A assessora de Promoção e Igualdade Racial da Prefeitura de Curitiba, Marli Teixeira Leite, será agraciada com o título Doutora Honoris Causa, concedido pela Faculdade Febraica (Formação e Especialização Brasileira e Internacional de Capelania) e Ordem dos Capelães do Brasil, ambos com sede no Rio de Janeiro.
O título se deve ao trabalho desenvolvido por Marli no desenvolvimento de ações comunitárias e luta pelo esporte social e direitos humanos.
Honoris causa em latim quer dizer “por causa da honra”, um título concedido em homenagem à trajetória da pessoa.
A solenidade oficial acontece no dia 13 de julho (próxima quarta-feira), em Curitiba.
“Me sinto imensamente grata”, diz Marli. “Essa homenagem representa para mim um misto de orgulho e de sentimento de estar cumprindo meu dever.”
Trabalho contra discriminação
Marli está à frente da assessoria, que é vinculada à Secretaria de Governo Municipal, desde 2019, desenvolvendo um trabalho marcado pelo combate à discriminação racial e busca pela igualdade.
Entre outras atividades, Marli liderou a elaboração e implementação do primeiro Plano Municipal de Promoção da Igualdade Étnico-Racial de Curitiba (Plamupir), documento elaborado com ampla participação da sociedade civil e aprovado na Câmara Municipal em dezembro de 2021.
O Plamupir é um instrumento que ajuda no atendimento das necessidades específicas da população negra, indígena e cigana de Curitiba.
Currículo
Marli Teixeira é formada em Educação Física pela PUC-PR, com pós-graduação em Marketing Esportivo (pela Faculdade Gama Filho) e em Administração e Políticas Públicas (pela PUC-PR).
É servidora municipal desde 1988, tendo desenvolvido várias funções (professora, coordenadora, gerente, chefe de núcleo). Atuou em áreas de extrema vulnerabilidade da capital, onde implementou diversos programas e projetos voltados à melhoria da qualidade de vida dos moradores, especialmente os jovens e mulheres.
Sempre foi ligada a movimentos negros de Curitiba. Nos anos 1980 presidiu o Grupo de União e Consciência Negra da capital.
“São 34 anos de servindo a comunidade curitibana”, diz Marli. “É gratificante ver que uma servidora pública pode ir além das funções que estavam definidas quando fez o concurso público.”