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Trabalho e emprego

Curitiba começa a discutir política de fomento à economia solidária

Mirian Gonçalves participa da 1ª Conferência Municipal de Economia Popular e Solidária de Curitiba. Curitiba, 28/07/2013 Foto/Jaelson Lucas

Curitiba deu neste sábado (27) o primeiro passo para instituir a Política Municipal de Fomento à Economia Popular Solidária. O tema foi discutido durante a 1ª Conferência de Economia Popular Solidária da cidade, aberta pela secretária municipal do Trabalho e Emprego, Mirian Gonçalves. “Esta é uma reivindicação muito antiga. A economia popular solidária faz parte da história do País, por meio das associações e do cooperativismo, valorizando o trabalho e o ser humano”, disse Mirian, enfatizando que a Conferência tem o papel de debater e construir novas propostas e progredir nas discussões que estão sendo realizadas pelo setor.

A economia solidária vem se apresentando, nos últimos anos, como uma alternativa inovadora de geração de trabalho e renda e uma resposta a favor da inclusão social. Compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas autogeridas, redes de cooperação, entre outras, que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário.

Antônio Bez, da Organização Não-Governamental Cefuria  (Centro de Formação Urbana e Rural Irmã Araújo), conta que há mais de 15 anos está envolvido com a economia solidária. “São experiências coletivas e populares que têm feito a diferença na vida de muitas pessoas. Há mais de dez anos Curitiba trabalha com a moeda social 'pinhão' em oito clubes de troca que funcionam em bairros periféricos. É uma forma de comercializar sem usar o capital, na qual todos saem ganhando”, explicou ele.

Bez disse que existem hoje, espalhadas pela cidade, 26 padarias comunitárias que, somente com o pão caseiro de 700 gramas, faturam mais de R$ 1 milhão por ano. “São centenas de pessoas que estavam à margem da economia formal e que, em cooperativa, conseguem suprir as demandas financeiras da casa”, explicou.

Rosalba Gomes Wisniewiski, coordenadora da Associação das Padarias e Cozinhas Comunitárias Fermento na Massa, está há 15 anos no associativismo. “Este é um momento histórico para a economia popular solidária. O início das discussões para traçar a primeira Política Municipal de Fomento à Economia Popular Solidária é um marco para o setor”, disse.

Ivone França Neves, do Fórum Regional da Economia Solidária, explicou que a luta pela criação do conselho é antiga. “São anos de espera e agora poderemos iniciar as discussões sobre os rumos da economia solidária.  São milhares de pessoas trabalhando em grupos com artesanato, alimentação, agricultura familiar”, disse.

Comissão referendada

A Conferência aprovou, dentre outras iniciativas que serão discutidas no Munícipio, a manutenção da comissão organizadora da conferência como responsável pela continuidade das discussões sobre economia popular solidária, após a conclusão do relatório final do evento.

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