Todos os meses, os 35 Armazéns da Família de Curitiba e as 13 unidades que funcionam em municípios da região metropolitana vendem 2 mil toneladas de alimentos e produtos de limpeza e higiene pessoal com preços, em média, até 30% mais baixos do que os do varejo convencional.
Criado há mais de 30 anos na capital, na virada das décadas de 1980 e 1990, o programa coordenado pela Secretaria Municipal de Segurança Alimentar (SMSAN) caiu no gosto da população, especialmente das famílias que têm renda de até 5 salários mínimos, valor estabelecido como limite para poder comprar nos armazéns.
Atualmente, são 362 mil famílias da capital com renda até cinco salários mínimos cadastradas no programa, beneficiando 1 milhão de curitibanos. Na RMC, há 82,5 mil famílias cadastradas, o que representa cerca de 280 mil pessoas.
Combate à fome
O prefeito Rafael Greca, entusiasta do programa, diz que a Segurança Alimentar e Nutricional é uma das prioridades de sua gestão e mostra o zelo da cidade em facilitar o acesso alimentação aos curitibanos.
“Nosso esforço é para que nunca falte o pão de cada dia nas mesas curitibanas e para garantir que a comunidade continue tendo acesso a alimentos de qualidade e com preço justo. O combate à fome sempre estará nas nossas prioridades”, salientou Greca.
Semana da Economia
Para atrair mais a população, Greca lançou em setembro de 2022 um benefício extra nos Armazéns da Família. É a Semana da Economia, que oferta o menor preço da cidade em alguns produtos alimentares vendidos nas unidades.
Além do atrativo do preço, a Semana da Economia veio para estimular o hábito de consumir comida de verdade, como é caso da lentilha e grão-de-bico, por exemplo. Tudo isso é feito seguindo a avaliação de uma nutricionista.
Esta semana, o grão-de-bico é a novidade na Semana da Economia dos Armazéns da Família de Curitiba e Região Metropolitana, que vai até sábado (21/10). O pacote com 500 gramas da leguminosa da marca RD sai por R$ 4,95. E também continuam valendo por mais uma semana os preços da sardinha Costa Sul (800 gramas), por R$ 9,85; o pacote do café da marca Da Manhã (500 gramas), por R$ 9,49; o pacote de arroz parboilizado da marca Urbano (5 kg), por R$ 15,95; o feijão carioca Pé Vermelho (1 kg), por R$ 4,95; e o frango a passarinho da C. Vale (1 kg), por R$ 5,95.
Maior do Brasil
O secretário de Segurança Alimentar e Nutricional, Luiz Gusi, explica que o programa Armazém da Família já faz parte da vida da população curitibana e que continuará garantindo o acesso a alimentos mais baratos e de boa qualidade.
“O Armazém da Família é a maior política de acesso alimentar do país e com os Sacolões da Família proporcionam aos cidadãos ter comida de qualidade em casa, produtos da agricultura familiar, e ainda atendem às necessidades específicas de diferentes grupos”, disse Gusi.
Mais de 1,2 milhão de beneficiados
Atualmente, são 362 mil famílias com renda até cinco salários mínimos da capital cadastradas no programa da Prefeitura, beneficiando um milhão de curitibanos, além de 163 entidades sociais e filantrópicas que podem fazer compras nas unidades. Na RMC são 14 municípios conveniados com 82,5 mil famílias cadastradas, beneficiando cerca de 280 mil pessoas.
O atendimento nos 35 Armazéns da Família de Curitiba é feito de 3ª a 6ª feira, das 9h às 18h; e no sábado, das 9h às 14h.
Os Armazéns da Família funcionam em 11 cidades da Região Metropolitana de Curitiba: Dr. Ulysses, Tunas do Paraná, Agudos do Sul, Almirante Tamandaré (três lojas), Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Colombo, Mandirituba, Pinhais, Quitandinha e São José dos Pinhais. O atendimento é feito por unidades conveniadas próprias, ou seja, administradas pelos municípios.
Os moradores de Campo Largo, Quatro Barras e Fazenda Rio Grande podem comprar nas unidades de Curitiba.
Como se cadastrar
Podem participar do programa famílias com renda de até 5 salários mínimos. O cadastro pode ser feito pela internet, clicando neste link. O interessado deve apresentar holerites atualizados e comprovante de residência.
De acordo com Celso Martins, da Unidade de Cadastros da SMSAN, pessoas que não têm acesso à internet podem procurar as unidades do armazém para receber orientações.
Além disso, a SMSAN realiza periodicamente mutirões de cadastramento nas dez regionais administrativas nos bairros da cidade. Os próximos mutirões serão realizados nas Ruas da Cidadania de Santa Felicidade, Fazendinha e Tatuquara.
Nas outras cidades é possível procurar os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) para conhecer as normas e formas de cadastramento, estabelecidas de acordo com cada realidade local.
Armazenamento no antigo IBC
De acordo com Ivone Aparecida de Melo, diretora do Departamento de Promoção e Economia Alimentar da SMSAN, as unidades são abastecidas por uma central de distribuição de 23 mil metros quadrados, que funciona na antiga sede do Instituto Brasileiro de Café, no Capão da Imbuia. Para garantir a qualidade dos produtos, a Prefeitura está fazendo a substituição dos telhados dos galpões.
Controle de qualidade e manutenção das lojas
Além de todo o cuidado com a logística do produto, as equipes da SMSAN também cuidam da qualidade dos produtos que são ofertados ao público.
As marcas integrantes do programa são submetidas a um controle de qualidade, que inclui obediência à legislação e data de validade com maior vida útil.
“Nós não recebemos lotes de produtos para consumo com data de validade de 30% para expirar. A exigência é que os produtos deem entrada com 70% da vida útil”, explicou Ivone.
As unidades do programa passam por manutenção constante. “Todas elas estão recebendo revisão da parte elétrica. Este ano passaram por reforma completa, as unidades Santa Efigênia, Monteiro Lobato, Osternack, Tatuquara e Santa Felicidade”, explicou Ivone.
Aprovado pela freguesia
Marília Lombardi Sauer, 82 anos, moradora no bairro Barreirinha, é freguesa antiga do Armazém da Família Santa Efigênia.
A loja e o Sacolão da Família, que fica ao lado, receberam reformas nas estruturas pintura interna e externa e revitalização do piso e da parte elétrica, proporcionando assim melhores condições de trabalho e atendimento ao público.
“Eu compro todos os produtos básicos aqui. A gente encontra preços mais em conta do que nos supermercados e economiza para fazer outras coisas”, disse dona Marília, que estava acompanhada da filha Maria Sauer, de 52 anos.
Compras depois de regularizar o cadastro
Quem também estava aproveitando os preços e enchendo o carrinho era a dona de casa Mara Sueli de Oliveira, 70 anos, que mora no bairro Cachoeira.
“Nós saímos de São José dos Pinhais e viemos morar em Curitiba há dois anos e essa é a primeira vez que estou vindo fazer compras porque o meu cadastro estava desatualizado”, explicou Mara, que estava acompanhada do marido, Osmar Muchalovski, 61 anos.
Para regularizar a situação, Mara foi até a Rua da Cidadania do Boa Vista e no núcleo regional da SMSAN resolveu o problema na hora.
“Os preços estão muito bons. Está dando para pegar várias coisas. Estamos levando frango, arroz, feijão, trigo, leite. Vou virar freguesa, com certeza”, disse Mara Sueli.
Duas inaugurações
Roseni Aparecida dos Santos Vilela é a coordenadora do Armazém Santa Efigênia. Ela participou da inauguração da loja em 2006 e reinauguração realizada depois da última reforma geral, ocorrida no dia 28 de julho deste ano.
Roseni explicou que o fluxo de clientes é grande todos os dias de funcionamento, mas costuma crescer às terças e sextas-feiras, quando a loja recebe recomposição de estoque e produtos perecíveis.
“O pessoal gosta bastante dos produtos da Semana da Economia, que oferta preços ainda mais baixos dos que são praticados na rede de armazéns”, finalizou.