O início das obras das primeiras 752 unidades habitacionais do Projeto de Gestão de Risco Climático do Bairro Novo do Caximba é um marco para a comunidade da Vila 29 de Outubro e também para os diversos setores da administração municipal envolvidos na sua implantação. O status atual do programa, os avanços conquistados no último ano e o planejamento da execução das próximas fases foram os temas da missão de acompanhamento da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), financiador do projeto, com aporte de €$ 38,1 milhões, mais as contrapartidas do município.
A diretora de operações, Delphine Le Duff, encerrou a missão com a apresentação dos encaminhamentos para o próximo período e fez questão de destacar suas impressões. O evento ocorreu de 24 a 27 de outubro, no auditório do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippuc), com participação dos técnicos da Cohab, Ippuc, Unidade Técnico Administrativa de Gerenciamento (Utag), Secretaria Municipal de Obras, Controladoria do Município, Secretaria Municipal de Saúde, Fundação de Ação Social, Assessoria de Direitos Humanos e Secretaria de Governo Municipal.
“A visita ao território sempre é muito enriquecedora para dar clareza dos desafios e, também, termos a dimensão da transformação que está ocorrendo no local. As equipes estão extremamente comprometidas e executando suas atividades com excelência. O que estamos fazendo aqui deve ser inspirador para outros projetos”, disse Delphine.
Durante a missão, os representantes da AFD repassaram com cada área envolvida as ações em desenvolvimento que atendem às premissas do contrato. Exigências dos editais que envolvem as empreiteiras contratadas, como destinação de resíduos da construção, os programas de atenção socioambiental em desenvolvimento no território, como a abordagem de gênero, inclusão social e a contratação de mão de obra da comunidade, foram temas das reuniões.
O empenho do município na execução de programas de financiamento multaterais simultâneos é uma condição única na administração pública municipal.
“Temos o grande desafio de conduzir essas obras e dos programas do BID e do NDB, que também aportam para a questão da resiliência urbana aos riscos climáticos. Esse projeto é um exemplo da finalidade do poder público: atender aos que mais precisam, com planejamento estratégico forte e com pessoas comprometidas”, disse Luiz Fernando Jamur, presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).