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Trânsito

Relação entre ciclistas e motoristas de ônibus é discutida em seminário

Seminário “A Convivência entre ônibus e bicicletas” que aconteceu na tarde desta quarta-feira (27) no Centro de Capacitação da Secretaria Municipal de Educação, no centro de Curitiba. -Na imagem, a ciclofaixa da avenida Marechal Floriano Peixoto. Foto: Brunno Covello/SMCS(arquivo)

O motorista de ônibus pode ser um agente transformador, colaborando para tornar o trânsito mais solidário e menos agressivo. Essa foi a ideia central apresentada pelo cicloativista André Pasqualini durante sua palestra no Seminário “A Convivência entre ônibus e bicicletas” que aconteceu na tarde desta quarta-feira (27) no Centro de Capacitação da Secretaria Municipal de Educação, no centro de Curitiba.

O seminário foi idealizado pela Secretaria Municipal de Transito (Setran) em parceria com a associação Ciclo Iguaçu e foi o primeiro passo para maior conscientização de duas categorias envolvidas no trânsito da capital.

“A idéia básica é mostrar a necessidade de respeito entre os envolvidos no trânsito para que se consiga uma convivência mais harmoniosa”, destacou o coordenador de mobilidade urbana da Setran, Danilo Herek.

Pasqualini é responsável pelo treinamento dado aos motoristas de ônibus das empresas de São Paulo (SP), desde 2009, ação que reduziu consideravelmente o número de acidentes fatais envolvendo motoristas de ônibus e ciclistas no trânsito paulistano. Em 2009, o número foi de 12 mortes. Caiu ano a ano e em 2012 totalizou três mortes envolvendo essas duas categorias.

O trânsito no Brasil prioriza o veículo mais forte e, de certa forma, esse é o pensamento dos motoristas de ônibus também, na opinião de Pasqualini. Por isso, um trabalho de informação deve ser realizado para todos os envolvidos no trânsito e, no caso específico dos motoristas de ônibus, um trabalho de valorização da profissão. “Quem é valorizado sempre responde de forma positiva. Além de valorizar e necessário explorar essa experiência que os motoristas de ônibus têm. Eles realmente são mais preparados que a maioria dos demais motoristas já que passam por inúmeros cursos durante a carreira. É preciso prepará-los para que sejam mais atenciosos no trânsito. Essa é a chave para mudar a cultura de trânsito na cidade”, adiantou o palestrante.

Com treinamento adequado, o motorista de ônibus pode ser o agente de transformação no trânsito. “O motorista é o diferencial para melhorar todo o trânsito em uma cidade. Com sua maneira de dirigir, ele pode proteger o idoso dentro do ônibus, ajudar o pedestre a atravessar na faixa de pedestre quando nenhum carro para. Com boas atitudes, ele ajuda a disciplinar o trânsito”, complementa.

O ciclista também tem de fazer sua parte no trânsito e não apenas se sentir vítima e reclamar, segundo Pasqualini. A possibilidade de convivência entre motoristas e ciclistas no trânsito é possível porque as duas categorias têm muito em comum. “Ambas amam o que fazem e querem chegar bem em casa”, disse o cicloativista.

Participaram também do seminário o arquiteto Antonio Miranda, do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), o professor Garrone Reck, da Universidade Federal do Paraná, a jornalista Carolina Bonde e representantes da Urbanização de Curitiba S.A (Urbs), do Sindicato de Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc).

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