O bloco Afoxé abre o desfile das escolas de samba de Curitiba, no sábado (2/3), às 17h30, na Marechal Deodoro. Também conhecido como candomblé de rua, o bloco é um cortejo que abre os desfiles para “limpar” a avenida onde as escolas vão se apresentar.
O som dos agogôs, atabaques e xequerês levam a cultura das religiões de matrizes africanas para a avenida, mas o desfile é aberto para todo público. “Para participar, basta usar branco, cantar e dançar a energia do povo negro”, afirma o assessor de Políticas de Igualdade Racial de Curitiba, Adegmar Silva, o Candiero. A maioria dos integrantes do bloco é formada por participantes das religiões candomblé e umbanda.
O desfile do bloco dura 40 minutos, com uma base de 30 tocadores de atabaque e outros participantes que chegam a até 200 pessoas. Os ensaios para a apresentação do Afoxé 2019 acontecem desde dezembro de 2018, toda terça-feira, no Quintal da Maria.
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O cortejo existe há mais de 30 anos na capital paranaense. Nas décadas de 1970 e 1980, os grupos se reuniam na Praça Tiradentes, no Centro, e dali caminhavam em direção à Marechal Deodoro e Rua XV de Novembro.
“Os tambores tocando nas ruas da cidade resgatam um tempo em que os batuques ecoavam com força no Centro de Curitiba, antes de ser proibidos, em 1829”, ressalta Candiero.
Os fundadores do Afoxé de Curitiba são Pai José Francisco de Oxossi Odé Otaoci, Mãe Arilda de Yansã, Pai Sebastião Braz Kafú Milodé, Tata Fernando Costa, Cezar de Yansã, Pai Altevir Tarachiuk Veco de Yansã, Pai Manoel Muzilo e Pejigan Glauco Souza Lobo, do Ogum.