“Gosto muito de Curitiba, acho que é por ela ser mais limpa do que as outras cidades.”
Motivos como esse levaram a curitibana Tânia Mara de Paula Ramiro, 57 anos, a fincar o pé na capital e nunca pensar em se mudar. “Vou passear em outras cidades e nenhuma é como aqui.”
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Convicta moradora da capital, ela mudou sim foi de bairro, ainda na infância. Saiu da Vila Fanny e aos 8 anos foi morar na Vila Santa Efigênia, no Barreirinha, onde cresceu cultivando o gosto por limpeza e organização – características que a levaram, já adulta, a atuar voluntariamente naquilo que considera um dos diferenciais da capital: a limpeza das vias.
Ela conta que começou a reparar que muitas casas de sua rua deixavam os sacos de lixo para coleta em dias que o serviço não passava por ali. Lixo espalhado pelas ruas e terrenos era um incômodo constante, relata.
Tânia decidiu agir.
Jardim antilixo
Em 49 anos percorrendo a Vila Efigênia de baixo para cima, ela conhece bem as ruas do bairro e onde são jogados irregularmente lixo – um problema que se deparou com frequência.
Numa desses áreas próximas à sua casa, ela resolveu instalar um jardim. Imaginou que as flores e árvores ali plantadas com ajuda da sogra e de um vizinho inibiriam o descarte irregular. Acertou. “Sempre que passo por lá, olho se está limpo”, conta ela. Na maioria das vezes, está, mas se há algum resíduo, ela mesmo recolhe.
Há cerca de um ano, o espaço ganhou um reforço da Administração da Regional Boa Vista, que reforçou o plantio de árvores, como parte de um mutirão de limpeza na região toda.
Coleta organizada
Antes do jardim, Tânia já havia se empenhado em resolver o problema dos sacos de lixo espalhados nos dias errados na rua.
Mesmo ensacado, não é bom deixar lixo na rua de um dia para outro. “Lixo na frente das casas e jogado no chão é desorganização e deixa a rua suja”, diz ela. “Nem dá gosto andar por rua que tem lixo espalhado.” Além disso, atrai ratos e insetos (vetores de doenças).
Tânia passou a conversar com os vizinhos, informando todo mundo sobre os dias e horários de coleta.
Ela também criou uma lixeira comunitária para facilitar a vida de todo mundo. A iniciativa fez sumir a sujeira da frente das casas. Para Tânia, a qualidade de vida melhora quando se tem uma rua organizada. “A rua ficou mais limpa”, resume.
Participação
Tânia liderou, mas não está sozinha na iniciativa. Ela conta com a ajuda de vários vizinhos e diz que muita gente gosta do trabalho: “Os outros moradores reconhecem que a rua está melhor”.
Sinal de que fazer algo simples pela cidade dá certo.
Para aprender com a iniciativa
Iniciativas com a de Tânia demonstram apreço e cuidado com a cidade. Moradores que quiserem seguir o exemplo podem entrar em contato com a Prefeitura – pela Central 156 – sobre o que planejam fazer e que tipo de cuidados precisam ter.
No caso da lixeira comunitária, por exemplo, o lixo só pode ser depositado no dia de coleta da Prefeitura, nunca antes. Ela precisa ficar sempre tampada, já que a exposição ao ar livre pode atrair animais como ratos e insetos (que podem transmitir doenças) e outros bichos, como cães, que podem abrir os sacos e espalhar a sujeira.
Separe
Outra mudança importante pode começar dentro de casa, separando corretamente o lixo em resíduo orgânico e reciclável.
Os caminhões de coleta de resíduos orgânicos e do Lixo Que Não é Lixo passam em dias específicos e alternados nas ruas de toda a cidade.
Serviço
Para consultar o dia de coleta de resíduos orgânicos e Lixo Que Não é Lixo na sua rua, clique em www.coletalixo.curitiba.pr.gov.br/
O lixo tóxico, como pilhas e remédios vencidos, devem ser depositados em áreas específicas dos Terminais de Ônibus. A coleta acontece uma vez por mês.
Para consultar o calendário de coleta do lixo tóxico domiciliar, clique em: www.coletalixo.curitiba.pr.gov.br/lixotoxico.aspx