O aumento do número de famílias cadastradas nos últimos meses de 2021 e o crescente custo da cesta básica em Curitiba levaram a Prefeitura a promover adequações no processo de aquisição e oferta de alimentos e produtos de primeira necessidade, disponibilizados pelo Programa Armazém da Família.
Entre os meses de novembro do ano passado e janeiro deste ano, o programa da Prefeitura teve adesão de mais de 12 mil famílias com renda inferior a dois salários mínimos, chegando a mais de 361 mil famílias cadastradas em Curitiba e na Região Metropolitana de Curitiba.
“Sentimos a necessidade de uma atualização em nossos processos para que a gente consiga suprir todo esse aumento de demanda. Nosso objetivo é promover economia no orçamento familiar, mantendo a diretriz desta política de segurança alimentar da Prefeitura, com preços praticados em média de 30% mais baixos que os praticados no varejo convencional", disse Luiz Gusi, secretário municipal de Segurança Alimentar e Nutricional.
Auxílio
Além dos novos cadastrados, outra grande demanda que sobrecarregou o sistema foi o Auxílio Alimentar, cujos vales eram trocados por produtos nos Armazéns. Só esse benefício chegou a cerca de 35 mil famílias entre abril e dezembro do ano passado.
“A pandemia nos levou a tomar medidas emergenciais para atender às famílias em extrema pobreza. Por determinação do prefeito Rafael Greca, disponibilizamos sete parcelas do Auxilio Alimentar, no valor de R$ 70, e em dezembro a última parcela, no valor de R$ 100”, lembrou Gusi.
Inflação
A inflação, por sua vez, foi outro motivo considerado pela SMSAN nas adequações em andamento. Em patamares elevados, ela vem impactando principalmente o setor de alimentos, principal foco do programa Armazém da Família.
No processo de compra, produtos como o café, por exemplo, tiveram altas expressivas, o que faz com que a secretaria precise ampliar os processos de compras e buscar melhores preços e alternativas.
Alguns produtos chegaram a ser ofertados com preços acima da média de mercado – o que vai contra o princípio do programa.
Rede
Curitiba conta com 34 Armazéns da Família, que comercializam 355 produtos, entre gêneros alimentícios e itens de higiene e limpeza.
Na Região Metropolitana são nove municípios onde o atendimento é feito por unidades conveniadas próprias, ou seja, administradas pelos municípios: Agudos do Sul, Almirante Tamandaré (três lojas), Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Colombo, Mandirituba, Pinhais, Quitandinha e São José dos Pinhais. Os moradores de Campo Largo, Quatro Barras e Fazenda Rio Grande podem comprar nas unidades de Curitiba.
Podem fazer compras famílias com renda máxima de cinco salários mínimos, que residam na capital e sejam cadastradas no programa.
Saiba como se cadastrar e onde ficam os Armazéns da Família.
Devido à pandemia, os Armazéns seguem rígidas normas para evitar a propagação da covid-19, como limite de pessoas dentro das unidades, organização de filas externas com distanciamento, uso obrigatório de máscara e oferta de álcool em gel.