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Defesa Social

Treinada em primeiros socorros, guarda salva vida de bebê

Eliane Hirt Ferreira Muller, integrante da Guarda Municipal de Curitiba há 20 anos e capacitora do curso de primeiros socorros, da Defesa Civil. -Na imagem demonstração de primeiros socorros em bebês. Curitiba, 31/01/2012 Foto:Cesar Brustolin/SMCS

Na segunda quinzena de fevereiro, dez homens da Guarda Municipal de Curitiba farão um curso de bombeiro civil, com 240 horas/aula e foco principal em situações de emergência eventualmente provocadas por excesso de chuvas e enchentes. Como agentes multiplicadores, o conteúdo será repassado aos colegas.

Este é apenas um dos treinamentos de rotina a que a Guarda é submetida. Dos mais de 1600 integrantes, a maioria já passou pelos cursos de primeiros socorros. “Cerca de 90% estão capacitados”, afirma o coordenador técnico de Defesa Civil, Nelson de Lima Ribeiro. 

“O treinamento da Guarda Municipal é importante porque salva vidas”, afirma o secretário municipal da Defesa Social, Nazir Chain. “É o atendimento de urgência e emergência prestado por quem já está no local da ocorrência, o que pode fazer toda a diferença”, diz.

No ano passado, duas mil pessoas passaram pelas aulas de primeiros socorros ministradas por capacitores, entre integrantes da própria Guarda, pessoas da comunidade e servidores municipais que atuam nos equipamentos da rede municipal de ensino.

“Desde 2007 mantemos o programa Defesa Civil na Educação – Conhecer para Prevenir, que já beneficia mais de 100 mil pessoas”, explica Ribeiro. Este é um trabalho constante de capacitação e reciclagem em primeiros socorros, destinado aos educadores e servidores que trabalham nas escolas e creches, o que envolve curativos, primeiros procedimentos em casos de acidente, engasgamento e outros.

Caso Real - Prova da importância do treinamento foi o que aconteceu recentemente com Eliane Hirt Ferreira Muller, integrante da Guarda Municipal de Curitiba há 20 anos e capacitora do curso de primeiros socorros. Seus conhecimentos salvaram a vida de um bebê, no Centro de Curitiba, no final do ano passado.

“Eu estava me exercitando na ciclovia perto do Passeio Público quando percebi uma aglomeração e fui ver o que houve”, conta Eliane. Para sua surpresa, era um bebê recém-nascido, engasgado com leite materno. A mãe desesperada pedia ajuda, mas ninguém sabia exatamente como proceder diante da situação.

“Eu rapidamente peguei o bebê e o virei para baixo, fazendo a Manobra de Heimlich, que é a mais eficiente nestes casos”, conta. Eliane utilizou as diretrizes internacionais que dizem qual o procedimento adequado para este tipo de situação. “Nas aulas fazemos muitos exercícios práticos desta manobra, com bonecos. Mas, na prática, é completamente diferente”, diz.

Após dar algumas batidinhas nas costas da criança, o leite voltou pelo nariz e, em poucos segundos, o bebê começou a chorar. “Foi uma emoção enorme”, lembra. Eliane mantém contato com a família e conta que o bebê está muito bem de saúde. A emoção de salvar uma vida foi a sua recompensa máxima. “Não há como descrever em palavras”, diz.