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Inclusão

Seminário reúne trabalhos desenvolvidos na Educação Especial

Seminário da educação especial 2016. Curitiba, 28/11/2016 - Foto: Valdecir galor/SMCS

Incluir e garantir o direito à educação de qualidade aos estudantes com algum tipo de deficiência, transtorno de desenvolvimento ou altas habilidades foi uma prioridade da Prefeitura nos últimos quatro anos. Atualmente, 2.045 crianças desse grupo são atendidas com políticas de inclusão nas escolas e nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), em turmas da educação infantil, ensino fundamental e educação de jovens e adultos. Nesta segunda-feira (28), um seminário promovido pela Coordenadoria de Atendimento às Necessidades Especiais (Cane) da Secretaria Municipal da Educação reuniu 400 profissionais que trabalham com as diferentes estratégias de inclusão na rede municipal de ensino.  O encontro aconteceu no Salão de Atos do Parque Barigui.
 
O seminário serviu para promover a integração dos professores a partir da apresentação e troca de experiências sobre os serviços e programas desenvolvidos na rede. O trabalho com inclusão desenvolvido nas escolas e CMEIs assegura o acesso e permanência no ensino regular de crianças e estudantes com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação e transtornos de condutas. O objetivo é promover o desenvolvimento da aprendizagem e suas potencialidades
 
Na abertura do evento, a secretária municipal da Educação, Roberlayne Borges Roballo, destacou a importância do trabalho realizado nas unidades e a dedicação dos profissionais que trabalham para assegurar o desenvolvimento e a formação de qualidade para os meninos e meninas atendidos na Educação Especial. “Transver o mundo para trabalhar as singularidades de cada criança é um desafio e uma conquista que fazemos diariamente a partir do pressuposto que assumimos de trabalhar com equidade e de garantir o direito de todos de aprender com qualidade”, disse Roberlayne.
 
A coordenadora da Cane, Susan Ferst, destacou a importância da troca de experiências partilhadas no seminário. “É um novo espaço e oportunidade para dialogar, refletir, discutir com os gestores e professores das nossas unidades sobre como realmente está acontecendo o processo de inclusão na rede”, disse Susan.  
 
Para a professora Walquiria Teixeira, que há 25 anos trabalha com a Educação Especial, o tema Altas Habilidades e Superdotação é uma paixão. Atualmente são 142 estudantes com esse perfil atendidos na rede municipal de ensino. Ela conta que é preciso saber lidar com as inteligências múltiplas e estar sempre apto a sanar as expectativas e necessidades do estudante. “Nosso papel é extrapolar os limites da criatividade, das aptidões intelectuais e da capacidade de lidar com problematização dos alunos. A ideia é fazer com que eles produzam e sejam protagonistas do próprio saber, favorecendo a autonomia para que eles possam buscar sempre o conhecimento”, diz a professora.
 
Para garantir a inclusão, defende a professora Maria Elisa, que trabalha com a Escolarização Hospitalar, é preciso uma relação estreita entre todos os envolvidos com o processo educativo. “Precisamos ter momentos de formação, de entendimento de currículo adaptado, do envolvimento da família e de muita dedicação e comprometimento para que um bom atendimento seja ofertado”, disse Maria Eliza.
 
Atendimentos

Uma das estratégias para a inclusão são as Salas de Recursos Multifuncionais, que têm a função de identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade para promover a autonomia e independência dos estudantes dentro e fora da escola. Atualmente são 27 Salas de Recursos Multifuncionais, que atendem 358 estudantes.
 
Há ainda outras 81 Salas de Recursos onde 1.421 estudantes que apresentam dificuldades de aprendizagem recebem atendimento educacional especializado, em horário contrário ao ensino comum, individual ou em grupo.
 
Para os estudantes com Altas Habilidades/Superdotação, a rede conta com cinco Salas de Recursos, onde são atendidos 100 estudantes. A proposta de trabalho nestes ambientes é de enriquecimento curricular a partir de atividades exploratórias e do desenvolvimento de projetos na área de interesse do estudante. O objetivo é valorizar potencial e habilidades, bem como respeitar as características de aprendizagem dos alunos e suas necessidades socioemocionais.
 
Nas 87 Classes Especiais, 872 estudantes com Deficiência Intelectual leve recebem atendimento educacional especializado, com metodologia própria.

Para dar suporte às ações de inclusão desenvolvidas nas unidades escolares, a rede conta com oito Centros Municipais de Atendimentos Especializados (CMAEs). A finalidade destes espaços é ofertar serviços especializados de apoio, suporte e colaboração na identificação de crianças/estudantes com deficiência, transtorno global do desenvolvimento, atraso no desenvolvimento global, altas habilidades/superdotação, necessidades educacionais específicas, bem como realizar atendimentos terapêuticos educacionais. A média de atendimentos por mês e de 9.67, além da Avaliação de 185/mês.
 
O atendimento às crianças com deficiência intelectual moderada, que pode estar associada a outras deficiências e transtornos, acontece em três Escolas de Educação Básica na Modalidade Educação Especial. Nelas são atendidos 752 crianças e estudantes de 4 a 24 anos.
 
Com o Atendimento Pedagógico Domiciliar, o estudante regularmente matriculado na Rede Municipal de Ensino, que possui solicitação médica de afastamento das atividades escolares por um período superior a 60 dias consecutivos recebe as atividades pedagógicas em ambiente domiciliar. São 61 estudantes atendidos em 2016.
 
Por meio da Escolarização Hospitalar a rede também oportuniza a continuidade da escolarização por meio de atendimentos pedagógicos aos estudantes que se encontram em tratamento de saúde em ambiente hospitalar ou casas de apoio. A SME mantém convênio com o Hospital de Clínicas, Hospital Erasto Gaertner, Hospital Pequeno Príncipe e Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia.
 
Além das atividades, programas e projetos de atendimento educacional especializado Grupo de Discussão Orientada para pais e professores,  Portas Abertas para a Inclusão: Educação Física Inclusiva, Robótica como Atividade de Enriquecimento Curricular, Produção Sonora e Musical, o Projeto “Bullying não é Brincadeira”, Sistema Integrado de Transporte para o Ensino Especial (SITES) e Formação Continuada da Educação Especial são ações da Educação Especial promovidas no município de Curitiba.