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Inovação

Evento Smart City Business voltará a Curitiba em 2016

Encerrado na tarde desta quinta-feira (21), o Smart City Business America Congress & Expo, maior evento da América Latina para a promoção de soluções urbanas sustentáveis, já tem data para retornar a Curitiba. Foto: Luiz Costa/SMCS

Encerrado na tarde desta quinta-feira (21), o Smart City Business America Congress & Expo, maior evento da América Latina para a promoção de soluções urbanas sustentáveis, já tem data para retornar a Curitiba. Nos dias 28, 29 e 30 de março de 2016, a quarta edição do congresso e feira internacionais ocorrerão novamente na capital paranaense.

Realizada nesta semana na Expo Unimed, o Smart City Business America Congress & Expo foi realizada pelo Instituto Smart City Business, em parceria com a Prefeitura de Curitiba, Federação do  Comércio  do  Paraná,  Universidade  Positivo  e  Agência  Curitiba  de Desenvolvimento.

A presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento (ACD), Gina Paladino, afirma que o retorno do evento representará uma nova oportunidade para a capital paranaense exibir suas iniciativas e projetos para investidores e atores relevantes no desenho de soluções inteligentes. “No ano que vem, vamos avançar nas discussões e fazer esforços para mobilizar ainda mais prefeituras de médias e grandes cidades da América Latina”, diz.

A economista afirma que os ganhos para a cidade advindos do Smart City Business extrapolam a duração do encontro. “Um evento desse porte e com essas características gera externalidades econômicas, na forma de investimentos e parcerias que serão estabelecidas na cidade a partir do conhecimento da realidade local. Muitos dos executivos e prefeitos presentes no Smart City vieram pela primeira vez a Curitiba.”

Leopoldo de Albuquerque, presidente do Instituto Smart City Business, agradeceu o apoio da Prefeitura na realização do Smart City. “No ano que vem, teremos no mínimo o dobro de conteúdo em relação ao que foi apresentado nos últimos três dias”, disse. Mais de 2 mil pessoas e representantes de 100 empresas estiveram no congresso deste ano.

Para a edição recém-encerrada, de acordo com os organizadores do congresso, a capital paranaense já havia sido escolhida por apresentar um conjunto atual de iniciativas sustentáveis, como os projetos de eletromobilidade – com táxis elétricos e ônibus híbridos –, os semáforos especiais para idosos e pessoas com deficiência, a Estação de Sustentabilidade Inteligente, com leitor de cartão que registra os usuários que mais utilizam a separação de resíduos, e a Via Calma, além de um histórico de planejamento e inovações urbanas. “Falar de smart city no Brasil sem incluir Curitiba seria praticamente uma agressão”, resumiu Luis Carlos Pimenta, presidente da Volvo Bus Latin America, empresa responsável pelo Fórum de Mobilidade, que ocorreu dentro da programação do Smart City Business Congress & Expo.

Multimodal

Durante o encerramento do Fórum, na quarta-feira (20), o prefeito Gustavo Fruet salientou que Curitiba investe simultaneamente na ampliação do sistema BRT e na implantação do metrô como modal de transporte público de alta capacidade, para garantir o atendimento à demanda nas próximas décadas.

Os atuais projetos de ampliação do BRT, disse o prefeito, superam em muito os investimentos feitos no sistema nos últimos 20 anos. Ele citou especificamente a conclusão da Linha Verde, um projeto iniciado há mais de uma década e que vai abrigar mais três linhas do Expresso Ligeirão; a requalificação do itinerário do Ligeirinho Inter 2, que começará com o lançamento do edital de licitação da trincheira no cruzamento das avenidas Nossa Senhora Aparecida e General Mário Tourinho; e a implantação do Ligeirão Leste-Oeste, com a primeira etapa de obras já em licitação.

“Os curitibanos têm orgulho de ter criado o BRT, mas precisamos avançar, ir além e investir na cidade que queremos para o futuro, uma cidade humana, que atenda às necessidades de sua população”, disse o prefeito. O metrô, nesse cenário, viria a ser um modal complementar, ao longo do eixo Sul da cidade, ligando a CIC ao Centro, com expansão para o eixo Norte, no sentido do bairro Cabral.

Na manhã de quinta-feira (21), o presidente Ippuc, Sérgio Póvoa Pires, apresentou imagens do projeto do parque linear que substituirá as canaletas no eixo Norte-Sul, em um total de 22 quilômetros de extensão. “Essa é a nossa visão. Além de reforçar o aspecto multimodal no transporte público, queremos devolver à cidade um pouco de sonho, pontos de encontro, lazer e descanso”, resumiu.

Linha Verde

O Smart City Business serviu também de palco para a apresentação do projeto Linha Verde Sustentável, que abarca um conjunto de mais de 20 intervenções urbanas sob a responsabilidade da Prefeitura de Curitiba e que têm por objetivo transformar a antiga rodovia  em um laboratório de iniciativas urbanas inteligentes.

Ao todo, estão previstos investimentos públicos e privados de mais de R$ 4,5 bilhões em obras e equipamentos nos 32 quilômetros de via – dos quais 18 quilômetros integram a Operação Urbana Consorciada Linha Verde, instrumento regulado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e que prevê a venda de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) para aplicação de recursos no local.

Do aporte previsto, R$ 2,1 bilhões devem vir do setor público, R$ 1 bilhão do setor privado e R$ 1,4 bilhão seria captado com a venda de Cepacs. Cerca de 80 mil pessoas de 23 bairros serão beneficiadas diretamente pelo projeto.

Dentre as intervenções sob a responsabilidade da Prefeitura, além das obras viárias, destacam-se a operação de ônibus elétricos, que entrará em testes no próximo ano; a implantação de iluminação inteligente; o Parque do Bugio, maior reserva natural em área urbana das Américas; as moradias populares com captação de energia solar no Campo de Santana; e os projetos de gestão de riscos nas bacias dos rios que cortam a região. O setor privado, por sua vez, já investe em shopping centers e edifícios corporativos para o entorno da Linha Verde, que também já abriga três universidades – proximidade que poderá lhe garantir a constante aplicação de soluções arquitetônicas e urbanísticas.

Trata-se de um projeto de redesenvolvimento urbano para o longo prazo, como o exemplo da Rive Gauche parisiense, apresentado nesta quinta-feira (21) pela arquiteta Yumi Yamakawi. “Esta intervenção urbana, em Paris, está se consolidando há 25 anos”, citou. Para Sandra Mayumi Nakamura, arquiteta que tratou de Planejamento Urbano no Smart City Business, Curitiba tem uma vantagem histórica em relação a grande parte das cidades do mesmo porte: o planejamento. “Curitiba consegue viabilizar muitas coisas porque tem uma grande prateleira de projetos.”

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