Com o slogan "Jogos para Todos", Paris será sede no ano que vem da 33ª edição da Olimpíada e da 17ª edição da Paraolimpíada, que revelará os melhores paratletas do mundo em 22 modalidades: atletismo, badminton, basquetebol em cadeira de rodas, bocha, canoagem, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, goalball, hipismo, judô, levantamento de peso, natação, remo, rugby em cadeira de rodas, taekwondo, tênis deesa, tênis em cadeira de rodas, tiro, tiro com arco, triathlon e voleibol sentado.
A Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Juventude, pelo Programa Municipal de Incentivo ao Esporte, está proporcionando condições e equipamentos de última geração para auxiliar os paratletas da cidade a chegarem lá. Alguns são presenças quase certas na competição.
Canoagem
Mari Christina Santilli, servidora municipal da Prefeitura e atleta de paracanoagem, está animada. A paratleta de 44 anos, beneficiária do Programa Municipal de Incentivo ao Esporte, já participou dos Jogos Paralímpicos do Rio e de Tóquio, em 2016 e 2021, respectivamente. Agora, vai em busca de um bom resultado em três competições mundiais para chegar às classificatórias da Paraolimpíada de Paris.
“Os treinamentos estão cada vez mais pesados para a canoa. No ano passado, consegui ficar entre as três primeiras do mundo na categoria VL3 e o objetivo agora é manter estes resultados para garantir a vaga na Paraolimpíada”, afirmou Mari.
Nos treinos no Parque Náutico, Mari é acompanhada por seu treinador, Cleverson Silva dos Santos. Os dois são uma equipe desde 2016 e hoje o treinador também acompanha os demais atletas de canoagem e paracanoagem do Clube de Regatas de Curitiba.
“O nível de excelência dos nossos treinamentos é igual ou até superior aos de outros lugares do mundo. O nível técnico da canoa brasileira é invejável e nesta embarcação estamos nos esforçando muito para garantir uma vaga e, por que não, uma medalha no ano que vem”, concluiu Mari. Além de Mari, Adriana Gomes de Azevedo também está na briga por uma vaga na canoagem.
Triathlon
Ronan Nunes Cordeiro, no triathlon, ambos paratletas incentivados pela Prefeitura de Curitiba, também estão conquistando resultados importantes nos últimos anos.
No início deste mês, Ronan foi o primeiro sul-americano campeão na categoria paralímpica no Arena Games. A prova foi disputada no Aquatic Center no Queen Elizabeth Olympic Park, em Londres, e organizada pela Super League Triathlon com distâncias de 300 m de natação, 10 km de ciclismo e 2 km de corrida.
Na primeira participação de paratletas sul-americanos no Arena Games, Ronan Cordeiro foi campeão. O curitibano, que mora no Sítio Cercado, compete desde 2012 pela categoria PTS5, para atletas com deficiências leves, e atualmente é o quarto colocado no ranking mundial.
As principais regras no paratriathlon para chegar aos jogos são a somatoria de pontos em três provas internacionais do circuito mundial e estar entre os nove primeiros do ranking mundial, no período de julho de 2023 a julho de 2024.
Com quatro provas no segundo semestre - World Series Montreal (7 de julho), World Series Swansea (15 de julho), World Cup Paris (19 de agosto) e World Championship Pontevedra (24 de setembro) - Renan pretende chegar à somatória de 1.400 pontos e garantir a vaga matematicamente ainda neste ano.
Badminton
Vitor Gonçalves Tavares, o Vitinho, também apresenta resultados expressivos na disputa simples da classe SH-6 do parabadminton. Vitinho foi o único representante brasileiro da modalidade nos Jogos de Tóquio.
Neste ano, ele já participou de três competições internacionais, venceu uma e continua entre os três primeiros do ranking mundial na categoria simples e em 1º lugar do mundo na dupla masculina. O próximo desafio é o Campeonato Internacional que será disputado no Bahrein.
“Competir em alto nível agora é fundamental para que possamos garantir uma vaga em Paris. Os treinamentos acontecem duas vezes por dia e a preparação é intensa para conseguir se manter entre os primeiros. Que venha Paris”, disse Vitinho.
Mais promessas
Além de Vitinho, Rogerio Junior Xavier de Oliveira, paratleta de badminton campeão sul-americano 2021, também é figura quase certa em Paris 2024.
Outros nomes também devem representar Curitiba na Paraolimpíada de 2024, como Carminha Celestina de Oliveira, da esgrima em cadeira de rodas; Raphael Demostenes Cardozo; do rugby em cadeira de rodas; e Edwarda de Oliveira Dias, Daniel Jorge Da Silva e Anderson Rodrigues dos Santos, paratletas de voleibol sentado.
Também deverão estar na França no ano que vem os treinadores incentivados pela Prefeitura James Walter Lowry, técnico de tiro esportivo; Rodrigo Ferla Martins, de parataekwondo; e Alessandra Thomaz Folmann De Oliveira, técnica de vôlei sentado e auxiliar técnica da Seleção Brasileira em 2022.