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Nova Avenida República Argentina

Com vias compartilhadas, pedestre é prioridade no conceito de mobilidade ativa e segura que contempla quem circula a pé, de bicicleta e de carro. Desalinhamento das faixas na canaleta vai permitir economia de 16 minutos no Ligeirão Santa Cândida-Pinheirinho.

República Argentina inaugura mobilidade ativa

Curitiba inova mais uma vez em seu planejamento e investe em uma nova forma de promover mobilidade no espaço urbano. As vias compartilhadas, que estão em fase de implantação na Av. República Argentina, colocam o pedestre em primeiro plano no deslocamento com carros, bicicletas e motocicletas, priorizando o transporte coletivo em relação ao transporte individual.

O resultado é mais espaço para circular entre deslocamentos curtos, no acesso a residências, serviços e comércio. Os projetos das estações Silva Jardim, do entorno da Igreja do Portão e em breve, da estação Itajubá, com ruas elevadas com mínima segregação de pistas, induzem a esse novo comportamento.

As áreas compartilhadas são marcadas por pisos com padrões de diferentes texturas e tamanhos. Isso permite a circulação livre de pedestres dando a eles prioridade em relação a veículos de passeio, bicicletas e motocicletas. É o carro devolvendo ao cidadão seu espaço de convivência e circulação.

As obras fazem parte dos desalinhamentos das pistas em pontos de parada na canaleta de ônibus do eixo do BRT Norte Sul. Os desalinhamentos estão sendo feitos em 26 estações e permitem a ultrapassagem segura do Ligeirão (que tem paradas estratégicas, mas espaçadas entre si e em menor número), diminuindo o tempo de deslocamento dos veículos da linha. Quando concluídas, as obras, além da nova estrutura de mobilidade no entorno das estaçoes, o trajeto da linha Terminal Santa Cândidas/Terminal Pinheirinho será reduzido em 16 minutos. 

 

As implantações começaram pelo cruzamento com a Av. Silva Jardim e na Igreja do Portão

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Harmonia entre veículos e pedestres

Com a promoção da mobilidade ativa, segura e com acessibilidade plena, Curitiba busca, mais uma vez, estabelecer a harmonia na interação entre veículos e pedestres. “O respeito e a negociação do espaço durante o uso de um modal ou outro é a premissa do compartilhamento de vias. A segregação é mínima e o ambiente estimula e valoriza a troca e a gentiliza entre os cidadãos, estejam eles motorizados ou não”, observa o arquiteto Fabiano Losso, do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).

A via estrutural faz parte do Sistema Trinário do Plano Diretor de Curitiba, composto pela faixa central, com pista exclusiva para ônibus e as vias locais lentas, e duas ruas laterais, uma de cada lado, com sentidos centro-bairro, bairro-centro, para fluxo mais rápido e contínuo. Ao privilegiar o deslocamento do pedestre em pontos estratégicos ao longo da via, o espaço urbano também integra os diferentes modais, dando mais segurança e liberdade para quem usa o transporte coletivo.

O conceito aplicado no projeto atende à Certificação Greenroads®, um dos requisitos de sustentabilidade previstos no contrato de financiamento do New Development Bank (NDB), do qual o eixo Sul é contrapartida do município às futuras obras do Eixo Leste-Oeste. Recomendada pelo NDB, a certificação é emitida pela Greenroads International, corporação independente sem fins lucrativos que promove a educação e iniciativas de sustentabilidade para infraestrutura de transporte.

 A área de circulação de pedestre fica ampliada com o desalinhamento das estações. Esse ajuste é necessário para permitir a ultrapassagem do Ligeirão, quando este entrar em operação, reduzindo o tempo de viagem entre a Praça do Japão e o terminal do Pinheirinho. Com mais espaço para se deslocar entre um ponto e outro, o pedestre tem prioridade e segurança, com calçamento em nível e maior acessibilidade. 

O futuro é sem barreiras

O conceito resgata o espaço urbano acalmado e pertencente as pessoas. Os veículos motorizados entram em segundo plano. As vias compartilhadas remetem às cidades medievais europeias, em que até hoje ainda restam fragmentos dos espaços comuns com áreas de lazer, gastronomia, convívio social, comércio e serviços, com circulação de veículos leves e em baixa velocidade.

Com mais espaço para se locomover, sem barreiras de nível, o pedestre – de todas as idades e condições físicas - ganha acessibilidade no seu deslocamento, facilitando a ocupação do ambiente. É o motorista que tem o primeiro impacto no comportamento, com a redução da velocidade e a atenção ao caminhar do outro.

Sem o protagonismo do carro, a área ganha novos usos além do trânsito, proporcionando convivência entre moradores e transeuntes, humanizando a via e aumentando a qualidade do espaço.

Curitiba já convive com ruas transformadas em outros pontos: os calçadões da Rua das Flores e da Senador Alencar Guimarães, além do cruzamento da Voluntários da Pátria com a Rua XV de Novembro, no Centro, e na quadra da Rua Anita Garibaldi com a João Gualberto, no Cabral.

“Além dos pontos da República, o conceito de via compartilhada vai ser aplicado nas adequações do Ligeirão Leste Oeste, criando pontos de convívio e estímulo à mobilidade ativa ao longo do itinerário”, observa Losso.

Veja como fica a circulação na via

Uma nova rotina de uso de espaço urbano exige um tempo de aprendizagem de todos os usuários.

A Prefeitura vem reforçando a orientação de várias formas, mesmo antes da conclusão integral das obras (o que inclui sinalização vertical e horizontal), para pedestres, motoristas e ciclistas. Além disso, durante as obras é preciso estar atento às mudanças de trajeto, principalmente para os veículos. A Prefeitura informa com antecedência os desvios que são necessários.

Confira as orientações da Setran: 

Para motoristas e motociclistas

-  Ao entrar no trecho elevado, deve-se reduzir a velocidade, compatível com a segurança dos pedestres.

- A prioridade de passagem é do pedestre ao longo de todo o trecho de acalmamento do trânsito.

- É proibido parar ou estacionar, o que inclui embarque e desembarque, em todo o trecho elevado. A regra inclui toda a área da praça João Bagozzi, localizada em frente à da igreja do Portão, embaixo das marquises e os trechos elevados das estações-tubo. 

- Toda a extensão da República Argentina consiste em via compartilhada com o ciclista, a quem se deve dar a preferência de passagem, à frente do carro. 

Para ciclistas 

- Deve-se reduzir a velocidade ao entrar no trecho elevado, dando prioridade ao pedestre.

- É necessário permanecer trafegando somente na via lenta. É proibido pedalar fora da área demarcada para a passagem de veículos. Também é proibido pedalar pela canaleta. 

- O estacionamento de bicicletas deve ser feito nos paraciclos instalados ao longo da via.

Para pedestres

- É necessário redobrar a atenção, evitando o uso de celular e de fones de ouvido.

- Nas áreas elevadas, o pedestre tem a preferência de circulação, mas não deve caminhar longitudinalmente pelo espaço sinalizado/destinado aos veículos, obstruindo a passagem dos demais modais.

- Essas ações educativas fazem parte da rotina da Escola de Trânsito, que aposta na orientação para que todos conheçam essa nova forma de ir e vir na cidade.

 

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O que é a obra na República Argentina?

As obras do eixo do BRT Norte Sul em execução na República Argentina e na Av. Winston Churchil vão reduzir o tempo de deslocamento da operação do Ligeirão. Para que o ônibus tenha uma circulação mais rápida, com paradas em estações estratégicas, estão sendo feitos os desalinhamentos das 26 estações. Esse ajuste permite que o Ligeirão faça ultrapassagens nos pontos de parada exclusivos das linhas expressas. Quando concluído, serão 16 minutos a menos de viagem entre o Terminal do Santa Cândida e o do Pinheirinho, dando mais qualidade na prestação do serviço para o usuário.

Por que a faixa de tráfego é elevada?

O entorno das estações - especialmente Silva Jardim, Carlos Dietzsch e Itajubá - tem o calçamento elevado para demarcar a área compartilhada e dar prioridade de passagem para o pedestre. As vias compartilhadas entre pedestres, veiculos e bicicletas exigem baixa velocidade e atenção ao outro, tornando o trânsito mais calmo e humano. O conceito, aprovado pela certificação GreensRoads, também será aplicado no eixo Leste Oeste do BRT, no financiamento concedido pelo New Development Bank (NDB). 

Como isso melhora o trecho para quem se desloca?

Todo o projeto é desenhado para privilegiar o pedestre e o usuário do transporte coletivo, com mais conforto e segurança no embarque e desembarque das estações e circulação com acessibilidade no entorno delas, frequentando comércio e serviços disponíveis nessas áreas. 

Como isso melhora o trecho para quem mora ou trabalha na via?

Os acessos simplificados e sem barreiras trazem mais conforto para quem mora, trabalha e trafega pela região. Veículos que circulam nas vias lentas das avenidas República Argentina e Winston Churchill, obrigatoriamente, precisam reduzir a velocidade. Ciclistas também têm prioridade de tráfego, obedecendo às leis de trânsito do maior cuidando do menor. Para quem precisa de deslocamento com maior velocidade, a indicação é usar as vias rápidas que compõem o sistema trinário - via estrtutural com canaleta exclusiva, com duas vias calmas, ladeadas por vias rápidas, de sentidos opostos. Nas transversais desse sistema, também estão sendo feitas obras e adequações para absorver fluxos que cortam o sistema, como áreas de estacionamento regulamentado e carga e descarga. 

Como será a sinalização?

A maior parte da sinalização de trânsito será horizontal, e vai ser aplicada à medida em que as obras sejam concluídas a cada trecho. As ciclo rotas serão sinalizadas com o pictograma previsto no Código Brasileiro de Trânsito, e as áreas de compartilhamento de vias também serão sinalizadas, indicando aos motoristas sobre a prioridade no deslocamento e passagem de pedestres e ciclistas. Também serão indicadas as áreas de estacionamento permitida, para Carga e Descarga, já que sobre as vias compartilhadas não é possível nem parar, nem estacionar. 

O ciclista circula por onde?

Nas travessias elevadas próximas das estações de transporte a circulação é compartilhada entre pedestres, ciclistas e motoristas, sendo a prioridade do menor para o maior. Quando estiverem juntos na travessia, o pedestre tem a preferência sobre os veículos e bicicletas, assim como os ciclistas têm a preferência da passagem sobre quem estiver de carro. As vias da cidade são espaços públicos e democráticos de circulação. Onde não há sinalização específica, a prioridade tem relação direta com a condição de mobilidade, vindo primeiro quem está a pé e depois ocupantes de veículos não motorizados e, por último, para quem dirige veículos automotores. Respeito do mais forte ao mais vulnerável: Motoristas têm que dar passagem a ciclistas e pedestres, bem como ciclistas têm que dar a vez aos pedestres.

Haverá sinalização para ciclistas?

Na sequência da via calma da República Argentina, tanto antes como depois das faixas elevadas, seguirá a implantação e sinalização com prioridade à ciclomobilidade com o compartilhamento de espaço com veículos. Pelo fato de a Avenida República Argentina ser mais estreita, com largura menor de faixas comparativamente ao restante do Setor Estrutural, a sinalização que definirá a prioridade aos ciclistas como nas ciclorrotas (um círculo com uma bicicleta ao centro), diferente da à Avenida Sete de Setembro, onde os espaços destinados a ciclistas são sinalizados por faixa tracejada. A classificação de todas as tipologias de vias destinadas à ciclomobilidade existentes na cidade (sejam ciclovias, ciclofaixas, ciclofaixas sobre a calçada, vias compartilhadas, ciclorrotas e passeios compartilhados) está prevista no Plano de Estrutura Cicloviária de Curitiba e fundamentada conforme os parâmetros estabelecidos no Código de Trânsito Brasileiro (Lei Federal 9.503/97).

Como ficam as vagas de carga-descarga e estacionamento?

Os serviços de carga e descarga serão feitos a partir de vagas específicas sinalizadas nas áreas de estacionamento, localizadas antes ou depois das travessias elevadas com espaços compartilhados. Também antes e depois da área de mobilidade compartilhada haverá vagas de Estacionamento Regulamentado (EstaR), bem como nas vias transversais à estrutural para atender aos usuários do comércio e serviços locais.

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