A Linha Verde tem 98% de potencial de área adicional de construção a serem comercializados ao longo dos seus 22 km de extensão. Parte deste potencial será levado a leilão, pela Prefeitura, no dia 20 de setembro, por intermédio da B3 S.A. (Brasil Bolsa e Balcão) - antiga BM&F Bovespa.
Serão ofertados 30 mil Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepac), volume equivalente a um teto de arrecadação de R$ 10 milhões (considerando o valor de R$ 336,00 por Cepac).
“A Linha Verde é uma estrutura de desenvolvimento projetada para o futuro da cidade. Um território que tem recebido investimentos permanentes da Prefeitura, ao menos nos últimos 16 anos”, disse o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Reginaldo Reinert, na apresentação do edital do leilão da Operação Urbana Consorciada Linha Verde (OUC-LV), nesta quinta-feira (31/8), no auditório do instituto.
Participaram os representantes do BB Banco de Investimento S.A., BB – Banco de Investimento S.A., Rodrigo Fonai, especialista em Cepac, e Fabio Caponi, responsável pela distribuição e contato com investidores. O Grupo de Gestão da Operação Urbana Consorciada Linha Verde esteve representado pelo Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi-PR); a Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário no Estado do Paraná (Ademi-PR); e o Conselho da Cidade (Concitiba).
Da parte do município participaram ainda o secretário municipal da Administração, Heraldo Alves das Neves, e representantes das secretarias municipais do Governo; Urbanismo; Finanças e Meio Ambiente. Também participaram investidores interessados.
A participação no leilão é aberta. Os interessados podem procurar o BB – Banco de Investimento S.A., instituição financeira que coordena a operação, ou as corretoras credenciadas. Com a aquisição do valor mobiliário, o investidor adquire o direito à Área Adicional de Construção (ACA) nos empreendimentos dentro da área de abrangência da OUC Linha Verde. Mais informações podem ser acessadas pelo site www.curitiba.pr.gov.br/operacaourbana
Leilão
Este será o segundo leilão da segunda distribuição pública de Certificados de Potencial Adicional de Construção da Linha Verde autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Cada distribuição pública tem prazo de dois anos, sendo esta válida até 2018.
O montante arrecadado com a venda dos Cepac será somado aos recursos aplicados na extensão da Linha Verde Norte (lotes 3 e 3.1, no trecho entre a Região da Tarumã e a futura estação Fagundes Varela); nas obras de trincheiras (entre elas a que está em curso na ligação das ruas Fúlvio José Alice e Amazonas de Souza Azevedo por debaixo da rodovia); nas obras do Lote 4, a serem realizadas entre as futuras estações Fagundes Varela e Atuba; no Lote 2, o futuro Complexo da Avenida Victor Ferreira do Amaral, entre outras e ações e obras que integram a Operação Urbana.
Desde a primeira oferta de certificados da Linha Verde na Bolsa de Valores (há cinco anos) até aqui foram arrecadados R$ 37 milhões, com a venda de 168,2 mil Cepac em três leilões (2012, 2014, 2016). Os recursos foram aplicados em despesas com projetos, serviços e como complementos de financiamento de trechos de obra.
Potencial adicional
Ao longo do eixo da Linha Verde, a Operação Urbana Consorciada (OUC-LV) foi dividida em três setores (Norte, Central e Sul) com um potencial adicional de construção equivalente a 4,47 milhões de metros quadrados, compreendendo áreas para usos habitacionais, comércio e serviços.
Nessa área, 73% (3,26 milhões de metros quadrados) serão destinados a empreendimentos residenciais e os 27% restantes (1,2 milhão de m²) para não residenciais. Os recursos captados com a venda serão aplicados em obras da Linha Verde.
A divisão da chamada Área Adicional de Construção (ACA) tem no setor Norte 1,28 milhão de metros quadrados disponíveis, dos quais 75% (960 mil m²) para habitação e 25% (320 mil m²) para comércio e serviços.
No setor Central são 1,27 milhão de m², sendo 60% (765 mil m²) para residências e 40% (510 mil m²) para edificações não residenciais.
No setor Sul são 1,92 milhão de m² de Área Adicional de Construção, sendo 80% (1.535 mil metros quadrados) para habitações e 20% (385 mil m²) para empreendimentos comerciais e de serviços.