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Força tarefa

Fiscalização apreende criação irregular de animais no Tatuquara

Uma força tarefa da Prefeitura formada por técnicos da Rede de Proteção Animal da Secretaria de Meio Ambiente, Vigilância Sanitária, Guarda Municipal e da Companhia de Habitação de Curitiba (Cohab) apreenderam, na manhã desta terça-feira (31), animais que estavam sendo criados e comercializados de forma ilegal por dez famílias que habitam irregularmente uma área da Reserva do Bugio, localizado na APA do Rio Barigui, no moradias Monteiro Lobato III, no bairro Tatuquara. Curitiba, 31/05/2016 - Foto: Valdecir Galor/SMCS

Uma força tarefa da Prefeitura, formada por técnicos da Rede de Proteção Animal da Secretaria de Meio Ambiente, da Vigilância Sanitária, Guarda Municipal e da Companhia de Habitação de Curitiba (Cohab), apreendeu na manhã desta terça-feira (31) animais que estavam sendo criados e comercializados de forma ilegal por dez famílias que habitam irregularmente uma área encravada na Reserva do Bugio. A invasão está situada na Área de Proteção Ambiental do Rio Barigui, no bairro Tatuquara.

Foram apreendidos e encaminhados para o Centro de Controle de Zoonoses, para posterior abate sanitário, aproximadamente 65 animais: dois cavalos, seis ovelhas, sete vacas e 50 aves (galinhas, gansos, patos, perus e marrecos). “Os animais estavam sendo criados em meio ao lixo, inclusive hospitalar, sem nenhum controle fitossanitário, sendo impróprios para o consumo humano por oferecer risco à saúde”, explicou o médico veterinário Fabiano Cruzara, coordenador da ação.

O diretor do Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna, Eros Luiz de Souza, explica que foram encontrados no local cerca de 130 porcos e que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente aguarda autorização para o recolhimento e indicação de abatedouro para realizar a remoção dos suínos. O documento é emitido pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, órgão que regula o trânsito e abate de animais.

“A Prefeitura de Curitiba recebeu pela Central 156 e pela ouvidoria várias reclamações de moradores do bairro sobre o local em que os animais estavam sendo criados de maneira irregular e, principalmente, sobre a comercialização das carnes e derivados dessa produção”, afirma Alessandra Lopes, diretora do distrito sanitário Tatuquara.

A supervisora da Fundação de Ação Social (FAS) no Tatuquara, Niucéia de Fátima Oliveira, conta que as famílias têm sido acompanhadas pela instituição e que foram inúmeras vezes informadas de que não poderiam mais continuar com a criação e comercialização dos animais.

Durante a operação, técnicos da Cohab informaram às famílias que em breve será realizada a reintegração de posse da área, já autorizada pela Justiça, para que as mesmas comecem a retirar seus pertences do local. “Os moradores não ficarão desassistidos. Muitos são inquilinos dos invasores. Será realizado um cadastramento dessas pessoas para que sejam encaminhadas para o programa habitacional da companhia”, afirmou o técnico da Cohab Celso Grisalt.