A sexta edição do Smart City Expo Curitiba 2025, que ocorre de 25 a 27 de março, se propõe a compartilhar políticas públicas de sucesso voltadas à segurança alimentar. A Prefeitura de Curitiba, mais uma vez, deve ser destaque no fórum internacional ao apresentar programas da área que são referências no país e premiados internacionalmente, como Agricultura Urbana, Armazéns e Sacolões da Família, Câmbio Verde, Mesa Solidária e Restaurantes Populares.
De acordo com o prefeito Eduardo Pimentel, sua gestão tem o compromisso de fortalecer a rede da Prefeitura de fornecimento de refeições, gêneros alimentícios e hortifrútis de qualidade a preços acessíveis e até de graça. Ao mesmo tempo, salienta ele, o município vai continuar a apoiar o resgate da relação do cidadão com a terra e o maior consumo de alimentos nutritivos cultivados em hortas e fazendas urbanas.
“Curitiba busca o equilíbrio com políticas públicas reconhecidas pelo combate à fome e de garantia de oferta de alimentação de qualidade e acessível a toda a população, em especial, a mais vulnerável”, justifica Eduardo Pimentel.
Além disso, explica o prefeito, em uma era de cadeias de suprimento se tornando cada vez mais longas devido à globalização, sua gestão estimula as chamadas “cadeias curtas de abastecimento de alimentos”, que são mais sustentáveis e econômicas, com estímulo à compra de produtos, principalmente, hortifrútis e alimentos minimamente processados, de agricultores da Região Metropolitana para programas municipais como Câmbio Verde, Armazéns e Sacolões da Família.
“Com rotas mais curtas e rápidas, caminhões ficam menos tempo nas estradas reduzindo o consumo de combustível, preço de frete e emissão de gases. Todos saem ganhando: a população e o meio ambiente”, justifica Eduardo Pimentel.
Alimentação saudável e barata
Reconhecido internacionalmente com o prêmio do Pacto de Milão de 2022, o programa de Agricultura Urbana de Curitiba beneficia hoje 38,6 mil curitibanos que se alimentam com hortifrútis colhidos em 208 hortas comunitárias espalhadas por 157 mil m², com 9,3 mil produtores envolvidos no plantio. Além disso, a capital foi pioneira com a primeira Fazenda Urbana do país, que oferece cursos de agricultura urbana em um espaço de 4.435m² no bairro do Cajuru. A segunda fazenda urbana da capital está sendo implantada na CIC.
De seu canteiro na Horta Urbana Marumbi, no Uberaba, a dona de casa e cuidadora de idosos Luziana Lima Ramos, 54 anos, colhe e prepara refeições repletas de alface, couve, cebolinha e beringela.
“Além de ter uma alimentação mais saudável, com muita salada, nossa horta é uma verdadeira terapia, pois converso com vizinhos e desestresso do dia a dia, pois cuido de minha mãe e outros idosos”, conta Luziana.
Já nos cinco restaurantes populares da Prefeitura de Curitiba são referência na capital em refeições com cardápio balanceado, produtos de qualidade e preço imbatível. Com apenas R$ 3, trabalhadores, idosos e pessoas em vulnerabilidade, inclusive em situação de rua, têm acesso a um cardápio diário composto por arroz, feijão, carne, um acompanhamento, salada e sobremesa.
“Eu almoço de segunda a sexta-feira aqui no Restaurante Popular. A comida é muito bem feita e farta e a gente tem até uma fruta todo dia de sobremesa. Nem uma coxinha eu consigo comprar a R$ 3”, calcula o motoboy Renê André dos Santos Júnior, 37 anos, que frequenta a unidade do Viaduto do Capanema.
A Prefeitura de Curitiba conta hoje com cinco restaurantes populares (Matriz, Sítio Cercado, Pinheirinho, CIC/Fazendinha e Capanema). São 5,1 mil refeições servidas diariamente, beneficiando a cada ano cerca de 1 milhão de curitibanos. Em 2025, será inaugurado o Restaurante Popular do Tatuquara.
Conheça outros programas de segurança alimentar de Curitiba:
CÂMBIO VERDE
Mensalmente, 5 mil pessoas vão até os 103 pontos de troca do programa Câmbio Verde da Prefeitura de Curitiba. Moradores de bairros como Tatuquara, CIC, Boqueirão, Pinheirinho, Hauer, Rebouças, Bairro Alto e Boa Vista recebem, a cada quatro quilos de resíduo reciclável, um quilo de frutas e verduras. São 55 toneladas de hortifrútis chegam, todo mês, aos pratos das famílias atendidas pelo programa. Quinzenalmente (exceto em feriados), os caminhões estacionam pelo período de uma hora em cada local de troca para recebimento dos resíduos.
ARMAZÉM DA FAMÍLIA
Os Armazéns da Família atendem a população com renda de até 5 salários mínimos e é preciso fazer cadastro on-line para ter acesso ao programa da Prefeitura de Curitiba. São 35 unidades e 310 mil famílias da capital cadastradas no programa, beneficiando um milhão de curitibanos com acesso aos produtos dos Armazéns da Família, que custam em média 30% mais baratos que nos supermercados.
SACOLÕES DA FAMÍLIA
Responsáveis pela comercialização de cerca de 1,7 mil toneladas de alimentos in natura por mês, os 11 Sacolões da Família passam por monitoramento periódico de qualidade e de conformidade com as normas exigidas em relação à estrutura e legislação. Os produtos são comercializados a preço único por quilo, atualmente no valor máximo de R$ 3,99/Kg, bem abaixo daqueles praticados no comércio varejista. As unidades atendem 2,2 milhões pessoas por ano e são abertas à toda população, que não precisa fazer nenhum tipo de cadastramento para fazer suas compras. A maioria da oferta dos produtos é de frutas e verduras da época. O horário de funcionamento varia entre as unidades.
MESA SOLIDÁRIA
A Prefeitura de Curitiba oferece hoje a população em risco social, como pessoas em situação de rua, idosos e famílias carentes, cinco pontos do programa Mesa Solidária, que já distribuíram 1,3 milhão de refeições gratuitas desde 2019. Os pontos do Mesa Solidária estão localizados: Luz dos Pinhais, Centro; Escola de Segurança Alimentar Patrícia Casillo, Jardim Botânico; Dom Bosco, Campo do Santana; Vila Agrícola, Cajuru e Centro POP Plínio Tourinho, Rebouças.
BANCO DE ALIMENTOS
O Banco de Alimentos de Curitiba já arrecadou mais de mil toneladas de alimentos entre 2020 e 2025, beneficiando a população em situação de vulnerabilidade atendida no Mesa Solidária e por entidades de acolhimento parceiras. O Banco de Alimentos tem ajudado a evitar o desperdício, pois ele recebe alimentos próximos do vencimento dos Armazéns da Família e próprios para o consumo humano, mas que perderam o valor comercial (têm algum tipo de "machucadinho"), as chamadas “xepas”, de feiras, Sacolões da Família, Mercado Municipal e Mercado Regional Cajuru.