclomobilidade

Acessibilidade e ciclomobilidade foram pautas da reunião da Câmara Técnica do Conselho da Cidade (Concitiba), na tarde de quarta-feira (23/5), no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). - Na imagem, o arquiteto Ricardo Mesquita, do Centro Vida Independente (CVI), fez palestra sobre os desafios da acessibilidade. Foto: Divulgação

Acessibilidade e ciclomobilidade foram pautas da reunião da Câmara Técnica do Conselho da Cidade (Concitiba), nesta quarta-feira (23/5), no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). Os temas compõem o Plano Setorial de Mobilidade, que está em revisão pelo Instituto.

Previstos no Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/2001), os Planos Setoriais fazem parte do Plano Diretor e devem ser atualizados a cada dez anos. O Plano de Mobilidade vigente em Curitiba é de 2008.

O arquiteto Ricardo Mesquita, do Centro Vida Independente (CVI), fez palestra sobre os desafios da acessibilidade e a necessidade da adequação dos espaços urbanos para garantir o deslocamento seguro das pessoas com deficiência e dificuldade de locomoção. “Acessibilidade envolve todos, é uma demanda transversal”, disse Mesquita ao ressaltar a necessidade do planejamento da acessibilidade tendo em vista a inversão da pirâmide etária no país. “Precisamos repensar o Brasil que está envelhecendo. Já temos mais pessoas na faixa dos 30 a 40 anos do que jovens.”

O arquiteto mostrou exemplos de obstáculos em vias públicas e calçadas e rampas em desacordo com o que prevê a legislação e destacou que a União tem recursos e a atribuição, segundo o Estatuto da Pessoa com Deficiência, de auxiliar os Estados e municípios em obras que garantam a acessibilidade.

Bicicleta

Representantes da Associação dos Ciclistas do Alto Iguaçu (Cicloiguaçu), Fernando Rosenbaum e Felipe França Silva traçaram um panorama da atuação do grupo na defesa da ciclomobilidade e citaram pesquisas que apontam o interesse dos cidadãos a migrar para outros modais de transporte se houver investimento em infraestrutura.

Silva disse que pesquisa feita pela associação aponta que 85% dos ciclistas que antes circulavam pelas canaletas exclusivas para ônibus passaram a utilizar as ciclofaixas das vias calmas.

De acordo com Silva, 2% dos curitibanos utilizam a bicicleta como meio de transporte, mas o potencial da cidade para esta escolha é de 9,4% se houver investimentos em infraestrutura cicloviária e na integração de modais de forma a garantir a segurança do usuário neste tipo de deslocamento.

Como exemplos de cidades que investem na ciclomobilidade como transporte intermodal foram citadas Amsterdã, onde 40% da população utilizam bicicletas como meio de transporte; Copenhague, com 50%; e Berlim, em que os deslocamentos por bikes são feitos por 13% dos 3,6 milhões de habitantes.

A reunião da Câmara Temática de Mobilidade foi organizada pelo secretário Executivo do Concitiba, Miguel Roguski, e a coordenadora geral do Conselho, Sheila Branco. A coordenação das apresentações foi do conselheiro Ricardo Vilarinho da Costa, representante da Universidade Livre para a Eficiência Humana (Unilehu).

Participaram Cristina de Araújo Lima, da Universidade Federal do Paraná (UFPR); Lafaiete Neves, da Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR); Luiz Henrique Calhau da Costa, do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR); Murilo Holzmann, da Associação de Proteção e Defesa da Acessibilidade da Pessoa com Deficiência (APDAPD); o administrador da Regional Matriz, Dirceu de Mattos; a diretora da Setran, Rosângela Battistella; a diretora de engenharia da Setran, Gisele Alves de Souza Oliveira; Almir Bonatto, da Secretaria Municipal de Obras Públicas; a supervisora de Planejamento do Ippuc, Rosane Valduga; o supervisor de Implantação do instituto, Sérgio Matheus Rizzardo; o coordenador da atualização do Plano de Mobilidade, Alceu Carnieri; o assessor da presidência Ricardo Bindo; e os arquitetos Reginaldo Reinert, Antonio Pedro Taboada, Edival Vilar e Jaqueline Silva.

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