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Prevenção

Assédio sexual no trabalho é tema de capacitação na Regional Bairro Novo

O Programa da Prefeitura de combate ao assédio sexual no trabalho ofereceu palestras para gestores da Regional Bairro Novo. No evento, o Presidente da Comissão Permanente de Sindicância da Procuradoria Geral do Município, José Carlos Nascimento, ensinou como agir em casos de assédio sexual. Foto: Divulgação

 

 

Gestores de núcleos e dos equipamentos municipais do Bairro Novo participaram, na tarde desta terça-feira (29/6), da primeira capacitação da regional dentro do programa “Assédio sexual não pode fazer parte do trabalho”. Mais de 80 servidores lotaram o auditório da regional para ouvir os especialistas.

O presidente da Comissão Permanente de Sindicância da Procuradoria-Geral do Município (PGM), José Carlos Nascimento, destacou aos participantes que o assédio sexual causa muito sofrimento aos assediados.

“Por isso, cabe às chefias e aos colegas o acolhimento necessário. Isso significa ouvir os relatos, apoiar, assegurar o sigilo, ou seja, não expor, não falar sobre isso por whatsapp, não banalizar”, alertou o procurador.

Assédio sexual é toda situação de constrangimento com conotação sexual, em que o assediador age de forma inconveniente, obsessiva ou abusiva não desejada pela pessoa assediada.

Ele ressaltou a importância de todos os servidores e servidoras terem conhecimento da existência do programa, podendo ainda ser alguém que tenha sido vítima de assédio sexual ou que viu acontecer. “Na Prefeitura de Curitiba, nós temos uma política de combate ao assédio sexual. Existem canais de comunicação. Temos que atuar na prevenção e repreensão”, declarou Nascimento.

Segundo o procurador, muitas mulheres têm vergonha quando passam por essa situação, têm receio de que seus maridos e filhos tenham conhecimento do que aconteceu. Ele apresentou estudo recente de empresa de gestão de recursos humanos que mostra que 97% dos casos de assédio sexual não são denunciados (Mindsight/2021).

Na Prefeitura de Curitiba, entre 2017 e 2021, houve 26 notificações de assédio sexual, das quais 15 resultaram em processo administrativo disciplinar e a maioria resultou em exoneração do servidor que assediou.

Mudança de atitude

A diretora do CMEI Lili Mochon, Sandra Lúcia Leal Prats, aprovou as palestras. Ela considera fundamental que existam canais de denúncia que assegurem o sigilo e preservem a intimidade da vítima.

“Muitos não sabem como agir em casos de assédio. Tanto a vítima quanto o gestor. Agora, se for preciso indicar e dar encaminhamento para alguém que sofreu assédio sexual, vou saber como proceder e saber que o servidor estará seguro, com sua privacidade resguardada”, diz Sandra.

A gerente de atendimento da Administração Regional Bairro Novo, Elaine Cristina Barbosa dos Santos, concorda com Sandra. “Não basta punir quem comete [o assédio sexual]. É preciso falar sobre isso, trazer luz a estes assuntos, e as palestras são importantes neste sentido. Não é mais tempo de sermos coniventes com este tipo de comportamento, e a mudança vem com a educação e com a prevenção”, comemora a gestora.  

Elaine é servidora municipal há 19 anos, e ressalta que nunca presenciou casos de assédio sexual no ambiente de trabalho. “Mas enquanto não existiam canais seguros de denúncia, não é possível afirmar que o assédio não acontecia, talvez eles aconteciam e não eram denunciados. Agora, sim, com canais de denúncia, a Prefeitura facilita para que haja uma mudança de atitude real”, comemora.

Onde denunciar

A assistente social Marisa Mendes apresentou o fluxo para atendimento e acolhimento das pessoas assediadas e como funciona o trabalho da Comissão Permanente de Sindicância da PGM.

O e-mail para os servidores que quiserem entrar em contato com a equipe do Departamento de Saúde Ocupacional da Secretaria de Administração, Gestão de Pessoal e Tecnologia da Informação (Smap), parceira no programa, é assediofaleconosco@curitiba.pr.gov.br. Quem preferir conversar com a equipe de psicólogos por whatsapp, deve entrar em contato pelo número 99597-5610, que recebe denúncias de assédio sexual e moral.

O programa “Assédio sexual não pode fazer parte do trabalho” também desenvolveu uma cartilha sobre o tema para os servidores.

A última palestra da reunião na Regional Bairro Novo foi feita pela integrante da Assessoria de Políticas para as Mulheres, Gléri Bahia Mangger. O próximo encontro está previsto para 3 de agosto na Regional Tatuquara.

O programa “Assédio sexual não pode fazer parte do trabalho” é resultado da parceria entre a PGM, a Smap, o Instituto de Administração Pública (Imap) e a Secretaria da Comunicação Social.

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