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Aos 31 anos, Jardim Botânico de Curitiba é convite à contemplação e conservação

Jardim Botânico. Foto: Pedro Ribas/SMCS


Nos 31 anos da inauguração, comemorados nesta quarta-feira (5/10), o Jardim Botânico de Curitiba ganha alguns presentes. A unidade de conservação mais visitada pelos turistas que vêm a Curitiba passa por obras de melhoria da acessibilidade. São novos caminhos, substituição de pisos, um novo mirante com vista para o Jardim Francês e estufa, além da reforma completa nos banheiros.

Para o superintendente de Obras e Serviços da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Jean Brasil, são intervenções necessárias e que vão tornar o espaço ainda melhor para o público visitante.

“Tomamos o cuidado de realizar as obras por etapas, para que as pessoas possam continuar desfrutando do Jardim Botânico, que tanto tem a oferecer”, comenta Jean Brasil.

No momento, as equipes trabalham no estacionamento principal e na estufa, que estão fechados para o público. A entrada de veículos pode ser feita pela Linha Verde e enquanto as pessoas não podem ver os exemplares da mata atlântica na estufa, são boas opções de passeio a Galeria das Quatro Estações, o Jardim das Sensações e as coleções botânicas.

“Não se pode negar que a estufa é o nosso cartão-postal, mas há muito o que conhecer e admirar por aqui”, reforça o diretor de Produção Vegetal da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, José Roberto Roloff, responsável pela unidade de conservação.

Café e ilustração botânica

Na Galeria das Quatro Estações, além de conhecer plantas das quatro estações do ano, em um caminho com paisagismo cuidadosamente pensado para essa representação, os visitantes podem tomar café e desfrutar da gastronomia típica paranaense no Café do Senac (Serviço Social da Aprendizagem Comercial), do Sistema Fecomércio. 

E, até o mês de dezembro, também é possível conferir o trabalho da ilustradora botânica Margaret Mee, uma programação da Fundação Cultural de Curitiba. 

Jardim das Sensações

Criado em 2008, o Jardim das Sensações é um espaço cercado dentro do Jardim Botânico, que leva o visitante a um passeio sensorial em um caminho de 200 metros com plantas nativas, aromáticas e medicinais.

As plantas são identificadas também em braile e os monitores ficam à disposição para o esclarecimento de dúvidas e explicações mais detalhadas. Fazem parte do cenário, ainda, canteiros e uma cachoeira, além de uma instalação do programa Jardins de Mel com abelhas mirins, sem ferrão. O local passa por manutenção e fica fechado às segundas-feiras e em dias de chuva. 

Estudo e coleções botânicas

São dez as coleções botânicas dentro do Jardim Botânico de Curitiba: Ameaçadas de Extinção; Araucarieto; Arbusto dos Campos do Paraná; Campos Nativos de Curitiba I; Campos Nativos de Curitiba II; Exóticas; Floresta Atlântica; Floresta Estacional Semidecidual; Palmeiras Brasileiras e Jardim das Araucárias do Mundo.

Elas existem como forma de preservação das plantas e elemento de Educação Ambiental. Cada uma das coleções conta com placas que trazem uma breve descrição das características e regiões de origem, além de uma lista das espécies plantadas.

O trabalho é contínuo e constante, tanto na adição de plantas às coleções existentes, como na criação de novas coleções dentro do espaço. Elas são resultado das análises da Comissão Especial Permanente para pesquisa, implantação e manutenção das coleções vivas do Jardim Botânico Municipal de Curitiba. Os estudos fazem parte das atribuições do Museu Botânico Municipal, que fica também dentro da unidade de conservação. 

Obras

Iniciadas em fevereiro, as intervenções já incluíram a melhoria do acesso ao Jardim Francês, a implantação da rampa de acesso à Galeria das Quatro Estações e também a concretagem da base do entorno da estufa e dos seus acessos. Já estão prontos, ainda, o novo piso do Jardim Francês, o recape da pista de caminhada e o novo caminho próximo ao lago. 

Estão em andamento as rampas de acessos no estacionamento da Rua Ostoja Roguski e a reforma dos banheiros. Em breve, têm início a implantação de uma rampa e a construção de um mirante, do alto do morro onde as pessoas já costumam fazer suas fotos da estufa, na entrada, próxima ao caminho das cerejeiras.

Além de novas rampas de acessibilidade, o estacionamento vai ganhar uma pista de caminhada no entorno. As vagas precisarão ser redesenhadas, mas não haverá diminuição dos espaços. 

Já a estufa passa por uma reorganização para que os caminhos internos sejam alargados, o que vai facilitar a visitação de todos os públicos, inclusive os usuários de cadeiras de rodas. Os trabalhos vão incluir a retirada e o replantio de algumas espécies de plantas da Mata Atlântica que ficam no local.  
 

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