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Novo Inter 2: Curitiba rumo à eletromobilidade

Projeto de Aumento da Capacidade e Velocidade da Linha Direta Inter 2 aponta para a evolução do transporte público de Curitiba

Transporte, sustentabilidade e desenvolvimento

Orientado à eletromobilidade, o Projeto de Aumento da Capacidade e Velocidade da Linha Direta Inter 2 é um dos alicerces do Programa de Mobilidade Sustentável de Curitiba, juntamente com o projeto de Aumento da Capacidade e Velocidade do BRT (Bus Rapid Transit) Leste-Oeste.

Com investimentos somados de US$ 133,4 milhões, dos quais US$ 106,7 milhões financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e US$ 26,7 milhões em contrapartidas municipais, o Projeto do Inter 2 vai elevar o padrão de operação das linhas de ônibus (Linha Direta (de Ligeirinho) Inter 2 e a paradora do Interbairros II)  que são as que mais transportam passageiros em Curitiba. Essas duas linhas irão contar de ônibus elétricos e melhorias de infraestrutura de vias exclusivas no itinerário circular que interliga os seis eixos estruturais de transporte da cidade (Norte, Sul, Leste, Oeste, Boqueirão e Linha Verde).

As intervenções de mobilidade vinculadas ao Novo Inter 2 têm potencial para gerar 34,8 mil postos de trabalho em Curitiba, entre empregos diretos, indiretos e induzidos, ao longo dos cinco próximos anos.

O contrato de financiamento do Projeto de Aumento da Capacidade e Velocidade da Linha Direta Inter 2 foi formalizado pela Prefeitura de Curitiba e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em 2 de dezembro de 2020.

Parceria entre a Prefeitura e o BID

“Está começando o futuro de Curitiba neste momento. Que venha o transporte com nova matriz energética, o Novo o Inter 2 em faixas exclusivas”, afirmou o prefeito Rafael Greca ao formalizar a parceria com o BID.

“Fiquei muito impactado pelo projeto. Curitiba é referência mundial em transporte. É um orgulho poder participar deste novo empreendimento de mobilidade urbana”, disse o representante do BID no Brasil, Morgan Doyle.

Planejamento com foco em zerar emissões de CO2

O Novo Inter 2, como plataforma de entrada dos ônibus elétricos na Rede Integrada de Transporte (RIT), atende ao que está previsto nos planos de governo 2017/2020 no segmento Viva Curitiba Tecnológica, que prega a inserção da tecnologia visando a sustentabilidade o plano proposto para 2021/2024 nos capítulos Viva uma nova mobilidade urbana e Viva uma cidade mais sustentável, pela modernização do transporte público e o uso de energias renováveis.

O projeto também está alinhado à meta da cidade de buscar a neutralidade de carbono até 2050, estabelecida no Plano de Adaptação às Mudanças Climáticas (PlanClima), atendendo aos compromissos do Acordo de Paris e da Agenda 2030, de desenvolvimento sustentável, dos quais Curitiba é signatária.

Itinerário de 38Km que atende a 28 bairros

O Projeto de Aumento da Capacidade e Velocidade da Linha Direta Inter 2 prevê a melhoria da infraestrutura viária e de equipamentos para o aumento da velocidade operacional e a ampliação da capacidade do Ligeirinho Inter 2 e do Interbairros II, dos atuais 155 mil transportados diariamente para 181 mil passageiros/dia. As duas linhas circulares são as que mais transportam passageiros na cidade fora dos eixos estruturais.

A Linha-Direta Inter 2 transporta por dia 91 mil passageiros e o Interbairros II, 64 mil/dia, atualmente. As linhas percorrem um itinerário circular de 38 quilômetros que passa por 28 bairros de Curitiba ligando os seis eixos estruturais de transporte da cidade: Norte, Sul, Leste, Oeste, Boqueirão e Linha Verde, numa área de abrangência de 580 mil habitantes.

São atendidos pelo Inter 2 os bairros Alto da Glória, Alto da Rua XV, Bigorrilho, Bom Retiro, Cabral, Centro Cívico, Hugo Lange, Jardim Social, Juvevê, Mercês, São Francisco, Hauer, Xaxim, Cajuru, Capão da Imbuia, Guabirotuba, Jardim das Américas, Uberaba, Tarumã, Campina do Siqueira, Seminário, Vista Alegre, Fanny, Novo Mundo, Portão, Santa Quitéria, Vila Izabel, Capão Raso.

Entre as melhorias na infraestrutura viária e de equipamentos voltados ao transporte estão 70 km de vias que serão abertas ou requalificadas; 30 quilômetros de faixas exclusivas aos ônibus; 13 novas estações e a construção do mini-terminal do Santa Quitéria (imagem abaixo) e das estações Nivaldo Braga, Salgado Filho, Xaxim e Tarumã.

Tudo isso somado às obras múltiplas de mobilidade nos corredores Norte-Sul e Leste-Oeste, que integram o Projeto de Aumento da Capacidade e Velocidade do BRT (Bus Rapid Transit) Leste-Oeste. Essa intervenção, financiada pelo New Development Bank em parceria com o município, prevê a operação da Linha Direta de biarticulados elétricos no corredor metropolitano entre os terminais de Pinhais e CIC-Norte, além da construção do novo terminal do Capão da Imbuia, a reconstrução do terminal Campina do Siqueira e de demais terminais de transporte daquele eixo dentro dos padrões de eficiência energética. 

Novas estações autossustentáveis

Nos Prismas Solares, as novas estações do Inter 2, haverá a integração intermodal com os sistemas de micromobilidade, car-sharing e transporte por aplicativo e a entrada em operação de ônibus elétricos.

O protótipo do Prisma Solar, a nova estação do Inter 2, será implantado na Estação Agrárias, no bairro Cabral, em frente a Universidade Federal, centros de pesquisa e órgãos públicos.

A estação será um ponto nodal (de convergências) na região, atendendo a demandas de diversos públicos, incluindo estudantes, funcionários de órgãos públicos e do comércio e serviços. O novo modelo de estação será destacado com demarcação em cor diferenciada no piso da área aberta como Polo Inteligente de Transporte Multimodal.

O ponto da Agrárias será uma estação duplo-ataque, em que a mesma estrutura permite o embarque e desembarque em ambos os sentidos da linha, localizando-se no centro da via de rolamento.

Haverá acessibilidade plena, projetada desde o pavimento das calçadas do entorno e áreas de abrangência de todas as estações, com travessias elevadas, além de iluminação e sinalização que facilitem os deslocamentos seguros.

Com a tecnologia disponível, mais que estações, os prismas solares serão polos inteligentes e de integração do sistema de transporte multimodal de Curitiba (ônibus, bicicleta, patinetes, táxis, transporte por aplicativo).

Clique e assista à animação do Prisma Solar

Conectividade e intermodalidade no transporte

Uma parceria da Prefeitura com a COPEL permitirá a construção de uma Rede Inteligente de Energia (Smart Grid) entre as estações do Inter 2 e a concessionária. Esta rede possibilitará fluxo bidirecional de energia e informações, tornando a geração e uso da energia mais eficiente e sustentável.

Os painéis solares sobre as Estações possibilitarão a alimentação, com energia, do ponto de parada e do seu entorno, suprindo principalmente abertura e fechamento de portas automáticas ar-condicionado; sistemas de iluminação (estação e pontos de luz do entorno) estrutura de TI (WI-FI, bilhetagem eletrônica, monitoramento), totens para recarga de aparelhos eletrônicos (celulares, tablets), sistema WIFI para usuários da linha (acesso à internet) e de sistema inteligente para transferência de dados internos de monitoramento (número de usuários, bilhetagem eletrônica).

O local também servirá de base para a recarga de energia elétrica de outros modais, como patinetes, bicicletas e car-sharing.

Além da estrutura física da estação, que permite o embarque e desembarque do ônibus, a área no entorno imediato da estação possibilita acessar conexões importantes de mobilidade através de intervenções paisagísticas e estruturais.

Estes usos ampliam o potencial da linha Inter 2, a funcionalidade da estação e a experiência do usuário. A união da estrutura da estação e seu entorno funcional cria um ambiente único no espaço urbano, como uma estação a céu aberto e um ponto nodal na cidade.

O ponto de parada do Inter 2 passa a integrar uma área maior do espaço urbano, a qual prioriza o pedestre e o transporte coletivo, restringindo a velocidade de circulação do transporte individual.

No entorno da estação serão implantados bancos, jardinetes elevados e áreas de estar. As novas estações oferecem ao usuário áreas para descanso, espera, encontros e trocas sociais como praças compactas. São equipamentos que contribuem para a dinamização do espaço e oferecem mais conforto à experiência do usuário.

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