Novos ônibus, Ligeirão Norte-Sul, reintegrações de linhas, melhoria em terminais. Os anos de 2017 e 2018 registraram avanços importantes para os passageiros do transporte coletivo de Curitiba, garantidos após a reorganização do sistema que atende mais de um milhão de passageiros por dia.
Nestes dois anos, foram comprados 249 novos ônibus para rodar em Curitiba - 49 já estão nas ruas.
“Depois de vencidas as dificuldades do primeiro ano de gestão, quando repactuamos o contrato com os três consórcios de empresas que colocou fim as mais de 20 ações judiciais que travavam a renovação da frota, seguimos com o desafio de melhorar cada vez mais o sistema de transporte de Curitiba”, diz o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto.
A nova frota tem tecnologia de ponta. Todos os ônibus incorporados ao sistema terão motor Euro 5, menos poluente, e câmeras internas para registro de ocorrências dentro e fora dos veículos.
Para a acessibilidade, sinal luminoso e sonoro de parada, placas com textos em braile em vários pontos do veículo e, no caso dos biarticulados, dois espaços reservados para cadeirantes.
Ligeirão Norte-Sul está nas ruas
Com a entrada de 25 novos biarticulados na frota, a Urbs colocou em operação, em março deste ano, o Ligeirão Santa Cândida-Praça do Japão, primeira fase da linha Ligeirão Norte-Sul.
Uma licitação será lançada no começo de 2019 para completar os serviços necessários para estender a operação do novo ligeirão, ampliando o atendimento da população.
O Terminal Santa Cândida, uma das paradas do novo ligeirão, foi ampliado e uma nova plataforma para as linhas expressas dá mais rapidez aos embarques e desembarques e organização no fluxo de passageiros.
A obra de conclusão do terminal foi retomada e concluída pela Prefeitura neste ano, após ser entregue incompleta pela gestão anterior.
Reintegrações metropolitanas
Nestes dois anos de gestão do prefeito Rafael Greca, sete importantes ligações metropolitanas foram retomadas: Caiuá/Cachoeira (entre Curitiba e Almirante Tamandaré); Colombo/CIC, Araucária/CIC, Angélica/CIC, PUC/Fazenda Rio Grande, Roça Grande/Santa Cândida, Quatro Barras/Santa Cândida.
As integrações foram interrompidas em 2015 e desde 2017 vêm sendo resgatadas pela Prefeitura, com mais de 60 mil beneficiados.
A volta da linha entre Curitiba e Almirante Tamandaré, por exemplo, beneficiou mais de 23 mil pessoas por dia, que não precisam mais trocar de ônibus para chegar ao seus destinos. “Agora o tempo para chegar em casa é bem menor”, conta Marilei de Oliveira, zeladora.
A Urbs tem projetada ainda a retomada da integração com São José dos Pinhais. O retorno da linha direta ligando o Terminal Barreirinha até o município vizinho está programado para acontecer no começo de 2019.
Contas em dia
O reequilíbrio do Fundo do Transporte (FUC) tem mantido o salário de motoristas e cobradores em dia e há mais de um ano o sistema de transporte não enfrenta greves.
Já as medidas de resgate do transporte estão ajudando a trazer de volta passageiros para os ônibus. Depois de quase uma década de queda no número de passageiros pagantes, em 2018 o cenário começa a mudar.
Este ano, o número de pagantes será quase o mesmo que o projetado pela Urbs: uma média de 15 milhões passageiros por mês.
Nos anos anteriores, como em 2107, o número de passageiros pagantes foi 8% menor que o projetado pela Urbs.
Integrações temporais
Passageiros do transporte coletivo de Curitiba têm diferentes tipos de integração temporal, que ocorrem fora dos terminais, para trocar de linha de ônibus ou de estação-tubo e usar as Ruas da Cidadania e voltar para o ônibus sem precisar pagar nova tarifa. Até outubro deste ano, 738 mil passageiros fizeram usos das integrações temporais.