Ao som de marchinhas tradicionais de carnaval, mais de 600 idosos que participam de projetos da Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba dançaram e se divertiram muito na tarde desta quinta-feira (1/2), no Baile de Carnaval de Salão deste ano, com o tema Flores da Vida.
“É um dos eventos mais importantes para os idosos da FAS, eles ficam na expectativa e curtem muito, aproveitando pra ter um contato próximo conosco e reivindicar suas necessidades”, explica a presidente da FAS, Maria Alice Erthal.
O evento, promovido em parceria com a Fundação Cultural de Curitiba, contou com show do Bloco do Polakinho e presença do Cortejo Real de Curitiba, no Clube Recreativo Dom Pedro II. “A parceria da FAS com a FCC é antiga e importante, queremos incentivar a população idosa a participar e aproveitar os eventos culturais da cidade”, diz o presidente da Comissão Permanente de Carnaval da Fundação Cultural de Curitiba, Jaciel Teixeira.
Resgate da memória
A memória das festas de carnaval do passado, no salão e com marchinhas tradicionais, é resgatada pelos participantes dos grupos de convivência e fortalecimento de vínculos dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), dos Centros de Atividades para Idosos (CATI) e das instituições de longa permanência das dez regionais de Curitiba.
As lembranças de uma infância divertida em Belém do Pará vem à tona para Maria do Amparo Chagas, de 78 anos, moradora de Curitiba há cinco anos. “Eu sempre participei das festas de carnaval em Belém, e poder ter essas experiências em Curitiba, cidade que eu amo morar, é muito gratificante”.
Maria conta com muito entusiasmo que também participará do desfile do Bloco Rancho das Flores, no sábado de carnaval. “Já estou ansiosa pelo desfile, fico muito feliz de participar. Quando cheguei em Curitiba não conhecia ninguém e através da FAS fiz muitas amizades”, adiciona Maria. O Rancho das Flores é um bloco carnavalesco formado por pessoas idosas atendidas nos serviços de convivência da Fundação de Ação Social (FAS), e tradicional do carnaval de rua curitibano.
Nunca é tarde para curtir
Esse foi o primeiro baile de carnaval das irmãs Alzira, 64, e Armelina Pelozato, 66, que vieram com o grupo do CRAS Dom Bosco, do Tatuquara. “Quando a gente era jovem nosso pai não deixava, mas hoje estamos nos divertindo muito aqui”, conta Alzira. Já sua amiga Maria Helena Gomes, 78, é experiente quando se fala de carnaval curitibano. “Eu sempre participei dos bailes da FAS, e até já desfilei com o Rancho das Flores, é sempre muito animado. Agora que já não somos mais jovens estamos mais livres e leves”, relata Maria Helena.