Para quem gosta de ter mais contato com a natureza e ainda por cima plantar e cultivar o próprio alimento, Curitiba tem um projeto bem desenvolvido de agricultura urbana na cidade. São 147 hortas espalhadas pelo município com mais de 37 mil pessoas envolvidas direta e indiretamente. A Secretaria Municipal da Segurança Alimentar e Nutricional (SMSAN) coordena a ação.
A Prefeitura apoia o cultivo em vazios urbanos da cidade, realizado por cidadãos organizados por meio de associações de moradores ou entidades sociais. Quem estiver interessado em participar precisa procurar o coordenador da horta mais próxima ao seu local de residência.
De acordo com a gerente da Unidade de Agricultura Urbana da SMSAN, Lillian Fernanda de Macedo, o coordenador de cada horta vai informar se há vagas para participar. “Caso não haja vagas, o coordenador pode colocar em uma lista de espera, para que, se houver desistência, possa chamar o interessado”, salientou Lillian.
Aprovado pela população
Para quem participa e cuida de alguma das hortas de Curitiba, a atividade faz bem pra saúde física e mental. Um exemplo é a aposentada Clara Veiga do Prado, de 71 anos, que participa da horta comunitária urbana Augusta B, na Regional CIC.
“Isso aqui restaura a vida, é felicidade, o lugar onde a gente esquece dos problemas. Sem falar que a gente só precisa ir no comércio comprar frutas, os legumes e folhas já estão todos aqui”, conta ela.
Esther de Aquino da Silva, 61 anos, participa da Horta Comunitária Monteiro Lobato, no Tatuquara, e desde que começou a cultivar os canteiros há três anos não precisa mais recorrer às feiras para abastecer a casa de verduras.
“Aqui eu planto couve, alface, acelga, cebola, cheiro verde, beterraba, repolho e almeirão. Além de abastecer a mesa, isso aqui é uma terapia e tanto. Na época da pandemia foi a nossa salvação”, disse.
Aproveitamento de espaços urbanos
A implantação de hortas urbanas em Curitiba segue as diretrizes do melhor aproveitamento dos espaços urbanos vazios, além de proporcionar a melhoria da qualidade na alimentação, no tratamento da saúde emocional e ocupação social da comunidade que vive na região.
Para o bom desenvolvimento do programa, os participantes recebem treinamentos teóricos e práticos sobre cultivo e manutenção de canteiros para produção de frutas, hortaliças e temperos, sem agrotóxicos.