Um grupo de 33 crianças do 5º ano da Escola Municipal Madre Antônia, no Tarumã, participou nesta quarta-feira (29/11) das atividades que integram o projeto Dobrando Ideias para um Mundo Sustentável. As crianças fizeram oficinas de furoshiki (bolsa sustentável feita com lenço), origami (dobradura) e shodo (arte da escrita japonesa).
O prefeito Rafael Greca, a secretária da Educação, Maria Sílvia Bacila, e o Cônsul Geral do Japão, Hajime Kimura, também acompanharam as atividades das crianças. A ação na Escola Madre Antônia foi a última do projeto em 2017. Neste ano, a atividade foi levada cerca de 2.500 pessoas, entre estudantes e professores, em 62 oficinas promovidas em 16 escolas.
“Vim ver esse magnífico ateliê de cultura sustentável japonesa. Estou encantado com essa experiência e feliz de encontrar os curitibinhas do Tarumã”, disse o prefeito que se juntou a um dos quatro grupos nos quais as crianças foram divididas para as atividades. “Viemos aprender nessa oficina para um mundo sustentável, fazendo sacolas de pano para substituir as de plástico. O saber oriental é muito bem-vindo na escola municipal”, disse o prefeito.
Educação e arte
O projeto é comandado pelos irmãos Yurie, Luiza, Antonieta e Inácio Handa, filhos do escritor Hideo Handa, que dá nome à biblioteca temática localizada na Praça do Japão. Os netos de Hideo Handa também participam.
"O tema do projeto deste ano foi sustentabilidade. É um projeto que leva a cultura japonesa, educação e arte às crianças das comunidades que mais precisam. Nossas oficinas também ajudam a aproximar a família da escola. Estamos plantando uma sementinha para um mundo melhor”, explica Yurie. O projeto Dobrando Ideias para um Mundo Sustentável é resultado do edital da Fundação Cultural de Curitiba, patrocinado pela Volvo e com apoio da Opus Múltipla.
A atividade também incluiu uma peça de teatro que destaca a importância da preservação do meio ambiente. Os personagens exploraram alguns dos animais que podem ser extintos, preparando as crianças para a oficina de origami, na qual foram incentivados a fazer o boto cinza e a onça pintada.
O monge Akiyoshi Oeda falou da caligrafia oriental antes de escrever os nomes de cada uma das crianças em chapéus orientais, utilizando pincel e tinta à base de carvão especial. As crianças também puderam levar para casa cartilhas que explicam as técnicas aprendidas.
Os estudantes do 5º ano que participaram da atividade fazem parte de um grupo de 180 crianças da escola que tiveram a oportunidade de integrar as oficinas em outras datas. “Aqui na escola, cada ano escolheu um país para representar numa atividade que desenvolvemos desde o início de 2017 com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O 1º ano escolheu o Japão, mas a atividade foi apresentada também às crianças do 2º e do 5º ano”, explicou a diretora Luciana Perini.
Além dela e da vice-diretora Marilis Greca, equipes do Núcleo Regional de Ensino da Regional Boa Vista e o vice-cônsul do setor cultural do Consulado do Japão, Yuma Kobayashi, também participaram.
Escolas
O projeto Dobrando Ideias para um Mundo Sustentável foi levado também a outras escolas municipais: Jardim Santo Inácio, Umuarama, João Macedo Filho, Júlio Moreira, Desembargador Marçal Justen, Pedro Dallabona, Marumbi, Sônia Kenski, Rolândia, Francisco Derosso, Valter Hoerner, Eva da Silva e Paranaguá, além do Colégio Estadual Ângelo Trevisan. Também houve duas oficinas na Rua XV de Novembro, como parte das atividades do programa Comunidade Escola e na Biblioteca Hideo Handa, na Praça do Japão.