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Carnaval 2013

Embaixadores da Alegria comemora 65 anos

Com o enredo “Hoje tem palhaçada? Tem sim, senhor... A Embaixadores é só Alegria”, a mais antiga escola de samba de Curitiba em atividade comemorará na avenida os seus 65 anos. Curitiba, 01/02/2013 Foto: Everson Bressan/SMCS

Com o enredo “Hoje tem palhaçada? Tem sim, senhor... A Embaixadores é só Alegria”, a mais antiga escola de samba de Curitiba em atividade comemorará na avenida os seus 65 anos. Foi fundada em 1948 por José Cadilhe de Oliveira e amigos, no Bar e Confeitaria Stuart, a partir de um batuque improvisado com garrafas de cerveja e caixinhas de fósforo. Naquele ano, saiu como o bloco “Cevadinhas do Amor”, com 38 figurantes fantasiados de garrafas de cerveja. Anos mais tarde veio a atual denominação.

Um nome e uma história que enchem de orgulho o autor do enredo, compositor e intérprete Ernani Olivete Rodrigues, o ”Big Ernani”, nascido em Bocaiúva do Sul – “Vim para Curitiba com nove dias” - e de momento atendente de telemarketing, mas um apaixonado pelo carnaval e pela Embaixadores. “Só vou parar de desfilar no dia em que estiver dentro de um caixão. E com a bandeira da Embaixadores em cima e essa criançadinha toda brincando e fazendo som em volta”, diz.

Suando em bicas no calor de fim de tarde da última sexta-feira (1), em frente ao local de ensaios, o CTG do Conjunto Residencial Buriti, no ponto final do ônibus Santa Quitéria, Ernani, 28 anos, lembra que desde menino se punha à janela de casa para escutar a batucada da escola, que naquele tempo ensaiava perto da Igreja de Santa Quitéria.

Ernani conta a história de cada palhaço. “Vamos falar do pagliaccio – homem de palha – e de seu protetor, São Gelanci”, conta. “Vamos falar de Arrelia, Carequinha, Piolim, Zuca e Zoca – da família D’Ávila, eles faziam um programa ao vivo nos anos 1960, na TV Paraná Canal 6 e a Suzy D’Ávila, presidente de honra da escola, é filha deles”, explica Ernani, que ainda destaca a importância da família Queirolo, um sinônimo da arte circense em Curitiba.

Enquanto conversa, não tira o olho da meninada da Bateria Mirim, que vai chegando. É um desfile de crianças e adolescentes de nomes às vezes um pouco estranhos, como Jhozeffer, Kemeli, Poliane Emanuelly, Piettra – com a camiseta do Comunidade Escola – e ainda Paulo, Luiz Henrique, Felipe, Nicolas, Cauã, Fabrício, Renan, todos comandados por Eduardo Ferreira de Lima. Mas também tem Rogério, “o professor de bateria que é como um pai pra nós”, diz Luiz Henrique Santos da Silva, 12 anos, tocador de caixa.

Piettra Cassimiro, 10 anos, toca chocalho e já desfilou de “Cinderela, sereia, sapo”. Gostou mais de ser sereia e menos de sapo, mas, o que fazer. “Cheguei no fim, reviraram tudo buscando fantasias e só sobraram três de sapo, que eram de menino”, pra ela e as irmãs. Antes elas comentaram a estranheza de, meninas, vestirem fantasia de meninos. Mas na avenida não disseram nada, só sorriram e giraram.

Big Ernani olha feliz para as crianças da Bateria Mirim. “A a escola se sustenta conforme a gente vai podendo, com as festas comemorativas, Dia da Criança, Páscoa, Natal, festa junina. Na última festa das crianças havia mais de 500 brinquedos, cinema, cachorro-quente. Agora mesmo essas meninas estavam no barracão fazendo fantasias”. Essas crianças e adolescentes, bem como toda a turma da escola, são a família de Ernani, que vive sozinho e se dedica de corpo e alma à Embaixadores, entre os ensaios e o barracão das alegorias e fantasias – que fica na Rua Reinold Stepurski, 61, Cotolengo. “Quem trabalha, é de dia. À noite é que tem ensaio”, diz ele. E “o que não tem no bolso, a gente tira da cabeça”.


Serviço:
Ensaio da Embaixadores da Alegria

Sexta-feira, 8 de fevereiro, 21 horas, no CTG do Conjunto Residencial Buriti – Rua Professor Ulisses Vieira, esquina com Adalberto Gil da Silva – desce no ponto final do ônibus Santa Quitéria e atravessa a ponte. O barracão fica à esquerda, já depois da ponte.
 

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