Aprender novas culturas e costumes é uma das principais lições que motivam os 30 estudantes da rede municipal de ensino a participarem do projeto Embaixadores do Futuro.
Para eles, o contato direto com línguas estrangeiras e histórias de outros povos enriquece o aprendizado em sala de aula.
O projeto, realizado desde 2017 em parceria pela Secretaria Municipal da Educação e Assessoria de Relações Internacionais da Prefeitura (Arin), leva estudantes do 6º ao 8º ano do Ensino Fundamental a consulados e prédios históricos para aulas de campo organizadas pelo programa Linhas do conhecimento, que transforma Curitiba em uma imensa sala de aula a céu aberto.
Nesta terça-feira (10/10), o grupo de embaixadores conheceu a Biblioteca Hideo Handa, na Praça do Japão. O local, que tem cerejeiras enviadas pelo império nipônico, homenageia os imigrantes japoneses. Os estudantes foram acompanhados pela vice-cônsul Misaki Shoji, equipes do Linhas e do Comitê das Cidades Educadoras.
Os estudantes aprenderam a fazer origamis (dobradura com papel) e conversaram sobre as tradições japonesas, além de vivenciarem um pouco da cultura da terra do sol nascente.
“Conhecer outras culturas me motiva bastante”, disse Beatriz Becker, da Escola Municipal Erasmo Pilotto (bairro Atuba).
A colega Laura Garcia concordou. “É muito interessante e aprendemos a olhar as coisas de maneira diferente”, comentou Laura.
Segundo a secretária Maria Sílvia Bacila (Educação), o projeto contribui com as ações de Curitiba como cidade educadora. “A missão deles é contribuir com a cultura das cidades educadoras, que envolve valores e práticas de cidadania como respeito, tolerância, participação nas decisões e rumos do município”, explicou.
Um pedacinho da Itália
No mês passado, os embaixadores também participaram de uma atividade semelhante, porém relacionada aos italianos. No dia 22 de setembro, os jovens embaixadores visitaram o Palácio Garibaldi, no Centro Histórico. A visita teve o apoio do Consulado da Itália.
No palácio, os estudantes aprenderam sobre a história e a cultura italiana, e a influência do país em Curitiba, com explicações da cônsul-geral da Itália, Eugenia Berti, do assessor-chefe de Relações Internacionais de Curitiba, Rodolpho Zannin Feijó, e das professoras de italiano Paoletta Santoro e Luciana Balthazar.
“O mundo é muito grande e interessante e nós precisamos ampliar o horizonte dos nossos estudantes”, pontuou Rodolpho.
Além dos conhecimentos sobre história e cultura da Itália, as crianças se divertiram com a geografia e o idioma do país, como contou a estudante Maria Eduarda Nascimento, de 11 anos, matriculada da Escola Júlia Amaral Di Lenna (Barreirinha).
“Eu me senti muito acolhida aqui nesse espaço lindo. Agora eu sei muito mais sobre a Itália, e algum dia quero poder ser uma pessoa bilíngue e viajar até lá. Hoje foi muito incrível, nunca vou esquecer”, disse Maria Eduarda.
Com as professoras de italiano, os jovens aprenderam muitas palavras e expressões novas em italiano, o que foi a maior diversão para Maria Eduarda. Agora, os estudantes sabem termos como tchau, macarrão e sorvete no idioma.
Além do Palácio Garibaldi e das heranças italianas, os jovens também conheceram espaços históricos de Curitiba. Acompanhados por monitoras do programa Linhas do conhecimento, eles conheceram o Memorial de Curitiba e a Praça Tiradentes, no Centro Histórico de Curitiba.
Representantes engajados
Os jovens embaixadores que participam este ano do projeto foram oficialmente apresentados em maio, durante o Fórum de Prefeitos – Integração entre Cidades, no Salão de Atos do Parque Barigui. O evento foi preparatório para o Congresso Internacional das Cidades Educadoras de maio de 2024, que terá Curitiba como sede.