Há dois meses, a rotina do aposentado Joaquim Correia Braga, de 79 anos, foi alterada. Nas manhãs de terça-feira ele vai ao Hospital do Idoso Zilda Arns participar das sessões de atendimento terapêutico ofertado pelo grupo de humanização da instituição para familiares e cuidadores de pacientes terminais ou falecidos.
Após 42 anos de casado e um ano com muitas internações da sua esposa no hospital, Joaquim se declara ‘arrasado sem a companheira da vida’. “O amor resiste. Hoje ainda choro por sentir muita falta, mas sei que isso faz parte e que ainda é cedo”.
O aposentado participa dos encontros – que geralmente são em grupo - acompanhados por um profissional de Psicologia que tem como objetivo minimizar o sofrimento tanto da perda da pessoa como do luto antecipado.
“No grupo, é possível reconhecer o mesmo sentimento de pesar, identificar o sofrimento do outro e ajudar a elaborar o luto, buscar coisas que gostava de fazer, novos projetos”, explica Luciana Tiemi Kurogi, psicóloga responsável pelo ambulatório do luto.
O trabalho de acompanhamento dos familiares já começa quando um paciente é internado na enfermaria ou unidade de terapia intensiva do Hospital do Idoso. Sempre que é identificada a necessidade de acompanhamento psicológico para a família do interno, o grupo de humanização faz a abordagem para iniciar o trabalho.
“Vale muito a pena esse acompanhamento que recebo aqui, até porque é um compromisso pra mim e a Luciana [psicóloga] é uma mãezinha, ela me escuta, perde tempo para ouvir minhas palavras e isso é difícil hoje em dia”, ressalta Joaquim.
Ambulatório
O ambulatório acontece todas as terças-feiras das 9h às 10h, mas para a primeira consulta é importante que o interessada chegue uma hora antes. Todos os cuidadores e familiares de pacientes que tiveram internados no Hospital do Idoso ou atendidos pelo programa Melhor em Casa podem participar.
Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail psicologia@feaes.curitiba.pr.gov.br ou pelo telefone 3316-5910.