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Tecnologia da informação

Bases de dados da Prefeitura de Curitiba são integradas para permitir cruzamento de informações em tempo real

Equipe responsável pelo data lake utiliza a inteligência artificial da Prefeitura Curitiba, 04/10/2024 Foto: Levy Ferreira/SMCS


A Prefeitura de Curitiba começa a utilizar, pela primeira vez, estratégias de big data (grandes dados) e data lake (lago de dados) para trabalhar com o imenso e complexo volume de informações que o Município tem e que está distribuído em diversas bases. Na prática, isso significa que a informação de uma base poderá ser combinada com outra para gerar novos dados, que serão essenciais para a tomada de decisões importantes para a cidade.

A Secretaria de Administração, Gestão de Pessoal e Tecnologia da Informação (Smap) é a responsável por definir cada uma das fontes de dados brutos que serão incluídas no data lake da Prefeitura, a partir das necessidades de cada secretaria ou órgão da Prefeitura. E para trabalhar com os dados tratados, a Superintendência de TI auxiliará a pasta.

O lago de dados em construção contará com inúmeras bases, desde as mais utilizadas pelas diversas secretarias e órgãos municipais até bases externas. Todas estarão totalmente integradas num único ambiente digital.

“O data lake pode ser comparado a um imenso depósito da Prefeitura que permite que façamos análises com estratégias de big data e busquemos respostas para questões complexas para a administração pública municipal de Curitiba”, explica o secretário de Administração, Gestão de Pessoal e Tecnologia da Informação, Alexandre Jarschel de Oliveira.

Inovador

A necessidade de implantação do lago de dados partiu da Superintendência de Tecnologia da Informação, ao constatar a demanda de servidores pela criação de vários cases de BI (business intelligence). Capacitados para o uso da ferramenta, os profissionais da Prefeitura estavam aplicando, na prática, o conhecimento para a elaboração de painéis com informações relevantes, de forma resumida e organizada (dashboards), dentro das suas secretarias e órgãos.

“A prática desse grupo mostrou que precisávamos avançar, não apenas fazer a cópia de um banco de dados isoladamente para buscar uma informação que nem sempre era a mais atual”, argumenta Andrea Duarte Ferreira, servidora de carreira da Prefeitura há 33 anos. Ela foi uma das professoras do treinamento sobre BI, ao lado do agora coordenador do Hipervisor Urbano, Bruno Gonçalves de Lara.

Andrea será uma das primeiras servidoras a utilizar o data lake com informações da Central 156, para o cruzamento de diferentes cenários. “O lago de dados permite fazermos cruzamentos inéditos de informações”, constata ela, que é uma especialista na área.

Sua trajetória acadêmica e profissional sempre foi voltada às áreas de processamentos de dados, informática, gestão de tecnologia da informação e gestão da informação em cidades inteligentes. “Vi os primeiros computadores da Prefeitura, as mudanças de sistemas operacionais, o uso da internet”, lembra. “Agora chegou a vez do big data e do data lake”.

Ela comemora o novo passo que a Prefeitura de Curitiba dá. “Teremos facilidades para cruzar dados, com acesso a ferramentas mais atuais e adequadas ao tratamento de dados. Eles serão trabalhados, organizados e transformados de forma rápida e com todos os cuidados necessários para a proteção de dados”, explica.

Cerca de 360 servidores, em 22 turmas, foram treinados para o uso do BI na Prefeitura de Curitiba, desde 2022. Para dar continuidade à formação, a Smap planeja oferecer aos interessados o power BI, em 2025.

Data lake e Hipervisor

A assessora da Superintendência de TI da Smap, Carla Flores, avalia que o uso de um lago de dados proporciona maior governança dos dados, gerando segurança e agilidade no tratamento dos dados.

Ela enfatiza que o data lake terá papel estratégico para uso da área de transformação digital da Smap e para o Hipervisor Urbano, a mais nova ferramenta de gestão estratégica para o monitoramento e o planejamento urbano de Curitiba.

O Hipervisor é capaz de coletar, processar e distribuir dados, facilitando a gestão de operações e serviços em tempo real, possibilitando um planejamento de longo prazo mais eficiente e proativo. A implantação do Hipervisor recebeu recursos da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).

“Podemos incluir as bases de dados necessárias, de acordo com as perguntas que queremos responder. O importante, quando falamos do acesso aos dados e a informações estratégicas, é sabermos o que queremos encontrar, qual a nossa pergunta complexa a ser respondida e onde queremos chegar”, detalha Flores.

Ela destaca que o lago de dados pode armazenar grande volume de informações e, desta forma, permitir o cruzamento entre elas. Com isso, será possível analisar informações distintas para a tomada de decisões importantes, ao apoio estratégico e célere, principalmente em situações de crise.